quarta-feira, 13 de abril de 2016

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XEQUE-MATE (Bloco 3)

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O terceiro bloco chama-se: A PARTIDA CONTINUA



A PARTIDA CONTINUA

Parte 1 - As Torres

9º Capítulo - Pai e Filho

— Seu Feliciano, por que o senhor nos reuniu aqui? — Breno pergunta.
— Seu Feliciano, o senhor não devia estar em Lua de Mel? — Janete pergunta.
— Meus filhos, eu sinto muito, mas a mamata acabou. — Feliciano responde.
— Como assim papai? — Dalila pergunta.
— A Claudine tem uma filha. E a herança é dela. Como marido dela eu tenho direito a metade da fortuna. Portanto com o que restou eu comprei o bar do Juca e nós vamos cuidar deste bar. — Feliciano diz.
— Só nos sobrou um bar? — Vavá pergunta.
— Foi. E nós teremos que pagar aluguel para a Bebinha. — Feliciano responde.
— Vocês vão morar cada um dos filhos numa casa aqui na Macaca. — Adisabeba diz.
— Eu também vou querer uma para a Alisson e a Ninfa. — Merlô afirma.
— Aquelas duas mandadas estão grávidas. Janete, eu nem sei como pedir. Mas eu vou precisar da sua ajuda para por ordem nessa família. — Adisabeba diz.
— Claro! Eu a ajudo sim. — Janete concorda.

Horas depois na casa de Zangado...

— Dinorá, o que aconteceu? — Zangado pergunta.
— Seu Júnior, seu pai faliu de novo.  — Dinorá afirma.
— Dessa vez eu não posso ajudar. Tudo o que dei a você nestes anos completou o valor do quadro que falsifiquei. E agora eu tenho que trazer a Melby de volta. Ela está grávida de seis meses não quero que meu filho nasça num país estrangeiro. Dinorá, prepare um jantar para o meu pai chegou a hora de nós dois termos aquela conversa. Eu vou para o escritório. Dinorá, obrigado por tudo.
— Seu Júnior, o senhor pode sempre contar comigo.

Ele vai para o escritório onde conversa com Iraque.
— Iraque, você e o Juliano não tem interesse em comprar o Moto-táxi? — Zangado pergunta.
— Claro, mas quanto sairia isso?
— O valor das motos mais cinquenta mil reais. Vocês podem montar uma cooperativa também. Interessa?
— Claro! Mas por que o Juliano?
— Faz cinco meses que ele trabalha aqui. E ele cuidava tão bem da escolinha. Quem sabe como sócio ele não consegue remontar a escolinha.
— Seu Zangado, eu vou falar com o Juliano. Obrigado.

Oziel chega no escritório.
— Boa tarde!
— Como foi a temporada em Paris?
— Os cursos foram bons, mas não era na Sorbonne eram professores formados na Sorbonne.
— Bem que achei estranho você ir estudar sem fazer uma prova.
— Mas eu vou fazer o curso aqui no Brasil mesmo. No final do ano eu faço as provas.
— Ótimo! Oziel eu pretendo passar a loja e a casa para o seu nome e no da Indira definitivamente. Mas vou precisar de um último favor.
— Qual?
— Tem um milionário que está procurando um arquiteto para renovar a mansão. E este arquiteto será o Rui com o seu assistente Oziel.
— Claro! Eu falo com o Rui.
— E vocês dois vão me dizer tudo o que descobrirem. Esse milionário não é confiável. Posso contar com vocês?
— Claro!

No Hostel da Macaca...

— Eu posso saber que marmota é essa? — Adisabeba pergunta.
— Dona Adisabeba, foi o meu tio que disse isso. — Belisa responde.
— O Zangado, transfere quase todo o dinheiro para a Facção? A Facção debaixo do meu nariz me fazendo de... Eu vou comprar a parte dele. Ele me a ofereceu esta semana. Eu vou aceitar. Justo agora que descubro isso minha irmã está grávida dele.

Horas depois...

— Seu Júnior, o que guarda neste carrinho? — Dinorá pergunta.
— Informações. Meu pai chegou? — Zangado indaga.
— Sim. — Dinorá saí do cômodo e Zangado saí em seguida.
— Seu Feliciano, seja bem vindo a minha casa. — Zangado diz.
— Meu filho, depois de tantos anos. Achei que tinha me esquecido.
— Nunca papai eu lhe ajudo sempre que precisar.
— Você sabe o que me aconteceu nestes últimos anos?
— Dinorá me contou eu mandei quantias de dinheiro. O suficiente para as necessidades básicas.
— Dinorá, eu achei que era o dinheiro das suas casas e da cerveja?
— Não seu Feliciano. Agora com os atrasados que comprei duas casas aqui na Macaca. E o dinheiro da cerveja eu comprava minhas coisinhas. — Dinorá responde.
— Filho, eu achei que você tinha me esquecido.
— Jamais. Pai eu lhe chamei para lhe confidenciar um segredo.

Em Campos do Jordão...

 — Atena!

10º Capítulo - A Biblioteca do Merlô


— Atena!
— O que foi Romero?
— Eu não estou sentindo o meu braço!
— Nós vamos lhe levar no médico.
— Romerito, vamos pro Rio de Janeiro. — Ascânio diz.
— Se vocês levarem o Romero. Me esqueçam! — Luz afirma.

No Hostel da Macaca...

