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sexta-feira, 25 de agosto de 2023

A FÉ MOVE MONTANHAS

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Montagem por F & N*

Na Igreja de Piedade

— Du, quem vai dar aula de inglês pra gente ano que vem?

— Duda, até agora não apareceu nenhum voluntário. Mas vamos continuar rezando para que apareça.

— Onde você vai não tem computador?

— Tem, mas ter Internet lá é mais difícil. — O pastor chega:

— Graça e Paz! — Du e Duda:

Graça e Paz! 

— Acabei de receber uma boa notícia. Sua madrinha vai ser transferida para cá.

— Du, ela morava nos Estados Unidos.

— Olha só! Você não vai ficar sem aula de inglês. Mas pastor se a notícia é boa. Por que você está com essa cara? — O pastor estava com uma cara de preocupação.

— Ela está vindo por que o estado da tia dela piorou. Ela e o primo são a única família que a tia tem.

— A tia dela... é a vovó mágica. Sem a vovó mágica...

— Vamos orar!

No Bar do Simas...

— Obrigado! — Tata entrega a folha assinada para o carteiro e fica com a carta. — Que carta diferente. — Simas chega. — Essa carta diferente é para você.

— Isso é um telegrama. Vamos ver de quem é... Liz.

— Ex-namorada?

— Minha prima e sócia. — Ele abre o telegrama. — Ela chega amanhã. Pediu para ir buscá-la no aeroporto.

— Mas você não tem carro.

— Mas tenho a chave do carro dela. Vou avisar as meninas. — Bia que ouve tudo pergunta:

— Você já viu o Simas dirigindo? 

— Não.

Na casa da dona Marlene...

— Dinda, ficou linda. A Sambrini mandou mais recebidos.

— Mais?! Vamos abrir! — Duda chega em casa:

— Mãe, mãe, mãe! Minha madrinha tá vindo. 

— Quem falou?

— O pastor. Ela vai ser transferida pra cá, por que a vovó Mágica está doente. — Kate:

— Se a vovó Mágica está doente... acabou a mágica?

No dia seguinte...

Na porta da casa da vovó Mágica

— Liz, essa casa ainda não está enfeitada para o Natal.

— Simas, se ela está doente...

— Eu podia dar uma ajudinha. — Liz toca a campainha e o portão abre. — Ai!

— Simas, é automático. — Eles atravessam o jardim e a porta da casa se abre. A robô Rose abre a porta:

— Sejam bem vindos! A dona Margot os espera no quarto. — E aponta na direção do quarto. Os dois atravessam a sala e chegam no quarto. Dona Margot está sentada na cama com um tablet.

— Tia, sua casa parece a dos Jetsons.

— Foi a minha inspiração. A que devo a visita.

— Tia, a senhora me mandou uma cópia dos seus exames. 

— Me resta pouco tempo. Mas queria fazer algumas coisas antes de morrer. Vocês me ajudam?

— Se não for saltar de asa-delta.

— Eu fiz isso quando era mocinha. 

— Podemos sim! Pode pedir tia.

— Primeira. Quero conhecer meu neto. Segunda. Quero que alguém enfeite a casa e prepare os presentes das crianças que mandam cartas para o Papai Noel. Terceira. Quero ir no túmulo da família uma última vez.

— Eu posso chamar a galera da Bea e do Tata e arrumar a sua casa. 

— Podemos pedir pro pastor Mateus ajuda com as cartas.

— Te levar no cemitério amanhã que é mais tranquilo.

— Mas o seu neto. Você tem alguma pista dele? — Rose entra no quarto:

— Com licença, são 14 horas. Hora do remédio. — Ela traz uma bandeja com todos os remédios e uma garrafa d' água. Dona Margot toma o remédio e Rose saí.

— Tia, me dá a robô de presente?

— Simas! — Dona Margot ri. Ela procura no tablet a foto do neto e mostra para eles.

— É o Hugo! 

No ICAES...

— Yuri, e se eu fizer um podcast.

— Guiga, você cada dia aparece com uma ideia nova. Aconteceu alguma coisa?

— Minha mãe ela veio para o Brasil. Ela quer ver a Dorinha.

— Por mim tudo bem. Ela é vó da Dorinha. Você num conhece a minha mãe Yuri. Nem eu.

No Bar do Simas...

— Você! — Ela aponta para o Tata. — Por que ainda não levou minhas malas? Os empregados de hoje em dia estão cada vez piores. — Ela volta pro apartamento de Liz.

