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No dia da Santa Ceia…
Fui ao mercado com Mateus. Passamos pelo comerciante de frango:
– Miau!
– Olá, amiguinho. Seu pedaço. – Ele me deu um pedaço. – Cadê sua gata? – Comecei a explicar que ela teve gatinhos.
– Miau! Miau! Miau! Miau! – Mateus chegou:
– Dando aula de novo, Téo. – Fiquei quieto.
– Perguntei da gata que veio com ele das últimas vezes.
– A Cléo teve doze filhotes ontem.
– Ah! – Ele preparou um pequeno pacote e me deu. – Leve pra ela. Seja um bom pai! – Mateus agradeceu e voltamos para casa onde estávamos hospedados. Ao chegarmos vi o Diabo ao lado de Judas. Coloquei o pacote sobre uma pedra e fui brigar com ele. Dei várias unhadas nele, mas ele não tinha corpo.
– Téo, está brigando com a minha sombra? – Não dei ouvidos para Judas e continue arranhando o Diabo. Judas me jogou um copo de água. Parei. – Acalmou?
– Téo, leve o presente para a Cléo. Ela e os filhotes te esperam. – Obedeci o Mateus. – Aqui está a bolsa. Comprei o suficiente para a ceia.
– Muito obrigado. Mateus, todo o pai é estressado?
– Só quando tem coisa errada.
Jesus depois de ter se reunido com os discípulos para Ceia convidou três deles para irem com ele orar no Horto das Oliveiras. E eu fui junto. Sua angústia era tanta, mas tanta que ele passou um longo tempo conversando com Deus.
— Pedro, nunca vi Jesus assim.
— Amigos, vamos orar como ele nos ensinou.
— Pai nosso…
Lá pelo décimo Pai Nosso eles adormeceram. Então Jesus despertou eles e voltou para suas orações. Eles voltaram a rezar o Pai Nosso e adormeceram de novo. Então eis que surge…
— Essa é a minha chance de lhe impedir, Emanuel.
— Afasta-se! — Sim eu miei, mas ele me entendia.
— Teófilo, seu gatinho, vai me enfrentar?
— Pequeno aqui é você! Eu não acredito que um terço dos anjos caíram na sua esparrela. Por não querer adorar um humano. Agora você é menor do que um inseto. Para falar com você agora temos que olhar para baixo. A sua queda foi a maior de todas. Você se quebrou por inteiro. Nem música consegues fazer mais.
— Seu insolente! Claro que consigo. Ahhh… — Saiu um som completamente desafinado.
— Quer que chame um humano para cantar para você? Hummm… Davi!
— Ora seu… Não vim aqui conversar com um desclassificado como você. Vim convencer Jesus a ficar por aqui.
— Mas não vai mesmo!
— Ele está angustiado. Com licença, pirralho! — Então o Diabo tentou me passar e arranhei ele. Mas ele não tinha forma. Jesus ouviu o barulho. Abençoou a água e a jogou no Diabo.
— Isso queimaaaaa!!! — O Diabo some.
— Mestre, desculpe a minha incompetência.
— Fizestes bem. Impediu-o de me tentar. Estou muito angustiado. Pensei que eles pudessem me ajudar. — Aponta os três dormindo.
— Eles rezaram, mas o cansaço foi maior que eles. Por que eu estou falando?
— Obrigado por estar sempre por perto. Não está, eu entendo seus miados.
— Miau! — Apontei para os soldados que se aproximavam.
— Me ajude a acordar meus amigos. Depois vai avisar minha mãe que a hora da profecia chegou. — Acordamos os três discípulos. Fui para casa de Cléofas onde Maria estava com sua irmã. As duas olhavam para o Céu e relembravam a última Páscoa.
— Vou dormir. Não se tarde!
— Já entrarei. — A irmã entrou e Maria faz sinal para que eu me aproxime.
— O que faz aqui? Não devia estar junto de Jesus?
— Miau! — Me surgiu o humanês de novo — Jesus pediu para lhe avisar que a profecia irá se cumprir.
— Uma espada transpassará minha alma. — Ela ficou um tempo em silêncio e por fim disse: — Vou precisar de ajuda. Como Moisés vou interceder para que Jesus vença essa batalha. Mas assim como Moisés vou precisar de quem me apoie para permanecer firme no propósito.
— Miau! — João Marcos chega:
— Senhora, ele foi preso.
— Avise seus irmãos!
— Sim. — Entramos
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