quarta-feira, 1 de maio de 2024

  Na Prefeitura... — Seu Odilon, você acha que isso tem solução? — Acrescenta um parágrafo contando um pouco como foi a primeira congada de ...

Amor Imperfeito - Capítulo 17A

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Na Prefeitura...

— Seu Odilon, você acha que isso tem solução?
— Acrescenta um parágrafo contando um pouco como foi a primeira congada de São Jacinto.
— Obrigada. 
— Dona Cândida, a senhora me chamou por qual motivo exatamente?
— Eu preciso abafar um escândalo.
— Qual?
— O Gaspar engravidou uma moça antes de "morrer" e eu quero assumir esse neto. O advogado me instruiu, mas mesmo assim pode haver um escândalo.
— Eu mudei o editorial do jornal então esse tipo de matéria não me interessa. Mas quanto ao jornal de Imperatriz... Quem manipulava os jornais era a dona Gilda. 
— Não posso usar dos mesmos métodos.
— Torça para acontecer algum grande acontecimento quando seu neto nascer. Assim não vão dar atenção.
— Mas o Gaspar não morreu e engravidou a Gilda.
— Esse escândalo não tem como esconder. A hora que a polícia descobrir...
— O Gaspar me prometeu que eles vão se entregar.

Na Delegacia...
— Gaspar!
— Delegado?!
— Gaspar, sou eu, Lucas Rubião.
— Eu perdi a memória, mas o um investigador me entregou isso. — Ele entrega uma lista para Lucas.
— Certo. Você está se entregando?
— Sim, mas a Gilda está grávida.
— Onde ela está?
— No hotel. — Justino busque ela e as coisas deles. Gomes chame o promotor Claudio e o senhor Evaristo. — Os dois saem. Uma hora depois eles voltam com Gilda, Claudio e seu Evaristo.
— Gomes leve o Gaspar e a dona Gilda para cela.
— Sim, senhor.
— Promotor eles se entregaram.
— Lucas, você não pode prender meu filho assim.
— Seu Evaristo, arrume um bom advogado. Eu só estou prendendo um criminoso que fugiu e resolveu se entregar.
— E essas coisas todas?
— Leve o que for do seu filho.
— Eu voltarei com um advogado.
— Assim espero. Eu não gostaria de manter meu amigo de infância preso.
— Delegado, posso ver minha irmã?
— Cinco minutos e acompanhado do soldado.

— Gilda! Minha irmã! Onde você foi?
— Eu estou sem memória. Estávamos no Uruguai.
— Por que vocês se entregaram?
— Era o certo a se fazer, não?
— Vocês se lembram do acidente?
— Não.

Duas semanas depois...
Na Maternidade

— Dona Vanda, sua netinha nasceu! 
— Posso vê-la?
— Quando elas forem para o leito. A enfermeira vem lhe chamar. 

No Orfanato...
— Aninha, você quer entregar a cadeira para a Maria?
— Sim!
— Pode ir. Vou conversar com seus pais. — Aninha sai da sala da irmã. — Dona Ione e Seu Ademar, vocês querem adotar a Maria ou um bebê?
— A Maria.
— Um bebê.
— Ou vocês decidem ou vocês vão no juiz e pedem para poder adotar duas crianças.

Mais tarde...
No Armazém

— Aninha, você quer um irmão ou dois?
— Se eu pudesse escolher eu queria a Maria.
— Sua mãe percebeu isso, mas eu queria um bebezinho.
— Vocês querem adotar os dois?
— Sim.
— Vai ser muito bom ter dois irmãos.

Na Maternidade...
— Dona Cândida, Dona Cândida!
— O que foi Odilon?  
— Acabou a Guerra!

Na Delegacia...
— Justino, não é bom eles ficarem aqui.
— Seu Turíbio, estamos tomando todos os cuidados. Eles não vão pegar tuberculose. 
— Mas ela está grávida está mais sensível...

