quarta-feira, 25 de março de 2020

CAPÍTULO ZERO Participação Especial: Capitão Nascimento (Filme - Tropa de Elite 2) — Até que ponto você chegaria por amar o ...

AMOR DE FILHO - Cap. 0

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CAPÍTULO ZERO


Participação Especial: Capitão Nascimento (Filme - Tropa de Elite 2)


— Até que ponto você chegaria por amar o seu filho?
— Até que ponto você chegaria por amar os seus pais?


199?...
Bairro do Passeio
— Você se machucou?
— Não! Por quê?
— Porquê você só pode ter caído do céu.
— Que cantada mais... velha.
— Eu sou péssimo com isso. Belizário!
— O novo cabo.
— Isso. Me conhece?
— Tenente Regina nos vemos em serviço.
— Sim, senhora. — Belizário pensa. — Que azar cantar justamente minha superiora. Já comecei mal. 

Momentos Depois.. 
Na Mansão Cardoso
— Você não consegue esquecê-la.
— Oi, Regina! Eu não consigo esquecer a Vitória. Por que ela foi embora sem me dizer nada?
— Se a nossa vida for igual uma novela lá pelo capítulo cem você descobre e no último você casa com a mulher da sua vida.
— Muito obrigado. E essa é a primeira fase. E quando ela voltar de Paris eu descubro.
— Raul, sua vida não é uma novela. Eu não quis dizer... segue sua vida.
— Mas por que?
— Eu sou sua irmã. Não sou Deus.
— Você está chateada.
— Lembra do Agenor?
— O cara que roubaram a carteira dele e ele te agradeceu que você prendeu o bandido com uma caixa de bombom.
— Ele mesmo me apresentou a noiva e me convidou para ser madrinha de casamento. E para completar o dia o novo cabo me cantou no bar do seu Nuno.
— Você ainda não superou o seu divórcio.
— Não. E ele ainda não paga a pensão da menina e o meu salário não dá para pagar luxos. Eu deveria ter trilhado o seu caminho.
— Eu nunca vou lhe deixar faltar nada.

No Bairro do Passeio...
— Katia, aqui está as encomendas.
— Siri, é muita coisa. 
— Preciso contratar outra pessoa?
— Não! Eu dou conta.
— Ba! Ba! — Siri, pega Marconi no colo.
— Se algo acontecer comigo ele é meu herdeiro.
— E a menina?
— Ela vai casar. Vai levar uma vida digna.
— Ela te perdoou por ter traído a mãe dela e ter tido um filho fora do casamento?
— Foi.
— Entendi. Vou ir atrás das suas encomendas.

2020...
Na Mansão Cardoso
— Raul, lembrou que tem uma irmã?
— Regina, eu não gosto de entrar nesta casa.
— E eu não gosto de abrir esta caixa.
— A caixa da sua comadre.
— Isso. Você lembra que eu batizei a filha dela?
— Lembro. Como era o nome dela?
— Amanda. Que namorou o meu sobrinho. E eu consegui protegê-los?
— A culpa não é sua.
— Eu sou superiora do Belizário. Eu tinha que ter percebido.
— Você não está mais no Passeio. Você está em outro bairro muito mais perigoso. Trabalhando com os cães.
— Batalhão de Ações com Cães. E se fosse um dos meus filhos?
— Eu te entendo. Curiosidade como você adotou o Murilo tão rápido?
Eu comprei.
— Como?!
— Eu tinha levado a Bela para o Hospital ela estava mal. Eu sentei no corredor comecei a chorar e uma enfermeira me ofereceu uma solução. Como se a Bela tivesse morrido.
— E você aceitou?
— Não! Mas vi que ela ofereceu para outra mãe.
— Eu vi quando aquela mãe entrou no hospital não era possível que o bebê dela estivesse morto.
— E o que você fez?
— Fui no necrotério. E descobri que...
— Eles matavam bebezinhos?
— Gatinhos e colocavam no lugar de atestados falsos. No cemitério pegavam o bebe exumado que foi enterrado como indigente e colocavam no lugar do gato. E o bebê da mulher não morreu.
— Não?! Eles iam trocar as certidões os bebês ia ser simples. Mas o bebê não morreu.
— O que aconteceu? 
— Síndrome de Wolf-Parkinson-White ele ficou alguns minutos sem batimentos. 
— E continuou assim pelos anos que se seguiram.
— Os bandidos me ofereceram o bebê em troca de silêncio. Eu pago silêncio e deixar de prender a quadrilha do Siri por tráfico de pessoas. Siri é o pai do Marconi.
— E o que você contou para o Murilo? 
— Que houve um erro médico e os médicos não sabiam quem era a mãe dele. E eu nunca a encontrei. — Eu procurei a ficha dele, mas sem pedido jurídico não podia acessar. Eu não sei quem é a mãe dele. Desde que ele fez 18 anos ele procura a mãe. E não encontrou. 
— Eu posso ajudar. Eu contrato o melhor detetive da cidade...
— Ele se tornou o melhor detetive dessa cidade.