— Olá! Eu vim buscar a minha inspiração! — Merlô sobe.
— Tia, do que ele está falando?
— Juliano, não sei. — Merlô volta.
— Agora sim. Eu vou conseguir compor.
— O que é isso Merlô? E vai levar para onde?
— Mãe, é o livro que a tia Melby me deu que me ensina a jogar xadrez. Quando jogo esse jogo eu componho melhor. Estou levando lá pra boate.
— Dante, a minha irmã é a madrinha do Merlô. Ela deu um monte de livros para o Merlô.
— Mas aquele da Ilha do Tesouro eu não entendi nada. Só tem números.
— Números?
— Vem aqui no meu quarto eu vou mostrar. — Os quatro sobem para o quarto de Merlô. Ele abre um  armário com vários livros. Pega o exemplar de A Ilha do Tesouro e entrega para Dante. Dante abre. E se trata de um livro falso com vários envelopes dentro.
— Merlô, não é um livro é um esconderijo de informações. — Dante afirma.
— Ah! Por isso que todas as histórias começam iguais e terminam iguais.
— Filho, como elas começam?
— Dom CasmurroHamletRomeu e Julieta se unem para construir O Castelo. E para tal proeza contam com a ajuda de Otelo, Brás Cubas e Sherlock Holmes. E da fiel aprendiz Iracema.
— Merlô, e o final? — Pergunta Juliano.
— Dom Quixote pede para O Castelo executar Crime e Castigo. 
— Merlô, esses números são localizações geográficas. E essas fórmulas resultam em números. Cada número é a senha de um cofre. — Dante afirma.
— Meninos, vamos averiguar livro por livro. Esse aqui  Dom Casmurro a primeira carta está GS.
— Gibson Stuart. — Juliano diz.
— Hamlet LL.
— O meu outro avô. — Dante diz.
— Romeu e Julieta JF e VM.
— O padrinho e a mãe da Atena.
— O Castelo F
— Facção
— Otelo JMG
— Meu pai. — Juliano diz.
— Brás Cubas JJ
— O tio.  — Dante diz.
— Sherlock Holmes AF.
— AF? Eu não conheço.
— Essa é a história mais legal. O Sherlock era investigador da polícia de São Paulo e veio para o Rio de Janeiro para prender um assassino. Depois que ele o prendeu resolveu ficar e ajudar na construção do Castelo. Ele passou a ser o investigador. Você tem que ler isso. É demais. Cada carta dessa é uma missão. Ele descobre tudo e todos a partir de coisas simples como um papel de bala.
— Se esse cara está vivo. Se pegarmos ele descobrimos tudo. — diz Dante.
— Dom Quixote U entre parenteses OL.
— Ubiraci ou Orlando Levi.
— Crime e Castigo CS.
— Chacina de Seropédica.
— Iracema MN.
— Mara.
— Memórias de um Sargento de Milícias FSJ.
— FSJ? Não conheço.
— Esse cara ele escreve tudo que acontece no Castelo igual a Anne Frank. — Merlô diz.
— O Diário de Anne Frank MC.
— Melbournne Cruz. A minha irmã é da Facção? — Adisabeba diz chorando.
— Tia, eu sinto muito. — Diz Juliano.
— Cândido RR.
— Romero Rômulo.
— O Avarento MJ.
— MJ?
— Ele é irmão do Brás Cubas. Responsável pelo dinheiro do Castelo. Ele morreu de infarto. É o único livro que não tem o mesmo final. — Merlô afirma.
— Quando sua tia lhe deu esse livros? — Dante pergunta.
— No meu aniversário de dez anos.
— Ela lhe deu algo depois?
— Sim esse segurador de livros em formato de rei. Cuidado que a cruzinha solta.
— E soltou mesmo. Merlô, essa cruz é um pen drive. — Dante diz. Ele coloca o pen drive no computador de Adisabeba.
— Digite a senha. — Dante lê.
— Cruz. Tente esta. — Adisabeba diz. Dante digita.
— Não! Cruz é com xis não com zê. — Merlô diz.
— Filho, é com zê.
— Mãe, eu sei que o certo é com zê, mas nas histórias estão todas com xis e deitadinhas.
— Cruz em latim. — Dante afirma. — Vou colocar com xis então. — Aguarde. — Abriu! Tem uma pasta com cada sigla. Vamos ver AF. Ascânio Freitas.
— O Ascânio, aquele velho. Que eu jurava que era um mendigo é um ex-investigador da polícia.
— Juliano, é inacreditável. Vamos ver FSJ. Feliciano Stuart Junior.
— O Zangado. O meu melhor amigo. O amante da Melby. Ele é da Facção. Todos a minha voltam eram, menos eu. — Adisabeba diz.
— Por isso ela deu os livros para o Merlô pra ninguém desconfiar. — Juliano diz.
— Que droga! Vamos ao MJ. Moisés Jordão. Uau! Ele é irmão gêmeo do tio. Aqui temos as mesmas siglas dos livros. Vou ver a pasta NOVOS MEMBROS. — Aparece a mensagem: " Este computador não suporta este dispositivo. Ele se auto destruirá em..." — Não! droga eliminou todos os arquivos do pen drive. Quando chegamos perto...
— Parceiro, pelo menos temos os livros. Se uma pessoa faz uma manobra dessas não deixaria tudo de bandeja num pen drive.
— Juliano, você tem razão! Merlô, posso levar os livros?
— Claro! Posso ficar com o rei e a cruzinha.
— Sim. Obrigado. Muito obrigado Merlô. — Dante agradece.
— Eu que agradeço por poder ajudar.

Na casa de Tóia...

— Mãe! Mãe!
— O que foi Tóia?
— Estou sentindo uma dor horrível.

11º Capítulo - Encomendas


— Estou sentindo uma dor horrível.
— Minha filha, está na hora da Djanira nascer.
— Mãe! Liga pro Juliano!

Em Campos do Jordão...

— Adeus! Luz!
— Romero, você não pode ir assim.
— Eu posso. Eu preciso retardar este processo.
— Eu te amo! Irmão!
— Eu te amo! Irmã! — E os dois se abraçam.

No apartamento de Claudine...

— Tem certeza disso?
— Dinorá, eu vou esvaziar o apartamento dela e alugá-lo. Se meus filhos num tomam juízo eu tomo. Vamos começar por esse quadro. A o cofre. A senha é a fundação de Angra dos Reis. Seis, um, um, cinco, zero e dois. (6/1/1502) Abriu. Ah! Dinorá! Esse colar ela ganhou da mãe. O anel de noivado. Um sapatinho de bebê. Vou colocar isso numa caixa e levar para o Geraldo amanhã. Uma carta!

Feliciano,
Se foi você que abriu o cofre. É porquê a profecia da cigana se concretizou. Saiba que eu te amo! Essa chave desse envelope é daquela porta secreta! Lá tem umas encomendas. Abra-as! E faça com elas o que achar de direito.
Adeus
Claudine
— Que saudades dela!
— Pois é Dinorá. Vamos a porta!

Feliciano abre a porta onde estão inúmeras caixas de correio. Feliciano abre uma por uma. Tem provas contra o Gibson e a Facção. Fitas cassete, fotos, Pen drives, documentos e CDs. Eu vou levar isso tudo para o Dante.

Na Maternidade...

— Olha como eu sou linda mamãe!
— É nossa filha papai!
— Neguinha, eu queria avisar o Romero.
— Claro! Será que a Atena sabe onde ele está?
— Se ela não souber o Ascânio sabe. Eu vou falar com o Dante.

Na DARCO...

— Pode deixar! Amanhã eu vou na cobertura procurar o Ascânio. Felicidades! — Dante desliga o telefone. — Desculpa. São duas caixas grandes.
— Sim. Dante, são provas contra a facção. Tem coisas muito antigas. Como fitas cassetes e fotos reveladas com os negativos.
— Seu Feliciano, isso é um tesouro contra a Facção. — Dante diz enquanto examina a caixa.

— Tio, um velho trouxe duas caixas de provas contra a Facção. — Cabral diz no telefone.

Na casa da Domingas...

— César, o que você está procurando?
— Domingas, tinha uma caixa. Sabe aquelas caixas de anel?
— Sei.
— Tinha uma aqui com uma chave. E não está.
— E era chave do que?
— Do cofre da minha mãe.

12º Capítulo - A Chave do Cofre


— Do cofre da minha mãe.
— Será que ela não deixou com alguém antes de vender a casa?
— Claro! A minha babá tinha uma irmã que mora aqui no morro. Eu vou passear por aí vou ver se lembro da casa.
— Boa sorte!
— Tchau princesinha! — César diz para a nenê.
— Ana! Igual o nome da babá do César. A Identidade dela. — Domingas pega a identidade na caixa e lê. — Ana Neide Pereira. Neide! Quem sempre diz que sua irmã se chamava Neide?

