sexta-feira, 26 de setembro de 2025

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Cap. 6 - A Morte

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Já era por volta da hora sexta quando chegou Nicodemos.

— Shalom, posso falar com Cleófas? — João Marcos responde:

— Shalom, Cleófas não está.

— Tenho um comunicado.

— Entre e já diga a todos de uma vez. — Ele entrou na sala. Nicodemos trocou olhares com Maria e ela perguntou:

— Nicodemos, ele foi condenado?

— Sim, senhora. Condenado a morte de cruz.

— Vamos!

— Senhora, é muita dor que terás que passar.

— Com Deus tudo suportarei inclusive o Vale da Morte.

— Ela sai, Nicodemos, João, eu, o Arcanjo Rafael e mais alguns anjos a acompanham.


Passou um tempo, estávamos no lugar que ficou conhecido como Via Crucis. Jesus cai e um anjo segura a cruz para não esmagá-lo e percebi que muitos anjos lhe ajudaram. Jesus lhe deixou carregar a cruz junto com ele a partir dali. Ao terminar a Via Crucis ele foi crucificado em um lugar chamado Gólgota. 


— Rafael, você não vai tirar Jesus da cruz?

— Diabo, eu não sou desobediente como você. 

— Você vai deixar o filho de Deus morrer em uma cruz? A cruz é a maldição.

— Já disse que não sou como você. 

— Você acha que só rezando vai conseguir alguma coisa?

— A oração é a arma mais poderosa que se tem.

— Quero ver o que vocês estão rezando.

— O Senhor é meu pastor e nada me faltará…

— Um salmo?! 

— Podem cantar! — Os anjos começam a cantar:

— Pelos prados e campinas verdejantes eu vou…

— Ah não!!! Que melodia irritante. — O Diabo e os demônios vão embora.


Jesus estava na cruz cada dificuldade que ele tinha em respirar o coração de Maria se sobressaltava e as pernas dela bambeavam. Então um a um os anjos começaram a segurá-la como Araão e Ur fizeram com Moisés.


— Senhora, não é melhor voltarmos?

— João, eu tenho quem me sustenta. O Amor que tenho por Deus é maior que tudo. Vou ficar até o fim.


Ao pôr do Sol os soldados foram retirar os corpos das cruzes.

— Longuinho, este parece morto.

— Realmente vou transpassar a espada para ter certeza. — Longuinho transpassou a espada e água e sangue jorraram do peito de Jesus. Respingou algo no olho dele.

— Aí! — Ele retirou o líquido. E sua visão que já estava turva se tornou perfeita. — Estou curado!


Maria sentiu seu coração transpassado e se deixou prostrar. Ao ouvir as palavras do soldado se lembrou do profeta Eliseu. Ela teve a certeza que Jesus já estava com seu pai. Ela fez sinal para que os anjos subissem para recebê-lo.


— João, me dê um momento.

— Sim. — João se afastou.

— Mensageiros, muito obrigada. Mas podem ir. — Um dos anjos lhe respondeu:

— Mãe, esse ainda não é o fim. Ele nos pediu para lhe acompanhar e assim o faremos.

— Você é capaz de imaginar a dor que estou sentindo.

— Não, mas Deus pode. — Maria silenciou-se e João preocupado voltou e veio buscá-la.


Os soldados desceram Jesus da cruz. Ela o abraçou e começou a limpar suas feridas. Suas lágrimas rolavam. E ela cantava as mesmas músicas que cantava para ele dormir quando era criança. 


— Vim buscar a alma de Cristo para levá-la. Mas cadê a alma dele? – Rafael respondeu:

— Miguel, chegou antes de você. Eles já foram.

— Diabo! Diabo!

— O que foi, Marduk?

— Estamos perdendo as almas. Cristo e Miguel, entraram na Mansão dos Mortos e estão levando todos. Inclusive Adão.

— Não! Vamos impedir! — Ao ouvir isso Rafael os ordenou:

— Anjos! Vamos ajudá-los a derrotar os demônios!


Muitos minutos depois...

Nicodemos e José de Arimatéia já tinham preparado o corpo. Eles iam fechar o sepulcro, mas Maria chorava ao lado do corpo. Eles pediam para ela sair, mas ela não queria. Eu falei em humanês de novo:


— Mãe, eu sei que você está sofrendo. Mas a profecia precisa se cumprir. O que vai acontecer aqui nem o mais inteligente dos homens saberá explicar. Vamos! 


Então Madalena entrou e também pediu para que ela saísse. Por fim João: 


— Senhora, vai deixar seus outros filhos sozinhos. Vamos ficar todos juntos. Como os pintainhos debaixo das asas de sua mãe.


Ela então os escutou e saiu. Os homens fecharam o sepulcro e dois anjos ficaram de guarda. Maria quis ir ao monte para rezar.


— Senhora, vamos passar primeiro em casa e comer alguma coisa.

— Não, primeiro preciso falar com Deus.


Fomos ao monte. Ela rasgou suas vestes e jogou cinzas em sua cabeça. E assim o fez também com o seu coração. 


— Madalena, estou muito cansado.

 Não dormi noite passada. Se acontecer alguma coisa me acordas?

— Claro, João!

— Miau!

— Mas fácil o Teófilo te acordar. — Ela ri.

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