— Então você é o Sandro.
— E você o Murilo. Prazer primo! 
— Prazer! Esse aqui é o meu quarto. Quando você quiser dormir na mansão fique à vontade. Pena que a Bela esta no Canadá com o Vini.
— O Vini morreu.
— Desculpa, força do hábito. Aqui era para ser um closet, mas eu fiz um escritório.
— Uau! Parece o cenário do Jack Bauer. — Sandro olha os computadores, as câmeras e fixa os olhos no quadro. — Você é policial?
— Detetive particular.
— Você investigaria um caso para mim?
— Claro!
— A dona Lurdes está a 25 anos procurando o filho dela que o marido dela vendeu.
— Kátia Brandão e Siri do Passeio?
— Foi para a Kátia.
— Ela me vendeu também. Conte a história da dona Lurdes se der match... Se não eu continuo buscando a minha mãe e agora o filho dela.
— Vamos lá! Ela morava em Malaquitas...

2019...
No Camping
— Quem era?
— Minha madrinha. Desde que minha mãe morreu ela me visita todas as semanas. 
— Amanda, por que toda vez que ela saí você fica com essa cara de roubou meu doce?
— Durval, minha mãe deixou uma caixa com ela. E ela não quer que eu veja. E eu queria aquela caixa, pois eu sei que lá tem provas contra a PWA.
— Quantas vezes eu lhe disse para esquecer a PWA?
— Inúmeras. Mas eles acabaram com a vida do meu pai. 
— A vida do seu pai é você.
— Você tem filhos?
— Eu tenho a Carolina. Mas abandonei ela e a mãe dela. 
— Por quê?
— Medo de ser pai.
— Você ainda tem esse medo?
— Assim...

Na Mansão de Alvaro...
— Você está me traindo com uma menina que tem idade para ser minha filha?
— Yolanda, você não pode ter filhos.
— E quando eu quis adotar o que você fez? 
— Eu comprei. Um menininho lindo de dois anos. Que não iria sair procurando seus pais verdadeiros nem dizer que não se acha digno da PWA.
— Não era uma adoção legal. Fiz bem em devolver. E eles devolveram seu dinheiro. E a Paula é uma filha perfeita.
— Quando adotamos ela. Ela já tinha cinco anos. Agora procura os pais biológicos. Ela tem a mesma idade do menininho. 
— Agora você vai poder ter quantos filhos quiser. Mas num é por ser adotada que a Paula não quer a PWA deveria prestar mais atenção na sua filha. — Álvaro fica em silêncio. E Yolanda começa a fazer as malas. — Esta casa você coloca no nome da Paula, eu quero dois carros, ações que me deem uma renda igual metade do seu lucro mensal da PWA, o apartamento da Barra e o de São Paulo.
— De acordo. Vou pedir a Vitória que cuide de tudo.
— Perfeito! Adeus!

Dias Depois...
— Que casa linda!
— Com a separação ficou para minha filha, Paula. — Verena procura na internet.
— Ela tem um blog na Internet.
— Deve falar sobre essas coisas de adolescentes.
— Álvaro, fala de política.
— Política. Minha filha gosta de política?