Na Mansão Stuart...

— Já vai! — Nelita ouve a campainha e vai atender a porta. — Romero!
— Nelita, será que eu posso falar com o Dante?
— Vou perguntar entrem! — Romero, Atena e Ascânio entram na mansão. E Nelita sobe para chamar Dante. Geraldo entra na sala.
— Boa tarde! — Geraldo estende a mão para Romero.
— Boa tarde! Me desculpe mas esta mão não está respondendo.
— Formigamento?
— Não Esclerose Múltipla.
— Sério! Perdoe-me a animação, mas eu venho pesquisando sobre este assunto por anos. Sente-se!
Essa doença ataca o próprio sistema nervoso da pessoa. Você está sentindo a sua mão?
— Eu sinto, mas ela não responde.
— Hum... Eu inventei um remédio que ataca a doença. Como um reforço pro sistema nervoso. Não vai lhe curar, mas pode ajudar a doença a não se espalhar. Eu posso dar uma injeção do medicamento direto no nervo da sua mão. O que acha?
— O senhor quer que o Romero seja uma cobaia? — Atena pergunta.
— Sim. — Dante chega.
— Já conheceram o tio Geraldo?
— O Falecido! — Romero se assusta.
— O Gibson é um mentiroso. Falando nele vocês não são da Facção?
— Somos. — Atena responde.
— Dante, estava oferecendo a seu pai meu tratamento.
— Seu Geraldo, existe algum efeito colateral? — Romero pergunta.
— Claro! Ele retarda o efeito, mas como todo o medicamento uma hora o corpo acostuma e vence o remédio. E nesse dia eu num posso lhe garantir nada. Nos peixes que testei o efeito durou seis meses.
— Faz sentido. Eu aceito! Eu me ofereço como cobaia.
— Ótimo! Posso ir com você na sua próxima consulta?
— Claro!
— Eu num sabia que você estava vivo. Como você escapou da morte de novo? — Dante pergunta.
— Porque meu destino é morrer dessa doença. Foi a Maria Luz que me salvou. Ela arrumou uma segunda ambulância. Eu precisava ver você e a Djanira.
— Como você sabe que ela está viva?
— Djanira viva! — Ascânio se assusta.
— Eu estava falando da minha filha.
— Claro! Pai! Desculpa. É que a Djanira também está viva. O Fonsecão ajudou ela.

Na casa de Conceição...

— Eu acho que é aqui. — César bate na porta. Belisa abre.
— Boa tarde! O que o senhor deseja?
— Eu vim falar com a irmã da Ana.
— Ana? Só um minuto. —Ela vai até a cozinha e pergunta. — Conceição, você tem uma irmã chamada Ana?
— Tenho sim! Ana Neide. Por quê?
— Tem um senhor procurando pela irmã dela.
— Quem será? — Conceição vai até a porta. — César! Você está a cara do seu pai! Como ele está?
— Eu não sei. Desde que fui para a Suécia e passei a ser o Rodrigo que não o vi mais.
— Pois ele ainda mora na mesma casa.
— Sério?!
— Sim! O que lhe trouxe aqui.
— A Ana guardava numa caixa embaixo da pia uma chave. A chave de um cofre no banco.
— Da sua mãe.
— Isso!
— Eu guardei a pedido da Neide. Embaixo da minha pia. — No mesmo tipo de esconderijo da casa de Domingas. Conceição tirou uma caixa de anel de dentro de uma caixa de música. — Aqui está! Vai entregá-la para a sua mãe?
— Na verdade pretendia abrir este cofre. Eu tenho certeza que quem matou os meus filhos foram os mesmos que tentaram matar a minha irmã.
— Cuidado!
— Eu vou procurar meu pai primeiro.
— Seu César, por acaso o senhor está falando da Facção? — Belisa pergunta.
— Estou.
— Se você pretende entregar isso para a polícia entregue para o meu primo o Dante. O cartão dele.
— Obrigado!

Na Mansão Stuart...

— Então o LL queria que você ajudasse a matar?
— Sim Dante! Mas eu não aceitei. Eu sei que é duro dar as costas para alguém que lhe tratou como seu próprio filho. Mas eu num posso matar. Se for para desmantelar a Facção que seja com a ajuda da polícia. E esse é o plano da mãe da Atena. Eu queria saber se você pode ajudar?
— Posso. Mas pai o LL é seu pai de sangue. O Fonsecão me disse.
— A Maria Luz é minha irmã de verdade.
— Dante, eu preciso encontrar meu irmão. Ele que sabe onde está a chave do cofre. Nesse cofre tem todas as informações que minha mãe reuniu contra a Facção. — Atena diz.
— E onde está o seu irmão?
— Ou na Suécia ou com o meu pai. O problema é que eu não sei onde meu pai mora.
— Eu sei. O Fonsecão mora na macaca.

No Aeroporto...

— Mãe!

Parte 2 - As outras peças

13º Capítulo - Xadrez

— Mãe! — Paty diz.
— Minha filha, como foi de viagem? — Mara pergunta.
— Muito bem! Mãe! Estou louca para lhe mostrar as fotos!
— Você deu uma volta no passado. Né?
— Mais ou menos.

Na Mansão Stuart...

— Boa tarde! Eu sou o arquiteto Rui e esse é o meu assistente Oziel.
— Boa tarde! Eu sou Geraldo. Prazer! Você fique à vontade para tomar as medidas. Eu quero uma coisa mais leve. Agora no meu quarto eu quero algo intergalático. Azul bem escuro e cama de nave espacial. Cama de solteiro. E eu quero um quarto rosa. Rosa claro. Para a minha neta. É possível?
— Sim.
— Nelita, você leva o arquiteto para tomar as medidas. Aproveite e dê umas ideias.
— Vou sim tio. — Nelita leva Rui para o outro cômodo e sem que Dante e Geraldo percebam. Oziel permanece na sala.

