quarta-feira, 22 de maio de 2019

CAPÍTULO UM - O PASSADO DE JUDITE 17 de maio de 2019 Na Cristalina... (...) ― Padre preciso avisar minha irmã. ― Ela lig...

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CAPÍTULO UM - O PASSADO DE JUDITE

17 de maio de 2019
Na Cristalina...
(...)
― Padre preciso avisar minha irmã. ― Ela liga para Mística. ― (Alô!) Mística, eu preciso lhe dar uma notícia ruim. (Já estou sentada pode falar.) O Gabriel o filho do Egídio acaba de falecer e a empregada dele a Judite também. (A Ester faleceu?) Ester???(Essa história lhe conto pessoalmente até mais tarde.) ― Mirtes desliga o telefone. 
― Quem é Ester?
― Padre, a irmã do Egídio. Eu sou tia dele. 
― O Egídio e o Aranha eram primos? 
― Sim. 

No Casarão...
― Antes de morrer dona Judite confessou ter assassinado quatro pessoas e ter falhado em matar Gabriel?
― Exatamente.
― E como ela conseguiu o veneno? 
― Eu não sei. ― A gata entra na cozinha. 
― Miau!
― Foi você que deu o veneno para a Judite? 
― Miau!
― Você bagunçou a loja da Milu para ela jogar as ervas fora?
― Miau!
― Por que você fez isso?
― ...
― Devo estar maluco interrogar um gato.
― Ela é gata. ― Valentina entra. ― Mabel, agora ela é minha gata.
― Miau! 
― A senhora vai adotar a cúmplice do assassinato do seu filho?
― Peçanha, como dizia Shakeaspere: "Há mais coisas entre o céu e na terra, Horácio, do que sonha a nossa vã filosofia." 
― Miau! ― Marcos Paulo chega com Lilian. 
― Valentina!
― Marcos Paulo, onde você a encontrou?
― Na Pensão da Ondina. 
― Ele está na sala vai se despedir dele. ― Lilian e Marcos Paulo vão para a sala. 
― Quem é essa moça? ― Murilo pergunta. 
― Minha filha adotiva.
― Valentina, você nunca me falou...
― Nós brigamos quando ela completou a maioridade e o Gabriel brigou com ela quando noivou com a Laura.

No Quiosque... 
― Patrício, olha lá o Rabecão e a ambulância de Greenville. 
― Tens razão Nicolau. Vou atrás das notícias. 
― Mais uma morte nessa cidade. Que horror! Mas não pensa que o senhor vai fugir da conversa seu Nicolau. Você não acha que a Diana está muito nova para casar?
― Ela tem a sua idade quando casou. Ela lembra muito a você. Se não for assim o que você sugere?
― Que o Bebeto vai junto com eles para os Estados Unidos.
― E lá ele vai fazer o quê? 
― Ele vai dançar. 
― Nas ruas? Um latino?
― O que você quer dizer?
― Se ele ganhar uma bolsa de estudos igual a Diana... tudo bem. 
― O melhor é a Diana casar com o Valid mesmo. 
― Vixi! O carro do sanatório de novo! 

 Na Cristalina...
― Boa Tarde!
― Mística, entre! Conhece o padre Ramiro?
― Benção, padre?
― Deus lhe abençoe, lhe guie e lhe guarde, minha filha. 
― Obrigada. Me contem como eles morreram. ― O Padre conta o que já havia dito a Mirtes e Mística se põe aos prantos e Mirtes lhe dá um chá para acalmá-la.
― A senhora conhecia a Judite? 
― O nome dela era Ester. Ela é minha filha. 
― A Judite e o Egídio eram irmãos?
― Sim. Inclusive a Ester foi militante durante a ditadura e para ela poder sair do país ela trocou de nome. Quando ela voltou casada com o Robério continuou com o nome falso. 
― Então o casamento entre ela e o Robério não era válido e a adoção do Arnaldo também não. 
― Arnaldo? 
― Sim, o menino Feijão. A sua filha o adotou.
― Eu o adoto. Se é o último parente que me resta vou cuidá-lo com todo o amor que tenho.
― Minha irmã, agora nossa função é cuidar dos netos.
― Com certeza, Mirtes. Padre, eu quero conhecer o Arnaldo.
― Vamos ao casarão eu lhe apresento.

Na Casa do Prefeito...
― Me explica isso?
― Mãe, o pai levou um tirou e foi levado para o hospital de Greenville. E o Gabriel faleceu.
― Eu acudo o seu pai ou a sua tia?
― Dona Marilda, se fosse a minha mãe ela iria na igreja rezar.
― Lourdes Maria, liga pra Socorro e pede pra ela me encontrar na igreja que eu preciso da ajuda dela.