Duas semanas depois...
No Fórum

— Os senhores querem adotar duas crianças?
— Sim. 
— Dentro das crianças que vocês conheceram tem alguma criança que vocês gostaram mais?
— Maria.
— Miguel.
— Por que a Maria?
— Porque ela conquistou o coração da Aninha e ela precisa de cuidados por conta da paralisia.
— Por que o Miguel?
— Porque ele é o mais risonho do berçário.
— E vocês tem condições de sustentar três crianças?
— Sim, nós temos um armazém.
— Confere essa informação, promotor?
— Sim. É o único armazém de São Jacinto.
— Eu vou autorizar. Mas a palavra final é da diretora do orfanato.

Meses depois...
Na Delegacia
Turíbio morre de tuberculose. E a mãe de Rita conta a verdade a ela.

Na Maternidade
Nascem os bebê de Darlene, Gilda, Nívea, Marê e Sônia.

Na Mansão Rubião...
— Seu Rubião, eu quero pedir a mão de Rita em casamento.
— Claudio, eu faço muito gosto desse casamento. Ela vai continuar trabalhando aqui?
— Não. Ela quer ter o próprio negócio. Eu vou comprar a livraria e ela vai administrar.
— Que ótimo. Que vocês sejam muito felizes.

No Hotel...
— Seu Lucas, chegou essa carta pro senhor.
— Obrigado, seu Popó. — A carta era da sogra de um amigo pedindo que Lucas cuide do seu neto, pois o genro havia morrido na guerra. E ela não tinha condições de cuidar da criança. Lucas fica tão aflito que nem percebe que Catarina chega:
— O que foi? 
— Leia. — Ele entrega a carta para Catarina. Ela lê.
— Eu te ajudo a criá-lo.
— Você tem certeza?
— Sim.

Na Delegacia...
— O almoço. 
— Obrigada, Justino. Justino, você pode chamar um médico. Ela está com febre.
— Chamo sim. — Um tempo depois Orlando chega com Marcelino.

— Eu te conheço. Eu lembro. Marcelino...
— Sim, a senhora está sem memória?
— Estou, mas você me faz lembrar algo. Doutor, a Marcela está com febre.
— Vou vê-la, com licença. — Orlando examina a nenê no berço.
— Lembrei, você disse que ia rezar para que eu mudasse. Depois eu sai no carro com o Gaspar. E...
— Eu rezei pela senhora.
— Eu lancei o carro do precipício. E Jesus apareceu. Ele tirou eu e o Gaspar do carro. E nos levou a outra margem do rio. 
— Jesus te salvou?
— Como salvou você. Desculpa não sei donde tirei isso. Estou confusa.
— São suas memórias voltando. A Nenê está gripada vou deixar esse emplasto. Você dê a ela a cada oito horas.
— Obrigada, doutor. Obrigada por vir Marcelino. Quando ela for pra casa da prefeita, você pode ir brincar com ela.
— Posso sim. Vou rezar pra que ela melhore logo.
— Obrigada. — Os dois saem.

— Justino, e o Gaspar?
— Ele está na penitenciária. Assim que a nenê desmamar a dona Gilda também vai.
— Achei que eles seriam julgados de novo.
— Ia demorar mais. E o delegado estava com medo deles pegarem a tuberculose do Turíbio. Acho que eles também estavam. Mas o doutor Mendes e o doutro Ítalo vinham aqui frequentemente.
— Entendo. 

No Armazém...
— Bom dia, seu Ademar.
— Bom dia, seu Valente. Em que posso ajudar?
— Eu queria um quilo de arroz. — Miguel começa a chorar.
— A Sara chorou a noite toda. Acho que estou ouvindo o choro dela em qualquer lugar.
— Não, é o Miguel. Meu filho. Adotamos ele e a Maria. Desde segunda que eles estão conosco. 
— Ah! Fico muito feliz por vocês!
— Obrigado, seu valente. Seu arroz! Anoto na caderneta?
— Não, eu vou pagar. Deixa a caderneta pro Tobias.
— Entendi.
— Inclusive tem algo na caderneta que não seja doces?
— Ele só tem comprado frutas.
— Frutas?!
— Sim. Disse que está de dieta.
— Ah! Achei que ele estava comendo doces escondido.
— Aqui ele não tem comprado.