— Bea, por que a prima do Simas trouxe essa mala sem alça junto.

— Elas são amigas. — Tata sobe com as malas.

— Bea, qual capital do Amapá?

— Não sei Cecília. Por quê?

— É a pergunta da tarefa. 

— Ah! No seu livro deve ter alguma coisa vamos ver. — Elas folheam o livro e encontram um mapa. — Aqui!

— Macapá. Rima! Macapá, Amapá. — Simas chega:

— Oi meninas! 

— Pai, sabia que a capital de Roraima é Boa Vista.

— Não! Cadê o Tatá? 

— Foi levar as malas da.... amiga da Liz.

— A amiga da Liz é a Esther. Mãe da Guiga. Parece que veio ver a neta.

— Quando que a turma de vocês chegam? 

— Daqui a pouco.

Na Igreja de Piedade...

— Graça e Paz! Pastor Mateus, como vai?

— Graça e Paz! Vou bem e você?

— Bem. Por acaso o Hugo está?

— Está sim. Entra! — Hugo termina a aula.

— Aula que vem quero ver um desenho maneiro, hein.

Pode deixar! — As crianças saem.

— Hugo!

— Pode falar pastor!

— Essa é a pastora Elisa Bastos, mais conhecida como Liz. Ela vai nos ajudar na igreja a partir de hoje.

— Suave! Prazer pastora! — Eles se cumprimentam. 

— Vou deixá-los a sós. — O pastor saí.

— O que tá pegando?

— Hugo, você jah viu essa foto? — Ela mostra uma foto no celular.

— Claro! Esse menininho sou eu. Eu ganhei esse carrinho de Natal. E esse é meu pai, Heitor. Ele faleceu um pouco depois dessa foto. Aí fiquei por conta do padrinho Orfeu. Mas qual é o BO?

— O Heitor ele é meu primo. E a mãe dele, a tia Margot, ela está muito doente. — Ela começa a chorar. — E ela quer te conhecer. Desde que o Orfeu faleceu que ela não tem mais notícias suas.

— Eu tenho uma família?!

— Tem! — Os dois se abraçam.

Vai dar Certo - Negra Li

No Bar do Simas...

— Galera! Eu preciso da ajuda de vocês. Minha tia ela todo ano enfeitava a casa para o Natal e ia no correio pegar as cartas que as crianças mandam para o Papai Noel. Ela comprava os presentes e dava um jeito de entregar. Esse ano como ela está acamada. Ela não vai poder fazer nada disso. Ela precisa da nossa ajuda. Posso contar com vocês?

Sim!

Na casa da Vovó Mágica...

— A senhora é minha vó?

— Sou sim! Me dá um abraço?

— Claro! — Os dois se abraçam. A Robô Rose chega:

— Com licença! São 18 horas. Hora do Remédio. 

— Essa robô aparece do nada, tá ligado?

— Estou ligada. Por isso trouxe o remédio.

— Hugo, ela não entende muitas gírias.

Na mansão do Lui...

— Lui, dona Vilma! Vocês não sabem da última.

— O que foi Vitinho?

— Lucas Lourenzo está de volta. Lá na sala. — Os três vão para sala.

— Lui, tia Vilma como estão?

— Estamos bem. Aconteceu alguma coisa?

— Seu tio de verdade é o Fábio.

— Eu sei tia. É que... é que...  — ele susurra: — Eu me apaixonei.

— Mas isso é muito bom. Vamos!!!

— Lui, é que eu não sei como chegar na moça.

— Deixa que eu te ensino.

All I want for Christmas is You - Mariah Carey

No final de semana...

Na casa da vovó Mágica

Simas e o pastor Mateus organizam a turma do ICAES e da Igreja para arrumar a casa. Du e Hugo sobem no telhado para instalar a máquina de neve artificial. Tata e Fred colocam os piscas nas janelas. Rafa, Jenny e Lui montam o trenó de LED no jardim. Guiga e Yuri montam a árvore de Natal. Sabrina coloca os enfeites pela casa. Vitinho e Cidão montam o boneco de neve (que na verdade é Isopor).  Dona Marlene e Bruna montando os pacotes com docinhos  com a ajuda (ou não) das crianças. Liz e Lourenço consertam o robô em formato de gato. A Robô Rose fica observando dona Margot. Joel está colocando os enfeites na garagem com Esther. Dona Neide chega:

— Joel, o que você está fazendo?