2013...
— Você um dia vai herdar tudo isso aqui.
— Pai, o que eu vou fazer com a PWA. É mais fácil eu ser presidente da república do que da sua empresa. Eu gosto de negociar não de ficar presa em um escritório fazendo contas. Me deixa as ações, mas a empresa a encargue a alguém que saiba administrá-la.
— Não foi o que sonhei para você. Sendo assim você vai estudar fora.

2020...
Por videoconferência
— Oi filha!
— Oi pai! 
— Liguei assim que deu.
— Pai, é verdade que a PWA está poluindo a baía?
— Não!
— Pai, não mente para mim se a sua empresa estiver poluindo o meio ambiente. Você pode falar com todos os seus amigos políticos que eu não vou conseguir um voto. 
— Você está do lado do Davi?
— Para ganhar votos eu preciso estar do lado do povo. Para me manter no poder eu preciso de você. Qualquer candidato pode dizer que eu te ajudei com isso. Se for mentira eu vou precisar me defender. Se for verdade... esquece a campanha.
— É verdade e o Raul quer tomar a diretoria da PWA por isso.
— Deixa ele fazer isso, por mim. 
— E eu faço o quê?
— Você não queria montar uma fundação?
— Isso te ajuda?
— E muito. 
— Se prepare para voltar, minha deputada.

2010...
No Camping
— Boa Tarde!
— Boa Tarde! É aqui que tem um trailler para alugar? 
— Esse aqui do lado do meu. Qual seu nome?
— Roberto Nascimento.
— Durval. Você não é aquele policial famoso que falou na CPI. 
— Eu mesmo. Eu estou adotando um cachorro que serviu para a polícia e ele precisa de espaço.
— É só por isso que você está vindo para cá?

No dia Anterior...
Batalhão de Ação com Cães
— Boa Tarde, major Cardoso!
— Boa Tarde, capitão Nascimento, a que devo a honra?
— Eu preciso de proteção Major.
— Você quer que eu monte uma operação?
— Não. Eu quero adotar um cão.
— Entendi. Vamos ao canil. — Ela abre um dos portões. — Este é o Thor se aposenta semana que vem. 
— Au! — Beto interage com o cachorro e logo se tornam amigos. Beto coloca Thor de volta ao seu espaço e vai com Regina para preencher os documentos.
— O Thor tem um gênio difícil, pensei que seria uma interação demorada. Ou que ele não te aceitaria. 
— E o companheiro dele?
— O filho é alérgico. Tudo certo capitão terça o senhor pode vir buscá-lo. Eu lhe acompanho. — Regina vai com ele até a rua quando o capitão desativa o alarme começa um tiroteio.
— Abaixa!
Depois de alguns minutos.
— Major, está bem?
— Estou capitão. Obrigada. Um daqueles era o Capitão Belizário.
— De qual bairro?
— Passeio.
— Eu não trabalhei por lá. E lá não tem milícia. 
— Por que o tráfico cuida de lá. Eles estavam atrás de mim. Nossos carros são parecidos. Eu vou reportar aos meus superiores.
— É melhor não. Eu sei o que eu estou falando.
— Eu tenho um filho para proteger.
— Eu também.

Um dia depois...
No Camping
— E o capitão ficou caidinho por ela.
— Não... Ela está passando o mesmo que eu.
— Mas o jeito que o senhor falou dela é de quem se apaixonou. — Beto fica pensativo.

No apartamento de Lígia...
— Vini, minha mãe vai me inscrever em um programa de intercâmbio de High School.
— Que legal! Lilo, você vai aprimorar seu inglês. Eu quero ir também. Posso mãe? 
— Eu acho você muito novo. Tenho que ver com seu pai. E vocês tem quinze anos como vocês vão?
— Minha mãe vai me mandar junto com a Cleide e a Bella.
— Ela vai dar autorização para Cleide cuidar de você. Eu tenho que conversar com o Raul.

1993...
Malaquitas - RN
— Mãe! Mãe! A Celeste deu a luz.
— Magno, vamos ver! — Lourdes vai com Magno e Ryan na casa de Celeste.

— Comadre!
— Entra!
— Lourdes, esta é a minha princesinha. Mariana.

