Na Casa de Wanda...
— Mãe! — Wanda, desperta de um cochilo.
— Laura, o que você está fazendo aqui?
— Estou com um problema, posso passar uns dias por aqui?
— Claro! — Laura vai até seu antigo quarto e Wanda a segue. Laura deixa a mala perto da cama e se senta. Wanda senta ao lado da filha e pergunta: — Qual é o problema?
— Eu estou grávida.
— Quem é o pai?
— O Gaspar.
— Mas faz meses que ele.
— Eu tentei... — Ela chora por alguns minutos. — Depois tentar esconder com faixas, mas agora não tem mais como.
— Alguém te humilhou?
— Não, o diretor pediu que me afastasse para não ser motivo de mexericos.
— Ele está certo. Você quer conversar com a dona Cândida?
— Não tenho coragem, você poderia...
— Deixa comigo! Agora descanse!
Após a Missa
Na Irmandade...
— De quem é esse bolo?
— Da Rita, ela fez um para nós e uma para a mãe dela.
— Eu acho que lembro da mãe dela.
— Frei Tomé, a dona Chiquinha de Andorinhas. Ela faz o melhor pastel que já comi.
— Verdade, frei Leão. — Frei Severo pergunta:
— Cadê a Marê?
— Ela tem que fazer repouso por conta da gravidez.
— Pai Papinha, por que você está triste?
— Marcelino, minha mãe não está bem. Amanhã vou visitá-la.
— Leva um pedaço de bolo para ela.
À Noite
Na Mansão Rubião...
— Você está linda! — Claudio diz para Rita.
— Obrigada, Claudio. — Os dois vão para o cinema.
Na Recepção do hotel...
— Fiz o senhor esperar muito? — Catarina pergunta para o delegado.
— Não. Vamos, Catarina? — Ela pisca o olho direito e eles vão para o Cinema.
Na Mansão Evaristo...
— Wanda, o que aconteceu? Por que tanta pressa em me ver. É algum assunto da prefeitura?
— Não. É um assunto familiar.
— Familiar?! Pois fale logo!
— Minha filha está grávida.
— Que bênção! Mas quando ela casou?
— Ela não casou. O pai é o Gaspar.
— Mas como se fazem... Espera... 1,2,3... Antes dele fugir, ela esteve com ele?
— Sim. Pelas minhas contas ela vai entrar no sétimo mês.
— Eu assumo meu neto. Eu preciso ver com o advogado como faz. E o enxoval?
— Ela não tem nada.
— Pois vamos comprar. Eu descobri uma senhora em Andorinha que faz cada roupinha de tricô maravilhosas.
No Cinema...
— Padre Diógenes, hoje a sessão está lotada.
— Esse filme é maravilhoso.
— Não vai me contar o final.
— Quando você volta para o seminário?
— Amanhã. Vou pegar o mesmo trem do padre Donato. E depois vou para o Rio de Janeiro. Eu decidi que quero ser um padre missionário.
— As histórias de Dom Vitório, não encantaram só as crianças.
— Não.
No Hospital...
— Ciro, amanhã você terá alta.
— Obrigado, doutor Ítalo.
No Uruguai...
— Clara, eu falei com meu chefe. Ele vai mandar uma foto nossa para um amigo dele lá no Brasil para descobrir se tem algo por lá.
— Que bom! Queria voltar no médico.
— Por quê?
— Ainda venho sentindo enjoos.
— Vamos sim!
No Outro Dia
Na Estação de Trem...
— Vocês dois façam boa viagem! — Padre Donato chora.
— Logo, você está de volta.
— Mas você não, Luis.
— Eu vou mandar cartas.
— Se não mandar eu vou cobrar do reitor. — Eles riem. O trem chega e desce do trem um personagem que já conhecemos.
— Não acredito?! Que coincidência!
Próximo Capítulo: 6 de março de 2024.
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