— Dante, podemos confiar no seu pai para o nosso plano?
— Não sei. Provavelmente a Atena está do lado da mãe dela. E... nesse estado eu não sei se meu pai consegue entrar em ação.
— Eu apliquei a injeção na mão dele. Sem autorização médica. Espero que dê certo.
— Então aqui está o xadrez o que você quer me explicar?
— Lembra que lhe falei dos reis e rainhas os que detém o dinheiro.
— Lembro.
— Agora vamos falar das outras peças.
Vamos imaginar que as douradas sejam as peças brancas e as pratas sejam as pretas. Antes de organizá-las no tabuleiro todas estavam na caixa juntas formando um só grupo. A Facção.
Mas o seu vô se propôs a separá-las quando mostrou a necessidade de conseguir mais dinheiro.
— E ele e o LL foram para um lado e a Magna e o Fonsecão para o outro.
— Desculpe. Quando disse seu avô me referia ao LL. Agora me diz quais são as quatro peças iguais do tabuleiro que vamos defini-los.
— Os cavalos.
— Certo. Lembrando que a farmacêutica está com o Cesário e com a Toia. E a Magna é a proprietária da construtora. Digamos que este seja o casal de branco. Muito bem agora outra peça de igual número que os cavalos são as torres. Dentro das torres estão as informações. A minha torre era a Claudine. A Magna e o Fonseca devem ter uma torre também. E do outro lado.
— A Melby e o Zangado. Nós conseguimos as informações da Melby ou parte delas.
— Agora os bispos. Os conselheiros de cada cavalo. O meu é o Nonato.
— O Nonato!
— Ele que me ajudou estes anos todos. A Magna e o Fonsecão confiavam muito no Moisés. O irmão do tio. Do outro lado temos a Mara e o Tio. Porém a Mara é minha filha.
— Ou seja eles estão sem bispos. Mas o Zé Maria está no lugar do Tio.
— Pedro Vargas! Ele trocou o nome. Que também está do meu lado.
— Sem conselheiros, sem um cavalo e sem uma torre. Os peões.
— O Zé Maria virou bispo, o Noé faleceu, o Guerra está preso, o Orlando morto, o Dênis também, portanto sobra o Cabral, o Juca e o Nenemzinho.
— Peraí esses três não são da Facção!
— São sim. E são os três que se posicionam imediatamente na frente do rei. Agora vamos para o nosso lado. Faustini que mudou de lado e morreu, Abner que teve que sumir, Breno que perdeu seu emprego no banco, o Kim que está sempre ao lado do pai, Ascânio que foi jogado na sarjeta e penso que podemos contar com o Romero e a Sumara.
— Sumara! Você quis dizer Atena.
— A Atena é nova. A Sumara faz parte do jogo a mais tempo e fugiu para Monte Carlo. Lá não tem Facção!
— Então ainda temos sete peões! Só temos duas baixas. Mas para isso você tem que se aliar a Magna.
— É para isso que preciso do Romero para fazer essa ponte.
— Entendi.
— E temos os elementos surpresa.
— Quais?
— Você, Belisa, Iraque, Juliano e Merlô. E se conseguimos a Adisabeba a Macaca inteira. Agora o mais importante. Precisamos da Melby e do Zangado. Com isso vamos conseguir tudo menos o Rei Negro.
— Por quê?
— Porque destruiremos a Facção no Brasil e seus líderes. Não destruiremos a Facção completa.
— É como uma barata!
— Percebe. Perdemos um bispo e um peão. Mudamos o jogo. E agora eles tem mais perdas.
— Está certo! Eu vou pedir a ajuda do meu pai.

— Oxi! Descobri o que o Zangado queria. — Oziel pensa. Nelita e Rui voltam.
— Seu Geraldo, a sua sobrinha me deu ótimas ideias. Eu vou fazer os desenhos e lhe trago em uma semana. — Rui afirma.
— Ótimo! Use esse adiantamento para comprar o material necessário. Semana que vem neste mesmo horário? — Geraldo pergunta.
— Claro senhor! Vamos Oziel? — Rui responde.
— Vamos! — Oziel diz.

Na casa de Mara...

— Mãe é verdade que o Romero está morto?
— O irmão Romero está vivo.
— Irmão Romero? Mãe você faz parte da Facção?
— Não. Eu quis dizer que ele está com a irmã.
— Como você ia saber disso? Você é a da Facção. Eu não vou ficar aqui.
— Filha! Filha! — Paty saí de casa.

No Morro da Macaca...

— Seu Zangado, a Adisabeba está aqui.
— Iraque, você pensou na minha proposta?
— Sim. Vamos montar uma cooperativa falta terminarmos de levantar o dinheiro.
— Façam isso até o final da semana! Eu quero vender logo isso! Peça para ela entrar.
— Sim senhor. — Adisabeba entra.

— Chegou a hora da verdade. Adisabeba, aqui estão todos os documentos.
— Você tem certeza que vai me vender toda a sua parte?
— Vendendo tudo não dou mais dinheiro para a Facção.
— Zangado, o morro tem dono?
— Sim todo esse terreno pertence a construtora Ventura.
— Por que eles comprariam um morro?
— O morro veio de brinde no terreno. Se você quiser regularizar o morro. Urbanizá-lo vai ter que comprá-lo.
— Eu compro a sua parte. Mas se o morro não é seu. Como colocou luz, água, telefone et cetera.
— Eu conheço a dona da construtora. Ela pediu para colocar eu só paguei o que se fez necessário.
— Por isso que você construiu a creche e a unidade de saúde.
— Exato. Ah! E a Tóia ajudou também.

Na casa de Domingas...

— César, achou-a.
— Sim dona Conceição. Ela estava com a chave e mais ela disse que meu pai ainda moro no morro.
— César, seus pais não são ricos?
— Minha mãe. Meu pai mora aqui. E eu morava com ele. Eles achavam mais seguros deixar eu e minha irmã separados.
— Seguros? Do que eles tinham medo?
— Da Facção!

14º Capítulo - Sem Título


— Da Facção! Os dois ajudaram a fundar a Facção. Mas eles tiveram um desentendimento e minha mãe que era da Polícia Federal resolveu denunciar a Facção. A Facção descobriu e...
— E?
— E mandou matar a minha irmã. Mandaram queimar um ônibus em Seropédica onde ela estava. Meus pais me mandaram para um colégio interno na Suécia com o nome falso de Rodrigo. E a minha irmã foi morar com a babá numa outra cidade com o nome falso de Francineide.
— Nossa César!
— Foi na Europa que conheci a Gisela. Resolvi voltar montei uma empresa. Mas não sei como. A Facção descobriu. Se eu não tivesse vindo? Os meninos não teriam morrido.
— Você não tem culpa pelo crime dos outros.
— Eu preciso entregar essa chave para a polícia. Mas antes eu vou falar com o meu pai.
— Quem é o seu pai?
— O Fonsecão.
— O faz-tudo?
— Ele mesmo. Você o conhece?
— Quem não o conhece nesse morro...

Na casa de Conceição...

— Sabe uma coisa que não consigo entender.
— O quê Belisa? — Cesário pergunta.
— Como o tio Geraldo viveu tanto tempo naquele porão. Sem ajuda.
— Eu o ajudei. — Nonato responde. — Eu o ajudei. Até aconselhei ele com os planos contra o doutor Gibson. Levava informações pra filha dele e muito mais.

Na praia...

— Uma água!
— Obrigada. Estou sem dinheiro. — Paty agradece.
— Estou lhe dando. Uma moça bonita num deve chorar assim. — Kim diz.
— Obrigada. Eu saí de casa sem pensar nas consequências.
— Quer ir para a minha. Na verdade num é uma casa é um quarto num Hostel. Só por essa noite. Amanhã você decide.
— Eu não deveria, mas vou aceitar.

Na casa de Tina...