27 de dezembro de 2019...
No Hospital — Essa é a nova médica do hospital, doutora Mariana dos Reis Silva. — Muito prazer doutora. — A enfermeira, Betina, me contou que você passou oito anos em coma. — Foi sim. E quando acordei meu marido, Magno, já estava com outra. — Ele é o filho mais velho? — Como você sabe? — Minha madrinha batizou o filho dela de Magno porque ele era o mais velho. E o mais novo de Domênico porque nasceu no domingo. — E o do meio? — De Ryan. Porque ele nasceu rindo. — Ela teve uma menina? — Érika. Ela queria por um nome que significasse soberana, magna, imponente. Pesquisamos naquelas revistinhas de nomes, sabe? — Sei. — Ela ficou em dúvida entre Érika e Camila. — Sua madrinha se chama Lourdes? — Se chama. Ela veio pro Rio depois de brigar com o meu padrinho. — E você viu ela depois disso? — Nunca mais. — Eu posso te ajudar. — Como? — Presta atenção...

Hoje...
— Oi, Brenda! Sou a doutora Mariana, seus exames mostram que o tratamento estagnou a doença.
— Eu ainda preciso de um irmãozinho?
— Você precisa de um doador. Um irmão tem 50% de chances de ser compatível.
— Mas ajudaria, não é?
— Ajudaria. Mas não posso garantir. — Magno e Brenda saem do consultório.

— Ele é seu primo.
— Eu vou fazer o teste de compatibilidade também. E minha madrinha quando vou conhecer?
— Então... não será possível.
— Por que?
— Eu briguei com o Magno e portanto não converso mais com a minha sogra.
— Ah! Entendi.

Meses Antes...
Na Cooperativa de Davi
— Quem é essa?
— Minha madrinha. Ela é uma policial que salvou meu pai de um assalto. Quando minha mãe morreu ela prometeu que ia cuidar de mim e me deixar longe de uma caixa que minha mãe deu para ela.
Minha madrinha pagou meus estudos, mas eu nunca esqueci o que a PWA fez com a vida do meu pai.
— O que ela pensa sobre esse seu plano de destruir a PWA?
— Uma maluquice ela disse que existe outras formas de impedir a poluição da baía e de fazer justiça.
— Eu também acho. Se te acontecer alguma coisa onde a encontro.
— No Batalhão de Operações Especiais com Cães.

13 de fevereiro...
No Bar do Seu Nuno
— Então quer dizer que o Sandro ajudou o Marconi. — Raul concorda com a cabeça. — Primeiro eu preciso saber se ele tem negócios com o Belizário. 
— O capanga do Álvaro. O assassino do Vinicius.
— Ele atirou, mas não matou. Agora que passou seu luto eu posso dizer. Eu pedi pra você fazer o enterro de caixão fechado, pois o Vinicius está vivo. Ele teve uma piora o que levou a catalepsia. Quando chegou no necrotério ele acordou. Ele está protegido bem longe daqui.
— Obrigado, minha irmã.
— De nada.

No Dia Seguinte...
— Eu não deveria lhe procurar, mas você é a madrinha da Amanda.
— Davi, qual é o plano mirabolante dela?
— Matar o Álvaro.
— Eu vou controlar cada passo dela. Obrigada por avisar.

Hoje...
No apartamento de Lígia
— Murillo, que bom que você veio me visitar. Deixa lhe apresentar a Lourdes. 
— A segunda mãe do Sandro.
— Sandro, falou de mim?
— Da senhora e dos seus filhos. Principalmente do Domênico. A minha história é ao contrário da sua. Mas eu não sou seu filho, infelizmente. — Tomare que você encontre sua mãe. — Eu vou encontrar a minha mãe e vou encontrar o seu filho. Estou esperando o amigo da minha mãe conseguir autorização para que eu possa estudar todos os arquivos do Hospital do Passeio. — Eu posso ir junto? — Infelizmente não. E a senhora tia, como está? — Ainda não me acostumei com a dor. — Tia, a senhora tem que fazer alguma coisa senão a senhora vai entrar em depressão. — Essa depressão pode levar ao alcoolismo? — Eu não sou médico. Não posso responder a sua pergunta. Mas o alcoolismo também é uma doença que também precisa de um auxílio especializado para vencê-lo. — Murillo, eu preciso te ajuda para deixar de beber. — A senhora pode se internar em uma clínica para dependentes químicos ou ir no A.A. e em uma psicóloga. Mas a senhora aqui sozinha não vai conseguir. Era bom a Lourdes dormir aqui com você ou a senhora ir lá para casa. — Não fica bem eu ir para sua casa. — Não fica bem a senhora agravar essa doença. — Dona Lígia, o menino tem razão.

