Vamos destacar as melhores cenas da semana.
Êta Mundo Melhor!
31/8 a 6/9
Dita ganha o concurso de Rainha do Rádio.
Capítulo Anterior: https://fanficsenovelas.blogspot.com/2025/09/cap-3-viagem.html?m=1
Depois que Jesus curou a mãe de Éden fomos para Jerusalém. Antes de chegarmos paramos em Betânia na casa de Lázaro. Durante a madrugada Jesus se afastou para rezar e o acompanhei.
Quando o Sol nasceu estava muito quente e voltamos para a cidade.
Uma mulher foi levada para a porta da cidade. No momento que íamos passar ficamos em silêncio observando o que aconteceria. Um homem contou a história dela e o juiz a condenou ao apedrejamento. Quando o homem estava para atirar a primeira pedra, Jesus apareceu. E escreveu com carvão: "Deus usa da misericórdia até a milésima geração." Os homens se entre olharam e um deles perguntou:
— O que é misericórdia?
— Misere é ter compaixão e cordis é coração. Compaixão é conseguir se colocar no lugar do outro e entender o que ele tem passado. Misericórdia é a partir da Compaixão e com o seu coração julgar o outro e perdoá-lo. Usar da misericórdia é perdoar infinitas vezes.
— Mestre, e as nossas leis?
— Nenhuma lei pode ser maior que a lei de Deus. — Então o juiz disse:
— Ele está certo. Eu nem ouvi a mulher. Por favor, nos conte o que aconteceu?
— Duas semanas atrás me casei com um pedreiro. Semana passada uma pedra rolou e… — Ela começou a chorar.
— Mulher, você é uma viúva?
— Sim. Ele não tinha família por aqui. — Pausa para chorar. — Meu pai não me deixou ficar em casa. Então me escondi junto aos animais do cobrador de impostos. — Ela chora mais um pouco. — Bebi um pouco do leite da cabra para não morrer. — Lázaro chegou e disse:
— Devemos acolher viúvas, órfãos e estrangeiros.
— Lázaro!
— Sim!
— Poderias acolher essa mulher em sua casa junto com as suas irmãs até conseguimos nos comunicar com a família do marido dela?
— Posso.
— Mulher, quem era seu marido?
— Malaquias, o benjamita.
— Vou pedir a genealogia dele e mandar um mensageiro. Agora se me permitem quero falar com o Mestre a sós. — Todos saem, menos eu.
— Mestre, eu não agi conforme o que aprendi com o tempo. Não sou justo e sábio como Salomão, mas tu és. O que devo fazer?
— Uma oração sincera antes de cada julgamento. — O juiz agradeceu Jesus. Anos depois ele viu a ressurreição de Lázaro. E meses depois ele era considerado o homem mais sábio de Betânia. Então um vizinho de Lázaro contou que Jesus havia sido condenado pelo Sinédrio:
— Se o senhor tivesse que julgá-lo o que faria?
— Primeiro eu iria orar para saber qual é a vontade de Deus. Eu o conheci e tenho a certeza que ele é o Messias. Mas qual é a vontade de Deus?
— Não sei.
— Nos salvar do pecado. Se para nos salvar Deus precisa sacrificar o seu filho é o que vai acontecer. Pode parecer injusto, mas Deus pode ressuscitá-lo. Assim como no último segundo impediu Abraão de sacrificar Isaac. Se não precisa de um sacrifício, Deus vai mandar um anjo para tirar seu filho da prisão. — Dias depois vieram lhe contar que Jesus ressuscitou.
Epígrafe de Lázaro
A viúva e seus filhos ficaram em minha casa pelo tempo da festa. Os parentes de seu marido tinham ido para Jerusalém e após a festa a levaram para Benjamin.
Teófilo adiantou um pouco a história para falar do juiz. Desse episódio até a ressurreição de Jesus demorou 3 anos. Nesse período muitas vezes Jesus e seus discípulos passaram por minha casa. Algumas são relatadas pelos evangelistas. O próximo capítulo Teófilo vai contar da Semana Santa.
Êta Mundo Melhor!