— Ajudando, mãe. — Du diz:

— Vamos ligar a máquina! — O sabão vai todo na dona Neide. — Pastor:

— DESLIGA A NEVE! — Hugo desliga a máquina. — Dona Neide não abra os olhos! Vamos lavar o rosto da senhora. — Eles arrumam o ângulo da máquina.

— Vamos ligar a máquina! — Dessa vez ela funciona corretamente. — As crianças comemoraram. O carteiro traz as cartas e entrega para Simas:

— Obrigado. São muitas cartas.

— Todo ano ela pega 144.

— 144?!

A noite...

— Minha casa ficou linda! Bom trabalho! Rose, traga Coca-cola e biscoitos de Natal!

— Sim, vovó Mágica! 

Mais tarde...

No bar do Simas

— Guiga, será que seus seguidores. Não ajudam a gente com essas cartas?

— Podemos tentar. — Liz:

— Simas, o Lucas e eu ficamos o dia todo no laboratório da vovó e tem muito brinquedo lá. — Lucas:

— Carrinhos de controle remoto, ferroramas, bicicletas, bonecas e bolas. — Simas:

— Será que abrimos as cartas?! — Yuri:

— Acho que ia ficar legal uma campanha: Adote uma carta! — Guiga: 

— Curti! Vou fazer o vídeo. — Ela abre o app e começa a filmar. — Boa Noite! Seguidores queridos. Hoje eu vim pedir uma ajuda para vocês. Adote uma carta! Todo ano uma senhora do bairro de Piedade ela pegava cartas para o Papai Noel nos correios e fazia os brinquedos. Mas ela tem uma doença genética chamada Esclerose Múltipla.

Que avançou muito nesses últimos meses. E ela não consegue mais fazer nada. Como ela não quer deixar as crianças sem presente. Ela pediu a nossa ajuda para comprar os brinquedos das crianças. Ajude-nos com a campanha: Adote uma carta! E faça uma criança feliz.

Na casa da Bruna...

— Acho que nunca vi tanto doce na vida.

— Bruna, mas a parte mais legal foi levar para as crianças do bairro. Quando eu era pequena eu ganhava. Mas já faz uns anos que é a robô que entrega os doces.

— Ela fazia brinquedos para retardar a doença. Me parte o coração. — Bruna começa a chorar. — Parece que o Natal vai ser o último dela.

No quarto de Esther...

— Mãe, vim buscar a Dorinha.

— Agora que ela dormiu? Guiga, desculpa ser uma péssima mãe. Não deixe que o mundo dos flashes de deslumbre e que você esqueça o que realmente importa. A Dorinha.

— Podia deixar. Eu não vou repetir seus erros.

No Natal...

Na casa da vovó Mágica

Fábio está interpretando o papai Noel.

— Qual o seu nome?

— Enzo.

— Você foi um bom menino?

— Não. Eu desobedeci minha mãe.

— E pediu desculpas?

— Sim. 

— O seu presente. — Hugo entrega o presente para Fábio. Com um bilhetinho. Ele lê. — Você pediu um irmãozinho?

— Foi. 

— Esse pedido eu não posso atender. Esse é com Deus. Mas vou rezar para que ele te atenda. Aqui tem um brinquedo para você.

— Papai Noel, Deus lê cartas?

— Claro que lê. 

Fábio entrega os presentes e conversa com cada uma das crianças. E depois todos ceiam juntos na casa da vovó Mágica.

— Amigos, gostaria de dizer algumas palavras. Primeiramente, muito obrigada. Se não fosse a família e os amigos nada disso seria possível. Quem conheceu meu marido José Noel sabia que a maior alegria dele era fazer um brinquedo.  Ontem fui visitar seu túmulo e já deixar tudo prontinho. — Vovó Mágica se emociona. — Ver o Fábio Lourenzo entregar os presentes hoje me lembrou os natais que Noel fazia isso. 

Segundo quero agradecer a Deus por ter me permitido conhecer meu neto Hugo. As vezes parece que a justiça demora, que a impunidade vai vencer. Mas não perca a fé, pois Deus pode abrir um mar para o povo passar. Pode mover montanhas para que entendamos que ele é o Soberano. E não as nossas vontades.

Eu rezei muito para que Deus protegesse o Hugo. Pois eu não tinha como e hoje ele está aqui passando o Natal comigo. — Hugo abraça a avó. Todos batem palmas. — Vitinho:

— Um brinde a vida!

FIM


por Liaasp

25/8/2023

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*Logo da Novela: Vai na Fé copiado do Wikipédia.

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