— Tina! Eu recebi um adiantamento.
— Ah! Que bom! Achei que você nunca mais ia trabalhar como arquiteto.
— Mas não. Tina se ele me autorizar vou fazer um  portfólio. E com ele vou procurar outros trabalhos.
— Eu tenho uma notícia. Senta! Senta!
— O que foi Tina?
— Estou grávida.
— Eu vou jogar bola com você e vou lhe levar na praia. Viu! — Rui fala com a barriga.
— E se num for um menino?
— Jogamos vôlei. Já pensou eles brincando com os filhos do Oziel e da Indira.
— Eles?
— Desculpa Tina, mas eu num quero ter um filho só.
— Está bem. Depois vemos isso.

No escritório de Zangado...

— Oziel descobriu o plano do Geraldo?
— Sim. Ele planeja acabar com a Facção.
— Eu pensei que ele ia brigar pelo poder com o Pai. O que mais você escutou?
— Que ele precisa de você e da Melby. E que vai se unir com Magna.
— A Melby?
— Eles descobriram a torre dela.
— Torre?
— Como foi que ele disse... " Dentro das torres estão as informações."
— Droga! Ela é tão esperta como deixou isso acontecer. Obrigado Oziel. Aqui está seu pagamento. E sobre as escrituras amanhã vamos ao cartório.

Na casa de Fonsecão...

— Boa Noite! Estamos entrando...
— Romero! Como está?
— Bem Fonsecão e você?
— Bem. Atena!
— Pai! Pai!
— Boa Noite! Irmão. Por acaso você tem comida? — Ascânio pergunta.
— Lá na geladeira. — Fonsecão responde.
— Com licença posso entrar? — César pergunta.
— Filho! Meus dois filhos juntos? Hoje é dia dos pais?
— Não. É dia de São Judas. — Ascânio responde.
— O que vocês dois fazem aqui e juntos? Eu sou o primeiro da Lista Negra da Facção! Vocês sabem que não podem ficar juntos.
— Ela saiu da hipnose? — César pergunta.
— Saí. — Atena responde.
— Muito bem. Falem logo e saíam. Vocês tem o tempo do Ascânio comer aquele pedaço de queijo.
— Primeiro as damas. — César diz.

Na casa de Indira...

— Como você entra para a Facção? — Indira
— Eu não entrei. Eu fiz um favor para o Zangado. E se ele usa a informação contra a Facção?
— Você vai me prometer que vai procurar o amigo policial do Juliano e dizer tudo?
— Prometo. Prometo. Mas amanhã.

Na casa de Fonsecão...

— Eu trouxe o Romero para ajudar no plano da mamãe.
— Eu trouxe a chave do cofre e preciso saber se entrego as informações para a polícia.
— Ótimo! Você entrega as informações para o Dante. Aqui está o cartão dele. — Entrega um cartão para César. — E você traz o Geraldo Stuart para o nosso lado.
— Fonsecão, eu faço isso. Ele ficou de me ajudar com a doença. — Romero responde.
— O Ascânio terminou hora de ir.
— Mas nem um salaminho? — Ascânio pergunta.
— Toma esse dinheiro e leva sua afilhada pra comer no Hostel. Aqui vocês correm risco de vida.

Do lado de fora...

— Foi um prazer lhe rever. Não quer jantar lá em casa?
— Vai Atena! Eu vou ver a minha filha.
— Tem certeza Romero?
— Tenho!
— Então vamos que estou morrendo de fome. — Ascânio diz.

Na casa de Tóia...

— Demo! Saí daqui!

15º Capítulo - O Discurso da Rainha



— Demo! Saí daqui!
— Mãe, eu só vim conhecer a minha filha.
— Agora você lembra que tem filha. E por que está se desfazendo de mim com essa mão?
— Que... minha mão está se mexendo contra a minha vontade. Eu preciso ligar para o seu Geraldo.
— Agora você culpa um senhor. Que coisa feia!
— Dona Djanira, com... o Romero entra! — Juliano diz.
— Boa Noite! Desculpa essa mão. Eu vim conhecer minha filha.
— A Tóia está banhando ela. Romero, o Fonsecão me contou que você é meu tio. É verdade?
— Eu soube pelo Dante, mas nós sempre fomos muito amigos. Até eu me recusar a ajudar o LL. Mas pergunte o que você quer saber?
— Quem é meu pai?
— Ele era contador da Facção morreu uma semana antes da Chacina de Seropédica.
— O irmão do Tio?
— Ele mesmo como você sabe.
— Nós encontramos informações sobre a Facção. Mas num tinha Atena, Guerra entre outros. Romero, eu queria lhe agradecer por salvar minha vida.
— Agradeça a sua mãe! Se eu num tivesse ligado pra ela antes do casamento ela não teria me dito: "Coloca o colete à prova de balas!"
— Claro!
— Romero! — Tóia chega com a pequena Djanira no colo.
— Oi! Prazer sou seu pai. Juliano, me ajuda a segurá-la no colo. Com esse braço idiota.
— Sim! Por que seu braço está assim?
— Já faz um tempo que ele não me obedece. E o seu Geraldo me deu uma injeção, acho que é um efeito.

Numa pizzaria no Rio de Janeiro...

— Boa Noite!
— Boa Noite! Seu Geraldo, a que devo a honra?
— Eu quero saber quais são suas intenções?
— Sobre?
— O fim da Facção.
— Você descobriu o meu plano?
— Na verdade foi o Romero que descobriu que eu tinha um plano?
— E como você me encontrou?
— Os arquivos da Facção. Quando digitalizaram o Gibson guardou uma cópia no cofre.
— E o que o Romero lhe disse?
— Você quer encontrar as informações e entregar tudo pra polícia.
— Exato. E qual é o seu plano?
— Destruir as fontes orçamentárias da Facção e uma delas é você.
— Eu num dou dinheiro desde a morte do Gibson. O Fonsecão tem um plano reunir várias pessoas para deter a Facção.
— Como assim?
— Todas as pessoas que de alguma forma se prejudicaram com a Facção se unirem e a partir de depoimentos e documentos destruirmos a Facção.
— Reunir o máximo de provas possíveis.
— Exato. Vamos nos unir?
— Magna, temos uma acordo.

 Na casa de Fonsecão...

— Tem certeza?
— Adisabeba, só você pode fazer isso. Você é a líder dessa comunidade!
— Eu vou pensar!

Na casa de Zangado...

— Meu filho, você faz parte da Facção?
— Sim. Desculpa por todo o mal. Por ter falsificado o seu quadro e dado todo o dinheiro pro tio Gibson. Eu achava que era algo bom. Mas isso tudo se transformou numa Máfia de idiotas. E eu quero sair, mas ninguém saí da Facção com vida. Por isso eu preciso da sua ajuda e dos meus irmãos? Pra ajudar num plano.
— Claro! Do que se trata?
— Se trata de...

No dia seguinte...