3/8 a 9/8
Candinho promete uma festa de aniversário para Samir.
10/8 a 16/8
As crianças ficam sozinhas na escola. A situação não é boa, mas a cena foi excelente.
17/8 a 23/8
Nasce uma amizade entre Dita e Estela.
24/8 a 30/8
Estela impede Celso de ir embora.
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Cap. 3 - A viagem
Estávamos caminhando rumo a Caná. Cléo ia ao meu lado. Ela parecia estar com medo. Acho que ela nunca saiu de casa. Jesus ia na frente e cada hora um caminhava com ele para conversar. Os outros iam em duplas conversando. E Madalena estava para trás junto conosco. Então percebi que ela estava muito branca. Não tive dúvidas:
— Miaaaaaaaaaaaaaaaaaaauuuuuuuuuuu!!! – A Cléo até deu um pulo. – Jesus perguntou:
– O que foi Téo? – Todos olharam para mim. E eu tentava apontar para Madalena com as minhas patas. Jesus orientou:
– Madalena, sente-se e beba um pouco de água devagar. Téo, ela precisa de fruta. – Eu também sabia colher frutas. Subi rapidamente na primeira árvore frutífera que vi. Mateus e Judas Tadeu foram comigo, eu derrubava as frutas e eles colocavam em um cesto. Assim que terminamos voltamos para Madalena e Jesus. Madalena agradeceu:
– Obrigada, meninos. – Pedro disse:
– Estou começando a me acostumar com os gatos. – Mateus disse:
– Espero que eles se acostumem conosco. – Todos riram. Depois de descansarmos um pouco voltamos a caminhar. Pedro parecia muito preocupado. Se já tivessem inventado o celular ele tinha ligado muitas vezes para Éden. Dava para perceber que eles se amavam muito. Mas não era só saudade. Era uma preocupação. A mãe de Éden não estava se sentindo bem quando saímos de lá. Éden tinha dormido ao lado da mãe todos os dias que estávamos lá. A senhora fez todas as refeições no quarto. Minha vontade era pedir pra Jesus curá-la. Mas quem sou eu, um gatinho que não sabe muito do mundo dos humanos e menos ainda dá vontade de Deus.
Finalmente chegamos a Caná no local onde seria o casamento. Maria estava ajudando a arrumar a tenda. Se chama Khupá (se pronuncia rupá). Os noivos se casam debaixo dela para confirmar o matrimônio diante de Deus. Ah! Quando vi Maria esqueci que estava cuidando da Cléo e corri até ela.
– Téo! Estava com saudades, não é! – Ela me pegou no colo e me afagou.
– Esse gato não é normal. – João disse.
– Miiiiiaaaau! – Cléo resmungou.
– Eu acho que vamos ter dois casamentos. – Disse Mateus. Ele pegou a Cléo e colocou embaixo da Khupá. Maria, colocou uma flor no pelo de Cléo. Jesus nos deu um afago em cada um e disse:
– Sejam felizes e tenham muitos gatinhos!
– Mestre, é assim que se casam os gatos? – Judas Tadeu perguntou.
– Eles não se casam. Eles ficam juntos por um tempo. A vida deles é mais curta que a nossa. E eles não tem livre arbítrio. Eles agem conforme a natureza deles. – Jesus respondeu.
Me desculpa, mas ali eu não casei ou juntei com a Cléo. Ela tava no final da infância. O que fazíamos era brincar e ensinei-a a caçar pombinhas. Mais pra frente sim… mas calma uma pata por vez.
Voltando ao casamento fiquei com a Cléo embaixo de um banco comendo peixe. Então Maria chegou e falou com Jesus:
“Eles não têm mais vinho”. Respondeu-lhe Jesus: “Mulher, que importa isso a mim e a ti? Minha hora ainda não chegou”. Sua mãe disse aos serventes: “Fazei tudo o que ele vos disser”. Havia lá seis talhas de pedra, destinadas às purificações dos judeus. Cada uma delas podia conter cerca de dois ou três barris. Disse Jesus aos serventes: “Enchei de água as talhas”. Eles as encheram até a boca. Disse-lhes então: “Tirai agora e levai ao mestre-sala”. Eles levaram. O mestre-sala provou a água transformada em vinho, e não sabia donde viera aquele vinho, embora o soubessem os serventes que haviam tirado a água; chamou então o noivo e disse-lhe: “Todo mundo serve primeiro o bom vinho e, quando os convidados já tiverem bebido muito, serve o vinho inferior. Tu, porém, guardaste até agora o vinho bom…” (João 2, 4b-10)¹.