199?... — Você levou o Ben? Ele podia ter morrido. — Ele está bem. A Mara ficou o tempo todo com ele. Ele não correu risco nenhum. — E se não tivesse Mara? Você se expõe demais. Eu tento respeitar esse seu modo ecológico de ser, mas colocar a vida do meu filho em risco. Isso não! Eu recebi uma proposta para trabalhar fora. Eu ia lhe perguntar se eu aceitava ou não por conta do Ben. Mas eu vou e vou levá-lo nem que seja com a ajuda da justiça. — Espera vamos conversar. — Não tem conversa! Meu filho não vai mais correr risco.

Hoje...
No Apartamento de Miguel
— Davi, a Vitória está certa de proteger a filha. Pelo menos você vai poder ver a Sofia e conviver com ela. O Raul é um ótimo padastro. É totalmente diferente do que foi com o Ben.
— Tem razão pai! — O celular de Davi toca. — Número Desconhecido. Vou atender no Viva-Voz. Alô!
— Davi, desculpa te ligar depois de tantos anos. Mas eu estou com medo. O Ben está em perigo. Você vai atrás dele, não vai? 
— Lógico! Você sabe o hotel que ele está hospedado?
— Ele não está com você? Ele me disse que ficaria na sua casa. 
— Não. O Ben nem quis falar comigo.
— Eu sempre achei que vocês dois tinham uma boa relação. Eu perguntava se ele tinha falado com você  ele me dizia que sim.
— Ele não fala comigo desde o dia que você instalou o Skype no computador dele.
— Como vamos saber notícias dele agora?
— Eu vou tentar falar com uma amiga que esteve na mesma palestra que ele.
— Obrigada, Davi.

19 de dezembro de 2019
No Parque dos Trailers...
— Capitão!
— Major! — Davi faz sinal para Amanda ficar quieta.
— O que a senhora está fazendo aqui?
— Assuntos do Batalhão e o senhor?
— Assuntos da delegacia.
— O senhor está investigando a PWA?
— Não. Por que?
— Já vi o senhor saindo de lá diversas vezes. Agora próximo do trailler da secretária da PWA.
— Pois então eu estou namorando ela.
— E eu sou a mãe dela, otário.
— Ah... eh...
— Você está trabalhando para o dono da PWA e descobriu os microfones que eu coloquei lá. Eu coloquei, pois eu sou irmã do Raul. Eu quero saber onde o meu irmão se meteu. E tenho que lhe dizer que assim como a Vitória não concordo com os métodos do Álvaro. O que você vai fazer agora, capitão?
— Voltar ao meu trabalho na polícia. Quietinho, major.
— Acho bom. — Belizário vai embora. Davi e Amanda saem do esconderijo.
— Madrinha, por que você disse que era minha mãe?
— Porque madrinha é a segunda mãe. E é mais fácil eu enfrentar o Álvaro do que você. Esquece essa vingança.
— Madrinha, meu pai está na cama de um asilo e o Álvaro está como?

— Eu não me importo com ele e sim com você. E eu quero que você desista disso e vá ser feliz!
— Ah! Entendi.
— Eu te quero viva! — Regina saí indo em direção ao seu carro.

— Major!
— Capitão Nascimento!
— Beto! Por favor me chame de Beto.
— Quando eu não estiver em serviço pode me chamar de Regina.
— Aquele policial é o mesmo que tentou te matar naquele dia.
— Ele mesmo.
— Por que?
— Ele cobra pela segurança no bairro do passeio. E eu vi, mas nunca o denunciei para a corregedoria.
— Por quê?
— Existe a possibilidade da mãe biológica do meu filho morar no Passeio. Eu tenho medo de qualquer tiroteio que possa a vir ocorrer ali.
— Entendi. Eu fiz uma coisa e não sei se você irá gostar.
— O quê?
— O deputado Fraga me pediu um nome de alguém para ocupar o cargo que foi meu na Secretaria de Segurança do Estado. — Eu?! É muita responsabilidade. Mas você praticamente acabou de me conhecer... — Mas pesquisei sobre você. Você tem todas as habilidades e competências para tal cargo. — Obrigada pela indicação. — Os dois se despedem e Regina vai embora.