— Pai, qual é o pedido que você tem a fazer? — Vavá pergunta.
— Meus filhos, o irmão de vocês precisa de ajuda para sair da Facção? Seu irmão precisa de nós. — Feliciano diz.
— Facção! — Breno e Kim se assustam.
— Por que esse susto? — Paty pergunta.
— Eu e o papai fazemos parte da Facção. — Kim responde.
— Vocês dois me arrastaram pela miséria. E eram aliados do tio Gibson. Eu não acredito. — Dalila diz.
— Dalila, quando eu fui demitido do banco. Eu não tinha mais como ajudar os irmãos com empréstimos a perder de vista. Ou sonegar informações no Imposto de Renda. E a minha função na Facção era nula. Eu num ajudei mais, não recebi mais. — Breno a responde.
— Mãe, eu ajudei o papai fazendo os impostos e fiz algumas entregas para a Facção. Mas depois que descobriram o QG da Facção não me pediram mais nada. — Kim diz.
— Então vocês vão me ajudar nós temos que falar com o Geraldo Stuart. E pedir, não, nos oferecer para ajudar no plano dele para acabar com a Facção. — Feliciano conclui.

Na Caverna da Macaca...

— Luana, obrigada por ter reunidos todos aqui. — Adisabeba sobe no palco. — Bom dia! Amigos e amigas, eu os chamei aqui porque sei que cada um de vocês de alguma forma foram vítimas da Facção. E o que eu proponho é que cada um de nós vamos até a polícia denunciá-los. E se tivermos prova de algo que levamos também. Pois se a Facção nos ameaçou individualmente eu quero ver o que ele vai fazer se todos nós estivermos juntos.
— Adisabeba! Adisabeba! Adisabeba! — As pessoas que estão na Caverna ovacionam.
— Nós pessoas de bem. Vamos acabar com a Facção.

16º Capítulo - Sucocidas


— Nós pessoas de bem. Vamos acabar com a Facção.

Na casa de Domingas...

— Bom dia!
— Bom dia! Quem é o senhor? Eu já o vi com o Juliano, não?
— Provavelmente. Eu sou o Dante.
— Claro! O policial entre!
— Quem é ? — César pergunta.
— Dante.
— César. — Ele entrega a Ana para Domingas e cumprimenta Dante. — Prazer. Sente-se! Eu lhe chamei para lhe entregar isso. — E lhe dá a chave.
Imagem copiada do Google Imagens
— A chave de um cofre. De quem é?
— Da minha mãe. Lá ela guarda todas as informações contra a Facção.
— Vamos lá agora?
— Claro!

No Hostel da Macaca...

— Tia!
— Merlô! Como você está?
— Bem. E o meu priminho?
— Vai bem. Assim como sua priminha.
— Priminha?
— São gêmeos.
— Nossa!
— Cadê a sua mãe?
— Está na Caverna chamando as pessoas para agirem contra a Facção.
— Contra o quê?

Horas depois...

— Tia, esse é o Dante! — Merlô apresenta Melby.
— Esse é o policial que ficou com os meus livros. O Cabral já entregou tudo para o LL. Até mesmo as caixas que seu Feliciano foi lhe entregar. O que você pensa? Que colocando o LL na cadeia a Facção acaba... Responde garoto!
— Acabar... acabar... de imediato não. Mas vai começar a cair. — Dante responde.
— A única coisa que vocês conseguiram durante esses meses foi provocar a ira do LL. Ele fez uma lista com nove nomes. Nomes de traidores. E o último nome é o do Zé Maria. Que agora é o irmão Pedro Vargas. Se vocês e o Zangado querem colaborar com isso. Colaborem! Mas vai ser uma batalha de sangue! Eu vim só para me despedir. Eu vou embora para o Uruguai e criar os meus filhos lá. Suicidas!
— Sucocida? — Merlô pergunta.
— Suicida uma pessoa que se mata. — Juliano responde.
— Tipo os Kamikazes como aquele livro que li O Avarento*.
— Como assim? — Juliano pergunta.
— No final ele não suporta a pressão do Castelo*  e comprou uma fórmula mágica. Ele bebe a fórmula e todos pensam que ele morreu de forma natural. Mas não ele foi o kamikaze da causa.
— Meu pai se matou? — Juliano pensa.

No Ferro-velho...

— Vitória na Guerra! — Pedro Vargas diz.
— Vitória na Guerra! Pedro, eu pedi para lhe chamar. Pois faz meses que você está me enrolando. Cadê o defunto Fonsecão? Cadê?
— Pai, veja bem. Se trata de...
— Você está do lado nele, não é? Ou você ajuda o Fonsecão ou me ajuda?
— Eu estou do seu lado.
— Eu quero saber do futuro. De qual lado você está?

* Não se trata das obras originais. Mas dos livros falsos de Melby.


17º Capítulo - Decisão 



— Eu quero saber do futuro. De qual lado você está? Prova que você está do meu lado e mate o Fonsecão. Agora!

No Hostel da Macaca...

— Eu vim buscar minha filha! — Mara diz.
— Oi. Tudo bem? Eu não sei quem é a senhora nem a sua filha. Portanto qual é o seu nome? — Adisabeba pergunta.
— Mara Nogueira. Minha filha chama-se Patrícia.
— Luana, vai no quarto do seu irmão e chama a namorada dele.
— Sim dona Adisabeba. — Luana responde.
— Namorado? Qual é o nome dele? — Mara pergunta.
— Sou eu.
— Kim!
— Vocês se conhecem? — Paty pergunta.
— Da Facção. — Kim responde. — Mas agora num trabalho mais com ela. Fica tranquila.
— Joaquim Stuart está enganado. Eu sou Marisa Stuart filha de Geraldo Stuart.
— Como??? — Adisabeba, Luana, Paty e Kim perguntam espantados.
— Eu sou a herdeira de Claudine. Eu que passei minha vida inteira infiltrada na Facção. Eu incentivei todas as loucuras do Gibson para que ele se enforcasse com a própria corda. Tudo o que o meu pai sabe da Facção fui eu que contei.
— Mãe, posso lhe fazer uma pergunta? — Paty pergunta.
— Quem é seu pai. Eu nunca tive ninguém. Quando vi Nonato saindo com você da mansão ele disse que lhe levava para um orfanato. Foi então que lhe adotei.
— Se você não é a minha mãe. Não volto com você. — Paty afirma.
— Eu vou lhe deixar sua bolsa. Não fique sem documentos por aí. Se você mudar de ideia ou precisar de dinheiro, sabe onde lhe encontrar. Desculpa! — Mara vai embora.
— Dona Adisabeba, o emprego que a senhora ofereceu ainda está de pé?
— Claro. A recepção é sua. — Adisabeba saí.
— Paty, eu conheço o Nonato.
— Luana, obrigada. Mas não sei se ela disse sério ou se foi mais uma história para não responder. Quando o dinheiro acabar eu procuro ela. Ela diz que foi tudo uma invenção e me oferece um curso novo ou uma viagem maravilhosa. Desta vez eu vou pedir um doutorado em Oxford. Ou seria melhor uma pós-graduação em administração em Havard. Ou um intercâmbio em Praga. Ou seria melhor...
— Paty, já entendi. — Luana afirma.
— Paty, pra onde você for eu quero ir com você. — Kim afirma.

