Capítulo 3
Na Casa de Daysy...
— Seja bem vindo, Sandro!
— Seu Siri. Eu achei que...
— Eu estivesse morto. Não eu só me afastei. Você era pequeno não deve lembrar.
— Eu lembro que o senhor tomou um tiro.
— Eu tomei um tiro porque tinha perdido o reflexo. Estava com um tumor.
— Me afastei para poder tratar antes que minha ficha ficasse suja na polícia. Fui para São Paulo. Me apaixonei pela cidade. Abri um carrinho de cachorro quente e fiquei por lá.
— Entendi. Mas por que o senhor está aqui?
— A Daysy e o detetive Murilo terminaram a investigação que eu pedi.
— Investigação?
— Sim. Queria saber quem matou o Marconi e a mando de quem.
— Eles queriam me matar.
— Não. Eles queriam matar os dois. E em gratidão ao gesto heroico dele eu quero que você faça uma coisa. — Sandro o olha assustado e engole em seco. Siri mostra um pen drive. — Entregue esse pen drive a inspetora Miriam. Se tem uma forma de fazermos justiça é colocando o policial que matou o Marconi atrás das grades.
— Eu entrego.
Meses Antes...
No Cativeiro
— Telma, me solta!
— Não. Você vai sair daqui e contar tudo para o Danilo.
— Você acha justo meus filhos pensarem que estou morta.
— E eu que fiquei anos pensando que meu filho estava morto. Eu dei todo o meu amor para o Danilo. Agora eu vou perdê-lo?
— Telma, você transferiu para o Danilo o amor que você sentia pelo Nelson?
— Que conversa é essa?
— Telma, me deixa lhe ajudar.
— Você não vai contar para o Danilo que ele é o Domênico.
— Não me peça isso.
— Então você vai continuar aí atrás dessa grade.
— Telma! Telma!
Hoje...
Na Cooperativa de Davi
— Oi Ben!
— Oi Pai. Dessa vez eu trouxe minha mãe.
— Oi. Quanto tempo...
— Verdade. Essa é minha namorada a Érika.
— Prazer! Davi, será que eu podia falar com você em reservado.
— Claro! — Os dois vão para o escritório. — O que aconteceu?
— O Ben e eu viemos para ficar. Com toda essa situação da pandemia eu fiquei com o meu coração dividido. Minha mãe quase morre de Covid e não podia vir. Se o Ben quiser voltar eu vou entender, mas eu não posso mais.
— Eu entendo.
— Davi, o Ben pode ficar com você. Até eu arrumar um apartamento.
— Claro. Você também pode.
— Eu vou ficar na casa da namorada dele. Ela é filha do...
— Sei. Ela é uma boa moça.
Dias depois...
No Hospital
— Por favor! Doutora...
— É um procedimento simples. O cirurgião Mateus é o melhor que eu conheço. Assim que acabar a enfermeira vem lhe avisar.
— Obrigado.
— Paula?!
— Oi Betina. — As duas trocam olhares. — A mãe do Ben teve uma crise de apendicite.
— Isso é mais comum do que se pensa. Sua mãe vai se recuperar rapidinho.
Horas depois...
— Como você está?
— Estou me sentindo melhor. O senhor é... Matias?!
— Lilly?! Ahn... Você vai ficar em observação e...
— Me perdoa?
— Já faz tanto tempo...
— Meu pai era contra o nosso namoro. Se eu falasse para ele que tava... Eu terminei tudo e fugi.
— Você tava doente?
— Grávida. Eu a abandonei em um orfanato.
— Eu tenho uma filha?
— Eu não sei onde ela está. Quando casei com o Davi e fui buscá-la. Ela não estava mais lá.
— Você se casou? Eu também tive dois filhos. Mas...
— Eu estou separada.
— Eu também. Eu vou contratar o melhor detetive para encontrá-la.
No dia seguinte...
No flat
— Isso tudo é muito chique.
— Mãe, a senhora se acostuma.
— Magno, eu vou estranhar ficar sem vocês.
— A hora que a senhora quiser...
— Não é a sua casa. A sua esposa. A regra de vocês.
— Mas pode ir visitar tomar uma cervejinha. Digo um cházinho.
— Eu lá sou mulher de... um café.
— Sim.
— E eu levo aquele bolo que a Brenda adora.
No hospital...
— Você não precisava ter vindo me buscar.
— Claro que precisava. Você é minha hóspede.
— Verena, você tem um coração de ouro. E ainda trouxe a Érika. Me sinto mal de dar toda esse trabalho.
— Magina! Lilly, nós vamos gravar o vídeo para Verena enviar ao The Voice.
— Quando eu era nova eu sonhava em ser cantora.
— A melhor cantora que eu conheci. — Matias entra. — A alta e aquele outro assunto eu vou resolver ainda hoje.
— Que assunto?
— Eu conto no caminho.
Na Fundação...
— O Murilo me ajudou e descobrimos quem é a sua mãe.
— Está preparada?
— Sim. É a Lilly, mãe do Ben.
— E meu pai?
— Desconhecido.
— A Lídia sempre disse que o pai dela só pensava em dinheiro. Meu pai devia ser pobre. A Lilly e o Davi casaram para proteger o Ben.
— Ele me contou que a mãe do ben morreu no parto.
— Vitória. Eu convivi com a minha família
No restaurante de Danilo...
— Sua mãe e o Beto vão casar?!
— Sim. Parece fim de novela.
— Murilo!
— Doutor Matias. Sente-se! Já provou a coixinha do Danilo?
— Sim. É a melhor do mundo.
— Danilo, uma porção e refrigerante por favor. Meus exames saíram?
— Na verdade vim falar de outro assunto. Eu descobri que tive uma filha e que ela foi abandonada no orfanato. Você pode me ajudar a encontrá-la.
— Claro. Quais informações você tem?
— Estas. — Ele entrega o papel. Danilo os serve.
— Bom apetite!
— Obrigado.
— Obrigado. Doutor, a sua filha me pediu para investigar sobre os pais. Eu só achei a mãe. Entreguei hoje o relatório?
— Quem é a minha filha?
— Paula da Nóbrega.
Mais tarde...
Na Mansão
— Eu não acredito.
— Essa é toda a história.
— Eu preciso conhecer o doutor Matias.
— Dona Lilly, o senhor Matias deseja vê-la. — A mãe de Betina avisa.
— Peça para ele entrar.
(Uma conversa depois...)
— Eu quero conhecer os meus irmãos.
— Claro.
— Eu vou deixá-los a sós. Com licença. — Ela vai para o andar superior.
— Matias, você acha que depois de tanto tempo dá para recomeçar?
— Sim. E dá para continuar da onde parou. — Os dois se abraçam.
No Restaurante do Danilo...
— Ainda bem que eu já tinha investigado o caso. Danilo, eu cansei de ser um investigador. Eu agora quero ser psicólogo.
— Murilo, você vai continuar investigando...
Fim
Fanfiction por Liaasp
26 de abril de 2021
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