— Oi! Beto, eu ouvi o final da conversa.
— É o deputado casado com a minha ex que pediu essa indicação.
— Esse cargo é o que você queria. Você não sabe se é o que ela quer. Mas você a indicou não porque ela é competente, mas porque ela pode te pedir ajuda. E ela vai chegar num ponto que só vai falar com você. E por que você fez isso? Pois está apaixonado por ela.
— Eu queria poder negar tudo o que você falou, mas eu não posso. Não paro de pensar nela.
— Já passou da hora de você se declarar.

Em Fevereiro...
— Regina!
— Beto! Desculpa vir a essa hora. O deputado me ligou.
— Que bom! E então...
— O governador me deu o cargo que era seu.
— Que ótimo!
— Seja sincero. Você queria o cargo?
— Queria, mas meu sucessor fez um trabalho melhor que o meu.
— Seu sucessor por muitas vezes foi ao meu batalhão. O sucessor dele não. Eu estou com receio quanto a minha segurança.
— Eu te protejo. — Ela olha para ele com uma expressão de dúvida. — Eu posso ser seu guarda-costas. Eu te empresto o Thor. Eu...
— Esse não é o senhor capitão. Pode ser sincero eu estou acostumada com a dor.
— O meu vizinho diz que eu estou apaixonado por você. Mas eu mesmo não sei o que eu sinto.
— Sabe o que o Durval é?
— Um intrometido.
— Um professor de dança. Foi em uma aula dele que conheci meu falecido marido. Ele morreu salvando o meu pai de um sequestro.
— Sinto muito.
— Nunca mais eu quis saber de alguém. Mergulhei na carreira e pedi transferência para o Batalhão de Operação com Cães. Eu acredito no Durval se não fosse isso você não teria me indicado. Eu não aceitei. Me desculpa, mas não tenho competência para tanto.
— Eu me precipitei. Eu que peço desculpas.
— Hoje o Durval dá aula aberta. Quer ir conhecer?
— Quero.

Na Mansão do Álvaro...
— Oi irmãozinho!
— Olha no computador sua irmã! — Álvaro Júnior fica inquieto no colo de Verena, pois esta com seu brinquedo favorito nas mãos. — Ele adora esse brinquedo. Seu pai não está.
— Eu queria conversar com você mesmo. Eu quero chegar de surpresa em casa.
— Que legal! Júnior, você não pode contar nada disso para o seu pai.

Hoje...
Paula chega e vê uma movimentação diferente em casa.
— Seu taxista, desculpa vamos para outro endereço. — Ela passa o endereço de Yolanda para o taxista e liga para Verena.  — Verena!
— Paula, deu errado?
— Está tendo uma festa.
— Festa? Eu me separei do seu pai.
— Não parecia ser algo do meu pai. Eu vou para casa da minha mãe. E amanhã procuro ele na PWA. Eu tenho acesso às câmeras da mansão. Chegando na minha mãe eu averiguo direitinho.
— Está bem.

Momentos Depois...
No Apartamento de Yolanda
— O quê o Ben está fazendo aqui? — Paula liga para a mãe de Ben.
— Paula, você tem alguma notícia?
— Ele está dando uma festa na Mansão do meu pai. Mas tem algo que você não vai gostar.
— O quê?
— Ele está vendendo drogas.
— Eu achei que ele tinha parado com isso.
— Não. Eu que terminei com ele.

No Tasca do Passeio...
Mariana entra no restaurante.
— Bom dia! O cardápio. — Oliveira entrega o cardápio.
— Obrigada. Eu quero um caldo verde e se possível pãezinhos.
— Em rodelas?
— Sim! — Oliveira vai até a cozinha. Lourdes entra.
— Madrinha?!

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