No escritório de Zangado...

— Agora o moto-taxi é de vocês. Parabéns!
— Obrigado seu Zangado. A nossa cooperativa vai ser a melhor! — Iraque agradece.
— Espero que sim! 
— Zangado, posso falar com você? — Adisabeba.
— Claro! Vamos até a minha casa!


...

— Desculpe, mas eu vendi o moto-taxi eu num quis abusar e usar o escritório. Sente-se!
— Obrigada. Eu quero lhe fazer uma pergunta. Por que você me escolheu pra ser a dona da Macaca?
— Porque eu sabia que o Merlô é meu irmão, porque já estava apaixonado pela Melby e porque ninguém ia desconfiar do dinheiro de uma...
— Prostituta.
— Isso. Mas agora está tudo limpinho. O dinheiro não vai mais pra Facção.
— Mas eu sou a maior invasora desse morro.
— Fale com o Fonsecão. Você pode comprar o morro aos poucos.

No consultório de Mara...

— Dona Mara, esse homem diz ser seu paciente antigo. — A secretária diz.
— É sim. Pode entrar seu Pedro.
— Obrigado. Pela sua cara você brigou de novo com a sua filha.
— Foi. Mas vai direto ao assunto.
— Claro. O LL me colocou contra a parede. Ou o Fonsecão morre hoje ou eu pulo fora. É a hora de escolher o lado certo.
— Eu vou ficar do lado do meu pai. E você?
— Eu também. Eu vou avisar o Dante.

Na casa de Zangado...

— LL e Juca o que vocês fazem aqui?

18º Capítulo - Sequestro


— LL e Juca o que vocês fazem aqui? — Melby pergunta. Juca coloca um pano com clorofórmio próximo ao nariz de Melby e ela desmaia. Melby deixa sua pulseira favorita cair no chão.


No Hostel da Macaca...


— O LL pegou a Melby. — Zangado chega no hostel dizendo isso. Extremamente aflito.
— Meu filho, você tem certeza disso? — Feliciano pergunta.
— Tenho! Ela nunca se separa dessa pulseira. Nunca! E eu sei o que o LL quer em troca.
— O quê? — Dante pergunta.
— O meu esconderijo de informações. Minha coleção de carrinhos. Eu escrevo as informações de uma forma que só com um espelho você conseguirá ler. Enrolo as como se fossem uma miniatura de pergaminho. E coloco no fundo dos carrinhos. Coloco a placa de plástico por cima e parafuso-as. Simples!
— Simples? Eu nunca ia procurar informações dentro de carrinhos. — Dante afirma.
— Eu quero me entregar para a polícia. Você me ajuda Dante?
— Claro! — Dante e Zangado saem do hostel. Adisabeba os vê de longe e entra no hostel.

— O que aconteceu?
— Bebinha, senta aqui. Você vai precisar ser forte! E ter muita calma. Sua irmã foi levada pela Facção.
— Como você me pede calma se minha irmã está sequestrada. É tudo culpa de vocês que resolveram e me convenceram de ir contra a Facção.
— Dona Adisabeba, os sequestradores entrarão em contato com a senhora. — Úrsula afirma.
— E se lhe perguntarem onde estão as informações você diz que estão nos carrinhos do Zangado. — Breno a orienta.
— Vocês querem que eu seja a Mulher Maravilha? É isso? Eu tenho que saber tudo. Eu não vou admitir se minha irmã e meus sobrinhos morrerem. A culpa é de vocês que estão dentro da Facção. — Luana ouve tudo e vai até a recepção do hostel.

— Paty! Paty!
— O que foi?
— A Facção sequestrou a irmã da dona Adisabeba. Tem como você falar com a sua mãe.
— Eu vou lá.

Na Mansão Ventura...

— Romero, eu acabei de fazer. — Entrega para ele um exame de gravidez.
— Positivo. Você está grávida! Foge com o velho antes que seu bebê nasça.
— Não Romero. Eu lhe prometi que ia ficar do seu lado até o fim.
— Pois esquece isso. E me prometa que vai proteger o nosso filho até o fim.
— Eu prometo.


No Moto-Táxi...

— Boa Noite!
— Boa Noite! — Responde Juliano.
— Você poderia me levar até a Gávea? — Paty pergunta.
— Claro! Coloque o capacete.

Numa Fazenda...

— É aqui que você vai ficar! — LL diz.
— O que você quer? — Melby pergunta.
 A morte!

19º Capítulo - Caiu o Cavalo


 A morte!
— Então me mata de uma vez!
— É a cabeça do Fonsecão que eu quero.

No apartamento de Mara...

— Filha! Eu sabia que voltaria.
— Mãe! A Facção sequestrou a irmã da dona Adisabeba. Você sabe onde ela está?
— O LL não me contou nada sobre isso. Isso significa que ele sabe da minha traição. Eu vou procurar o Zé Maria e você procure o Romero. Pergunte a ele todas as propriedades dos Drago. Vamos!
— Mãe! É verdade que eu sou adotada?
— É sim!

Na sede da Darco...

— E isto é tudo o que sei delegado. — Zangado encerra seu depoimento.
— Você ficará detido. — diz o delegado.

— Pai! O Zangado veio se entregar. — Cabral fala ao telefone.

— Eu vou voltar para a Macaca. — Dante afirma.
— Dante, eu quero escrever uma carta para a Melby. Você a entrega?
— Claro!
— O Cabral já deve ter avisado o LL e eu estou correndo risco de vida.

Na Mansão Stuart...

— Geraldo, eu fico feliz que tenhamos acertado as coisas.
— Eu também Nora. Espero que você e suas filhas sejam muito felizes no apartamento novo. E você Régis proteja-as com a sua vida.
— Dessa vez não falharei. — Regis diz. — A Facção não mexerá com a minha família.
— Foi a Facção que matou sua mulher? — Belisa pergunta.
— Sim. Porque minha filha resolveu sair e se escondeu num país que eles não tem acesso. Sumara, minha princesinha. Ela veio aqui me visitar e sofreu um golpe.
— Sumara. Esse nome não me é estranho. — Belisa pensa.
— Kiki, eu posso conversar com você no escritório? — Geraldo pergunta.
— Claro tio. — Os dois vão até o escritório.

— Kiki, de quem era aquele bebê que você entregou para o Nonato. Um pouco antes de adotar o Dante?
— Num era meu.
— Mas de quem era?
— Do Junior ele me pediu que a levasse para um orfanato. Mas também não sei se era dele. Quando pensei em adotá-la o Nonato já havia entregue para outra pessoa.
— Para a Mara ela veio me ver escondida e ficou com o bebê. Minha netinha!
— Você vai dizer a ela?
— Primeiro vou procurar o Júnior. Preciso saber quem são os pais dela antes de falar qualquer coisa.

Na Mansão Ventura...