 Na loja de Cidinha...
— Que estranho! As crianças não vem mais aqui pegar doces. — Cândinha, entra.
— Cidinha, você pode fazer um bolo especial?
— Claro, qual ocasião?
— O casamento do Ivan.

Uma Semana Depois...
 Claudio e Rita se casam.

Na Delegacia...
— Seu Claudio lhe enviou um pedaço de bolo.
— Obrigada, Peixoto. Peixoto, você poderia me fazer um favor.
— Se o delegado deixar.
— Eu queria conversar com a Maria Elisa.

No dia Seguinte...
— Gilda!
— Maria Elisa, obrigada por ter vindo.
— Foi o Marcelino que me convenceu.
— Eu quero lhe pedir perdão. — Uma longa conversa depois. — Acho que a cadeia não vai ser tão ruim quanto ficar sem memória. Agora que lembrei de tudo. Me perdoe, Maria Elisa.
— Gilda, digo Clara, eu te perdoo. Mas esquecer tudo, vai ser difícil.

Na outra semana...
 Lucas e Catarina se casam e adotam Gabriel, o filho do amigo dele.
Gilda deixe a nenê com Cândida e vai para a penitenciária.

Mais uma semana depois...
Ivan e Adélia se casam.

Vinte anos depois...
Gaspar e Gilda são soltos.

Na Prefeitura...
— Senhor prefeito, seu discurso.
— Obrigado primeira-dama. 
— Por nada. — Ela já vai saindo.
— Amor!
— Sim, é hoje que seus pais saem da cadeia?
— Sim. Miguel, eu estou com medo.
— Marcela, são seus pais. Eles devem te amar.
— Minha vó dizia que eles se entregaram por isso.

 No Armazém...
— Olha lá, Manoel eles estão chegando no carro da polícia. Ts ts ts.
— Maria, você está fofoqueira igual a sua mãe.
— Manoelzinho....

No Hospital...
— Pai, pai!
— Francisco, você não pode correr pelo hospital.
— Pai, pai!
— Marcelino, ele não para de lhe chamar.
— Aninha, será que ele sabe.
— Acho que não, doutor Marcelino.
— Professora Aninha.

No salão de beleza...
— Agora sim! Sara e Mara Fashion Hair.
— Faremos uma grande parceria assim como as nossas mães.

Na Delegacia...
— Delegado, Tobias!
— Sim, Junior.
— A sua esposa está aí fora, gostaria de falar com o senhor.
— Por que não a deixou entrar?
— Porque a rampa ainda não está pronta.
— Verdade. — Ele sai da delegacia. — Oi Clarinha!
— Tobias, você não vai na reinauguração do salão.
— Preciso receber o seu Gaspar e a dona Gilda primeiro. Quer que peço para um soldado lhe acompanhar.
— Não precisa, Vida. E só atravessar ali.

No Restaurante...
— Bisa, a senhora roubou de novo.
— Eu não roubei. Eu esqueci que a dama vale menos que o rei.
— Eu marquei nesse papel.
— Está bem... Sofia. Eu roubei.
— Sofia, em vez de você ficar jogando com a vovó. Você devia me ajudar.
— Tia, você não tem clientes agora.
— Mas tem muita coisa pra fazer lá dentro.
— Você devia jogar conosco em vez de reclamar.

No Hotel...
— O meu pai é juiz.
— E o meu pai é diretor do hospital.
— Eugênia, eu sou o mais qualificado para herdar o hotel.
— Gabriel, eu sou a mais qualificada.
— Eu já terminei meus estudos em São Paulo.
— Eu fiquei com medo de lá.
— Por que você não pede pra sua mãe de mandar pro exterior?
— Eu gosto daqui. Eu gosto de brigar com você.
— Eu também. Quer dizer brigar não é bom. O que te deu hoje?

Na Prefeitura...
Gaspar e Gilda chegam e Marcela vai vê-los. Os três se abraçam.

No carro do outro lado da rua...
— Então, esse que é meu pai... Dizem que filho de peixe, peixinha é... — Ela foge.


FIM
1/5/2024

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