No outro dia começamos nossa viagem de volta para Cafarnaum. Maria foi conosco. Íamos buscar Éden, sua mãe e os pais de João e Tiago para irmos as festas em Jerusalém.
Tem um comerciante em Jerusalém que sempre me dá um pedaço de frango. Já estava sonhando com isso.
Chegamos em Cafarnaum no sábado. André e eu fomos para casa e os demais foram para sinagoga.
André foi guardar a bagagem e eu fui ver a Éden.
– Miau!
– Téo, cadê o Pedro? – Fiquei fitando ela, me perguntando como digo está na sinagoga.
– Mimiaumi!
– Valeu a tentativa. Você pode vigiá-la. Eu preciso fazer um remédio para ela.
– Miau! – Subi na cama e a mãe de Éden estava com muita febre. Dormia tão profundo que dava medo. Enquanto vigiava. André foi buscar Pedro e Jesus.
Epígrafe de Mateus
Ver a água sendo transformada em vinho foi realmente impressionante. Mas quando o noivo soube o que tinha acontecido ele foi correndo agradecer a Jesus. Ele deu a Jesus as melhores comidas. Para que ele fizesse uma viagem tranquila de volta. E nós também. Quantos mais milagres Jesus vai realizar e o que nos espera nessa missão? Algo me diz que não serão tempos tranquilos.
Próximo Capítulo: https://fanficsenovelas.blogspot.com/2025/09/cap-4-o-caso-do-juiz-de-betania.html?m=1
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¹Disponível em: <https://www.a12.com/biblia/novo-testamento/sao-joao/2>. Acessado em 26/3/2025.
No Lar dos Anjos
— Vou começar arrumando o telhado. Aproveitar que não tem previsão de chuva para fazer isso.
— Dona Lily, a senhorita entende alguma coisa de obra?
— Eu que consertava as coisas no sítio. Seu Quinzinho só me dizia o que fazer. Ele tinha dor nas costas não conseguia fazer. Zenaide, eu fazia essas coisas e no máximo ordenhava a vaca Mimosa. Mas as tarefas domésticas eu não sei fazer.
— Nova Patroinha, eu posso trabalhar para a senhorita depois que fechar o orfanato.
— E para onde essas crianças vão?
— A senhorita não disse...
— Zenaide, elas não vão se adaptar ao orfanato das freiras. Vão fugir e acabarão parando no reformatório. É mais fácil reformarmos a casa e regularizar o orfanato com a prefeitura. Mas as crianças vão ter que ir a escola ou ter uma tutora que os ensine.
— A senhorita é muito boa.
— Eu também sou órfã. Dona Cunegundes e Seu Quinzinho me criaram, mas não são meus pais. Eles faziam comigo o que a Zulma faz com essas crianças. Criança tem que estudar, brincar e desempenhar algumas tarefas domésticas. Eles tem que entender a importância de trabalhar, mas não devem trabalhar. Entende?
— Entendo.
Dias depois
Na Rádio Paraizo...
— Bom dia! Tales, tem carta para mim?
— Tem sim. Mas não é a que você está esperando. Inclusive, quer ir tomar um lanche comigo?
— Eu preciso mexer no telhado nesse horário por que é mais fresco. Vim para esse bairro procurar esse tipo de tela. — Ela mostra a tela. — Amanhã vou me apresentar no municipal se quiser me acompanhar até em casa...
— Claro, vou buscá-la. — Ela pega a carta e saí.
No Sítio Dom Pedro II ...
— Zé dos Porcos, chegou essa carta lê para mim.
— Claro! — Ele abre a carta que tinha dinheiro dentro. Ele entrega o envelope com o dinheiro para Seu Quinzinho. E lê a carta:
— São Paulo, 30 de julho de 1954.