— Tem certeza que vou encontrar o Romero aqui? — Paty pergunta.
— Tenho. — Juliano afirma. Paty toca a campainha. E a sua entrada é autorizada.

— Romerito, a sua namoradinha veio lhe visitar.
— Velho, que namorada?
— A Patrícia, a historiadora que acreditava que você era um heroí, lembra dela?
— Aquela louca! Como você a deixou entrar?
— Ela disse que é importante.
— Com licença! — Paty entra na sala.
— Pode entrar! — Ascânio diz. Romero manda um olhar de reprovação para o velho e se volta para a menina.
— Oi tudo bom! — Com um sorriso forçado. — Que bom lhe ver.
— Eu vim pedir ajuda. A irmã da dona Adisabeba foi sequestrada pelo LL. E só você sabe, ou pode saber, ou tem pista, ou qualquer coisa do tipo sobre onde o LL possa a ter levado. Você sabe num sabe?
— Olha tem várias possibilidades.
— Itaipava! É o lugar mais próximo e mais seguro. Foi onde eles mantiveram o embaixador sequestrado em 1985. Eu vou lhe anotar o endereço. — Ascânio diz.
— Como você sabe velho?
— Eu sou conselheiro da Facção esqueceu. Eu só espero que eles não queiram os carrinhos do Zangado. Porque eu tirei todo o recheio há um mês atrás. Pronto agora digite seu número aqui e a mensagem vai para você e para o Dante.
— Você está usando o meu celular? — Romero pergunta.

No Esconderijo de Pedro Vargas...

— Como é que é?
— Isso mesmo. A Melby.
— Mara, eles querem a cabeça do Fonsecão. Precisamos protegê-lo.

Na DARCO...

— Pronta! Você entrega.
— Claro! — Dante recebe uma mensagem. — Olha isso Zangado!
— Vai lá! Com pessoas de confiança. Mas num deixe o Cabral descobrir. — Zangado guarda a caneta em seu bolso. Uma caneta com uma microcâmera. E vai para a sua cela.

Momentos depois...
Na Fazenda de Itaipava

— LL se renda você está cercado! — Dante diz do lado de fora.
— Pai, sou eu Romero. Se entregue e tudo ficará bem. — Romero afirma.
— Nós sabemos que só está você, a refém e o Juca. — Ascânio afirma.

— Pai! Vamos nos entregar.
— Juca, eu não vou me render assim tão fácil.
— Mas eu vou. — Juca saí do cômodo de costas para LL.
— Seu bêbado! — LL atira em Juca.
— Ahhhh! — Melby grita.

— Atiraram na refém! Invadam! — Ordena o delegado.Os policiais invadem e trocam alguns disparos com LL. E o detém.

— Obrigada! — Melby agradece.
— Vamos sua irmã está preocupada. — Dante afirma.

No Hostel da Macaca...

O celular de Merlô toca.
— Alô!
— Prendemos o LL.

20º Capítulo - Zangado


— Prendemos o LL. — Dante diz do outro lado da linha.
— Aeeeee! E minha tia?
— Merlô, ela está bem. Mas o Juca faleceu.
— Morreu! Que Deus o tenha. Obrigado. — Merlô desliga  o telefone e Adisabeba está desmaiada nos braços de Feliciano.
— Merlô, isso é jeito de dizer. Sua tia bem... — Feliciano diz.
— Bem, bem ela está bem.
— Então quem morreu? — Dalila pergunta.
— O Juca.

Na DARCO...

Dante chega na sede da DARCO e vai dar a boa notícia a Zangado. Quando ele chega na cela... Zangado está enforcado pela própria blusa e com uma caneta na mão.

No Hostel da Macaca...

— Ah! Minha irmã, ainda bem que você está viva!
— Pena! Que o Zangado está preso. Ele pediu para ler esta carta. Vocês me dão licença.
— Claro minha irmã! — Melby sobe para o quarto e Adisabeba chama Paty. — Paty, pede pro cozinheiro preparar um lanche bem gordo e uma vitamina. E depois você leva para ela. Se ela não quiser comer você a lembra da gravidez.

Na DARCO...

Dante percebe que é uma caneta com um microcâmera e tira-a da cela. Vai até a sala do delegado e os dois assistem ao vídeo. Foi Cabral que matou Zangado. O delegado vai até Cabral e diz:

— Cabral! Você está preso pelo assassinato de Feliciano Stuart Filho conhecido como Zangado.

No Hostel da Macaca...

Paty vai bater na porta para entregar a refeição de Melby e escuta-a lendo a carta de Zangado.

Querida Melby,
Cuide bem dos nossos gêmeos! Eu me entreguei para a polícia, provavelmente a essa hora já estou morto. Mas espero do fundo do coração que vocês tenham saído bem do cativeiro.
Quanto a nossa menininha a Mara adotou. Deu a ela o nome de Patricia. Patricia Nogueira.
Eu te amo! Do seu Amado
Zangado
Paty começa a chorar e Melby escuta.
— O que foi mocinha? A bandeja está pesada né? — Melby pega a bandeja. — A Adisabeba é exagerada. Me ajuda com esse lanche aqui. Você come um e eu como o resto? Menina!
— Claro! — Paty dá uma mordida no lanche. — Eu escutei...
— Num tem problema num era nenhum segredo.
— Eu sou Patricia Nogueira.

Na DARCO...

— Juliano! (Fala!Dante!) Eu preciso que você avise a dona Adisabeba que o Zangado morreu. (Aviso sim). — Juliano desliga o telefone e Oziel entra na DARCO.

— Com licença eu queria falar com o Dante.
— Sou eu. Sente-se. — Oziel senta. — Qual é o seu nome?
— Oziel.
— Em que posso ser útil.
— Seu Dante eu fiz um trabalhinho pra Facção...

Na Mansão Ventura...

— O Juca e o Zangado faleceram. E o Cabral foi preso. Meu informante acabou de me contar. — diz Ascânio.
— Atena, eu acho que é melhor você ir embora e proteger nosso filho.
— Romero, está bem. Eu vou protegê-lo. Pode estar certo disso.

No Hostel da Macaca...

— Você é a minha filha. Você deve estar cheia de perguntas.
— Estou confusa, mas ainda não sei o que perguntar.
— Patricia, posso lhe abraçar?
— Pode.

Dias depois...

— Atena, se cuida filha. — diz Magna.
— Pode deixar.
— Eu vou cuidar bem dos meus afilhadinhos. — diz Ascânio.
— Romero, eu te amo.
— Eu também. — Os dois se beijam.
Meses Depois...
— Meus Netos. — Feliciano.
— Vão se chamar Felicidade e Felix. — Melby conclui.

11/3 - Cenas de 15 a 18
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2019

— Juliano! Juliano!
— O que foi Dante?
— Eu tenho uma ótima notícia para você!

Próximo Bloco: http://fanficsenovelas.blogspot.com.br/2016/06/xeque-mate-bloco-4.html
*Imagens copiadas de Google Imagens e Montagem feita por F&N.

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