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segunda-feira, 26 de abril de 2021

Amor de Filho - Cap. 3

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Capítulo 3


Na Casa de Daysy...

— Seja bem vindo,  Sandro!

— Seu Siri. Eu achei que...

— Eu estivesse morto. Não eu só me afastei. Você era pequeno não deve lembrar.

— Eu lembro que o senhor tomou um tiro.

— Eu tomei um tiro porque tinha perdido o reflexo. Estava com um tumor.

— Me afastei para poder tratar antes que minha ficha ficasse suja na polícia. Fui para São Paulo. Me apaixonei pela cidade. Abri um carrinho de cachorro quente e fiquei por lá. 

— Entendi. Mas por que o senhor está aqui?

— A Daysy e o detetive Murilo terminaram a investigação que eu pedi.

— Investigação?

— Sim. Queria saber quem matou o Marconi e a mando de quem.

— Eles queriam me matar.

— Não. Eles queriam matar os dois. E em gratidão ao gesto heroico dele eu quero que você faça uma coisa. — Sandro o olha assustado e engole em seco. Siri mostra um pen drive. — Entregue esse pen drive a inspetora Miriam. Se tem uma forma de fazermos justiça é colocando o policial que matou o Marconi atrás das grades.

— Eu entrego.


Meses Antes...

No Cativeiro

— Telma, me solta!

— Não. Você vai sair daqui e contar tudo para o Danilo.

— Você acha justo meus filhos pensarem que estou morta.

— E eu que fiquei anos pensando que meu filho estava morto. Eu dei todo o meu amor para o Danilo. Agora eu vou perdê-lo?

— Telma, você transferiu para o Danilo o amor que você sentia pelo Nelson?

— Que conversa é essa?

— Telma, me deixa lhe ajudar.

— Você não vai contar para o Danilo que ele é o Domênico.

— Não me peça isso.

— Então você vai continuar aí atrás dessa grade.

— Telma! Telma!


Hoje...

Na Cooperativa de Davi

— Oi Ben!

— Oi Pai. Dessa vez eu trouxe minha mãe.

— Oi. Quanto tempo...

— Verdade. Essa é minha namorada a Érika.

— Prazer! Davi, será que eu podia falar com você em reservado.

— Claro! — Os dois vão para o escritório. — O que aconteceu?

— O Ben e eu viemos para ficar. Com toda essa situação da pandemia eu fiquei com o meu coração dividido. Minha mãe quase morre de Covid  e não podia vir. Se o Ben quiser voltar eu vou entender, mas eu não posso mais.

— Eu entendo.

— Davi, o Ben pode ficar com você. Até eu arrumar um apartamento.

— Claro. Você também pode.

— Eu vou ficar na casa da namorada dele. Ela é filha do...

— Sei. Ela é uma boa moça. 


Dias depois...

No Hospital 

— Por favor! Doutora...

— É um procedimento simples. O cirurgião Mateus é o melhor que eu conheço. Assim que acabar a enfermeira vem lhe avisar.

— Obrigado.

— Paula?!

— Oi Betina. — As duas trocam olhares. — A mãe do Ben teve uma crise de apendicite.

— Isso é mais comum do que se pensa. Sua mãe vai se recuperar rapidinho.


Horas depois...

— Como você está?

— Estou me sentindo melhor. O senhor é... Matias?!

— Lilly?! Ahn... Você vai ficar em observação e...

— Me perdoa?

— Já faz tanto tempo...

— Meu pai era contra o nosso namoro. Se eu falasse para ele que tava... Eu terminei tudo e fugi.

— Você tava doente?

— Grávida. Eu a abandonei em um orfanato.

— Eu tenho uma filha?

— Eu não sei onde ela está. Quando casei com o Davi e fui buscá-la. Ela não estava mais lá.

— Você se casou? Eu também tive dois filhos. Mas...

— Eu estou separada.

— Eu também. Eu vou contratar o melhor detetive para encontrá-la. 


No dia seguinte...

No flat

— Isso tudo é muito chique.

— Mãe, a senhora se acostuma. 

— Magno, eu vou estranhar ficar sem vocês.

— A hora que a senhora quiser...

— Não é a sua casa. A sua esposa. A regra de vocês.

— Mas pode ir visitar tomar uma cervejinha. Digo um cházinho.

— Eu lá sou mulher de... um café.

— Sim.

— E eu levo aquele bolo que a Brenda adora.


No hospital...

— Você não precisava ter vindo me buscar.

— Claro que precisava. Você é minha hóspede.

— Verena, você tem um coração de ouro. E ainda trouxe a Érika. Me sinto mal de dar toda esse trabalho.

— Magina! Lilly, nós vamos gravar o vídeo para Verena enviar ao The Voice.

—  Quando eu era nova eu sonhava em ser cantora.

— A melhor cantora que eu conheci. — Matias entra. — A alta e aquele outro assunto eu vou resolver ainda hoje.

— Que assunto?

— Eu conto no caminho.


Na Fundação...

— O Murilo me ajudou e descobrimos quem é a sua mãe.

— Está preparada?

— Sim. É a Lilly, mãe do Ben.

— E meu pai?

— Desconhecido. 

— A Lídia sempre disse que o pai dela só pensava em dinheiro. Meu pai devia ser pobre. A Lilly e o Davi casaram para proteger o Ben.

— Ele me contou que a mãe do ben morreu no parto. 

— Vitória. Eu convivi com a minha família 


No restaurante de Danilo...

— Sua mãe e o Beto vão casar?!

— Sim. Parece fim de novela.

— Murilo!

— Doutor Matias. Sente-se! Já provou a coixinha do Danilo?

— Sim. É a melhor do mundo.

— Danilo, uma porção e refrigerante por favor. Meus exames saíram?

— Na verdade vim falar de outro assunto. Eu descobri que tive uma filha e que ela foi abandonada no orfanato. Você pode me ajudar a encontrá-la.

— Claro. Quais informações você tem?

— Estas. — Ele entrega o papel. Danilo os serve.

— Bom apetite!

— Obrigado.

— Obrigado. Doutor, a sua filha me pediu para investigar sobre os pais. Eu só achei a mãe. Entreguei hoje o relatório?

— Quem é a minha filha?

— Paula da Nóbrega.


Mais tarde...

Na Mansão

— Eu não acredito.

— Essa é toda a história.

— Eu preciso conhecer o doutor Matias.

— Dona Lilly, o senhor Matias deseja vê-la. — A mãe de Betina avisa.

— Peça para ele entrar.

(Uma conversa depois...)

— Eu quero conhecer os meus irmãos.

— Claro.

— Eu vou deixá-los a sós. Com licença. — Ela vai para o andar superior.

— Matias, você acha que depois de tanto tempo dá para recomeçar?

— Sim. E dá para continuar da onde parou. — Os dois se abraçam.


No Restaurante do Danilo...

— Ainda bem que eu já tinha investigado o caso. Danilo, eu cansei de ser um investigador. Eu agora quero ser psicólogo.

— Murilo, você vai continuar investigando...


Fim

Fanfiction por Liaasp

26 de abril de 2021

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