Seu Quinzinho,
A inquilina da casa está me devendo seis anos de aluguel. A casa está pior que a casa do sítio. Com o que o senhor me ensinou vou reformá-la com o que consegui receber de um ano de aluguel.
O dono do Cruzeiro me pagou com dinheiro suíço estou tendo dificuldades para trocá-lo. A inquilina montou um orfanato irregular quero ajudá-la a arrumar o orfanato portanto lhe envio um mês de aluguel. Quando puder vir a São Paulo passo a casa para o senhor e dona Cunegundes.
Assim que terminar a reforma da casa devo ir procurar o Candinho.
Um abraço a todos!
Até uma próxima carta!
Lily.
— Zé dos Porcos, não conte sobre isso para Cunegundes. Vou esperar o professor ou o Candinho voltarem aqui para pegar uma carona. E vou guardar esse dinheiro para uma emergência.
— Fica tranquilo, seu Quinzinho. Seu segredo está bem guardado comigo.
No Lar dos Anjos...
— Zenaide!
— Sim! O que a Nova Patroinha precisa?
— Subir esse material. Me ajuda?
— Claro. E essa carta?
— Da família que me criou. Eles pediram a casa. Mas eles precisam vir aqui para acertar a documentação.
Duas semanas depois...
— Professora! Como vai?
— Estou bem. As crianças estavam sozinhas.
— O bonde atrasou. Fui do outro lado da cidade comprar esse material estou reformando o quarto dos fundos. Para ser uma sala de estudos. O que achas?
— Uma ótima ideia. A diretora não quer mais as crianças na escola.
— Mais uma semana e termino a reforma. Mas espero que a diretora mude de ideia. Sair de casa para a escola é um aprendizado para eles.
— Verdade.
Na Mansão de Candinho...
— Magda¹, quanto tempo!
— Quitéria, que saudades! — As duas se abraçam. — Vim buscar as minhas coisas vou morar com Celso.
— Claro! Eu lhe ajudo. Entre! — Picolé:
— Boa tarde!
— Boa tarde! Você deve ser o Júnior!
— Não, eu sou o primo do Pirulito. O Júnior está desaparecido.
— Vou rezar para São Longuinho para ajudar a encontrá-lo.
No Lar dos Anjos...
— Boa tarde!
— Boa tarde! Eu sou o Tales, vim trazer uma carta para Lily.
— A nova patroinha está reformando o quarto. Pode entrar! — Samir e Aladim vem correndo e escorregam em uma poça.
— Aí!
— Vou pegar o remédio. — Lily saí da casa.
— Boa tarde! Tales, esse é o Samir e esse o Aladim.
— Prazer, meninos!
— Espere! Samir o que é esse desenho na sua perna?
— Eu nasci com ele.
— Uma marca de nascença. Meu irmão tem uma igual. Samir, você é meu sobrinho!
— Você pode adotá-lo?
— Se o meu irmão estivesse morto... Mas ele não está. Seu Quinzinho me deu o endereço dele. Sábado vou lá.
— Aqui está o remédio.
No Sábado...
Na Mansão de Candinho
— Lily!
— Seu Quinzinho!
— Na segunda eu ia mesmo lhe procurar. Vamos tomar um lanche na doceria.
— Claro! — Eles atravessam a praça. — O filho do Candinho está no orfanato.
— O que você está reformando?
— Sim.
— Eu falo para o Candinho. Não perca o menino de vista.
— Pode deixar!
— Eu quero que a casa fique no nome de Eponina, Medeia, seu e meu.
— Claro!
— Dê metade do aluguel para ela. Ela está morando com Candinho. Eu preciso lhe contar uma coisa. Medeia é sua mãe. Ela teve um surto depois que você nasceu e para lhe proteger seu pai lhe deixou no sítio comigo e Eponina. Você tem tanto direito nessas esmeraldas quanto nós.
Próximo Capítulo sem previsão de publicação.
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¹Magda é irmã mais nova de Celso e Sandra. Foi estudar no exterior a pedido da tia.