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quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Amor Imperfeito - Capítulo 2

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No Hotel...

— Lucas Rubião. — Sônia liga para o escritório.
— Sônia?!
— Marê, tem um homem aqui na recepção dizendo ser o seu Lucas.
— Meu irmão?! Ele não... Deixe o subir. — As duas desligam.
— Seu Lucas, o senhor pode ir até o escritório.
— Obrigado. — Seu Popó:
— Eu lhe acompanho. — Ele o guia até o escritório. Marê o vê.
— Lucas?!
— Marêzinha. — Os dois se abraçam. — Como você está?
— Eu estou bem.
— Achei que você estivesse morto.
— Quando falei pro papai que ia para a guerra ele ficou muito bravo. Mas estava no exército. Sai de lá como major.
— Eu tenho tanta coisa pra lhe contar...

Horas depois...
— Nossa! Parece que não fui o único que voltei dos mortos. — Eles riem. — Eu espero poder conversar com o papai.
— Também espero.
— Então o Marcelino é seu filho. O menino foi criado em um ótimo ambiente. Sua mãe mexeu umas nuvenzinhas lá no Céu para isso, não?
— A minha e a sua.
— Minha mãe?! Pelo que minha avó me contava...
— Como assim?
— Dona Ester Carneiro, filha primogênita do prefeito Queirós, desviou as verbas da Prefeitura de São Jacinto. E com isso teria comprado uma casa. Quando ela faleceu. Seu Leonel derrubou e começou a construir o hotel. 
— Eu tinha uma visão diferente da sua mãe.
— Você deve achar ela parecida com a tia Cândida.
— Isso mesmo.
— Minha avó falava que se juntasse os três filhos daria um prefeito perfeito. Minha mãe gostava dos números, minha tia de conversar e meu tio de ver além. Pena que ele faleceu sem deixar filhos.
— Eu me lembro pouco do seu tio.

Na Mansão Rubião...

— Vovô Leonel, essa é minha avó? — Marcelino aponta para uma foto de noivos.
— Não, esta é a Ester. Minha primeira esposa. Ela faleceu no parto do meu filho Lucas. — Ele aponta para a foto de um bebê fofo. — Depois de cinco anos eu casei com a Maria Eugênia. — Ele mostra a foto do casamento. — Essa é sua avó.
— E onde meu tio está?
— Ele foi para a guerra em São Paulo em 1932. Eu disse que se ele fosse não seria mais meu filho. Ele me mandava cartas e eu nem lia. Meu único filho na guerra. Hoje me arrependo. Não sei se ele continuava mandando cartas. Nem se ele sobreviveu a guerra.
— Perdoa ele. Ele não tem culpa de ter ido para guerra.

Na Casa da Verônica...

— De quem é essa carta?
— Do Lucas. Ele volta hoje para São Jacinto. 
— Ele sabe que o pai tá vivo?
— Eu nem contei que o Leonel estava morto. Achei muito duro para contar por carta. — Dona Verinha entra:
— Filha, olha essa lã rosinha. Não resisti e comprei.
— E se não for menina.
— Eu guardo para minha bisnetinha.

Dias depois...

— Parabéns! — Entrega um doce.
— Obrigado, Lucas. Estou tão feliz?
— Érico, seus olhos te denunciam.— Os dois riem.

Na Igreja...

— Frei Severo!
— Orlando, que bom que você veio. O doutor Claudio gostaria de falar com você.
— É algo sobre o Marcelino?
— Não sobre nós dois.

Uma história depois...

— Meu pai, fez tudo isso. A Gilda sabe?
— Não.
— Frei, é possível que esse amor que a Gilda declarava. Fosse amor de irmãos?
— Completamente.
— Eu preciso de um tempo para entender tudo isso.

Dias depois...
No precipício

— Delegado, como vamos chegar lá no carro?
— Soldado, vamos ter que pedir ajuda para os bombeiros de Imperatriz. Eu não imaginei que eles jogariam o carro. 

Gilda e Gaspar conversam dentro do carro...

— Onde eu estou?
— Ei! Precisamos sair desse carro.
— Espera! Qual o meu nome?
— Eu não sei. Também não lembro o meu. É impressão minha ou estamos afundando.
— Deus! Se você existe. Me salva!

Próximo Capítulo: 11 de outubro.

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