Na Pensão da Ondina...
― Adamastor, você leu a página do Patrício?
― Acabei de ler, Luciana. Tanto o Gabriel quanto a Judite eram amigos da Mamãe hoje fecharemos o cabaré. 
― Certo.

No Hospital de Greenville
― Dona Stefânia, está tudo bem com o seu bebê.
― Já podemos saber o sexo?
― Somente com cinco meses. Mas o importante é fazer todo o pré-natal. Eu vou lhe fazer algumas recomendações para essa criança nascer forte e saudável e para você não ter complicações.

― O senhor não pode entrar na sala de cirurgia. ― O para-médico diz para Júnior. 
― Júnior, vai dar tudo certo. Os médicos vão cuidar bem do seu pai. 
― Luz, será que agora Serro Azul volta a ser aquela cidadezinha tranquila?
― Acredito que sim.

No Casarão 
― Padre Ramiro!
― Dona Valentina! Essa é a dona Mística ela quer conversar com o Arnaldo.
― Ele está lá na... Murilo, chama o Arnaldo, por favor.
― Claro! 
― No meio dessa catástrofe eu só tenho água para oferecer.
― Marlene, eu quase fui sua sogra, lembra?
― A mãe do Egídio. A senhora foi a única que me disse não liga para estes fofoqueiros viva a sua vida.

Muitos Anos Atrás...
Após o que seria o casamento de Marlene e Egídio no Cume sem Árvores (Olheródromo) 
― Marlene! 
― Eu não quero falar com ninguém.
― Então me escute! Você perdeu um noivo e eu um filho. Ele saiu de casa. Eu quero que você continue sendo minha secretária no sanatório. Não liga para esses fofoqueiros. A cada tropeço temos que levantar e seguir em frente. Marlene você será sempre minha nora.
― Obrigada, mas não quero mais nada que me lembre ele.
― Se você mudar de ideia sabe onde me encontrar.


Hoje...
No Casarão
― E a senhora que me ajudou com o Gabriel. Como Madrinha já que o Egídio não assumiu o filho. A senhora nunca contou a ele? 
― Em todos esses anos ele nunca me visitou. Nem ele e nem a Judite.
― A senhora quer falar comigo.
― Dona Mística, esse é o Arnaldo.
― Muito prazer! Arnaldo, eu como mãe da Judite quero ser sua tutora até você completar a maioridade. 
― Você vai ser minha vó? 
― Isso!
― Achei que o Robério que ia cuidar de mim.
― Não. Quando a Judite lhe adotou eles já estavam separados.
― Por que os dois não tiveram filhos?
― Por minha culpa. 
― Como assim?
― O nome verdadeiro da Judite era Ester Arantes e ela estudava enfermagem no Rio de Janeiro. Naquela época estávamos em pleno período militar ela era militante estudantil. Ela foi presa e torturada. Dessa tortura ela ficou grávida, mas ela não queria prosseguir. Então eu fiz um aborto ilegal, porém houve complicações e ela ficou estéril. 
― Se a senhora tivesse um hospital para fazer isso teria salvo ela? 
― Ela não morreu. Se pudesse ter sido feito no hospital talvez ela não tivesse pego uma infecção, mas hoje em dia mulheres abusadas podem por lei abortar. Naquela época não. Ela trocou de nome e foi para o Paraguai. Não terminou os estudos e lá conheceu o Robério. Onde se casaram. Depois que o período militar acabou ela voltou para Serro Azul para trabalhar comigo e depois o antigo dono do casarão a convidou.
― Eu aceito ser seu neto.

Na Delegacia
 Então a dona Judite foi a assassina. E extraiu o veneno das folhas que a gata levou para ela.
― Exatamente. Eu já vi cúmplice de psicopata, mas de gata... 
― O pior é que a gata parece que entende a gente ela diz miau para sim e balança a cabeça para não. 
― E me explica como essas armas vieram aparecer na delegacia. ― Ela mostra a arma de Valentina e de Mabel que são idênticas.
― Não sei.
― Essas armas apareceram na cela ao lado da que prendemos o Sampaio. Quando prendemos ele eu as vi e peguei.
― Quem as colocou lá? 
― Quem pode entrar sem que nós percebamos?
― A gata. Ah não! Você não quer que eu pergunte a gata se...
― Exato. Uma dessas duas armas acertou o doutor Olavo e se elas estavam aqui.
― Significam que não estavam na cena do crime. Eu volto lá.

Na Igreja...
― Mas por que rezar tantas vezes a mesma oração?
― Porque foi assim que Nossa Senhora pediu aos três pastorezinhos quando eles a viram na cidade de Fátima em Portugal. Mas se a senhora quiser rezar somente vez uma desde que seja com toda a sua fé Deus vai lhe ouvir.
― Então qual é a diferença de rezar várias vezes ou uma só?
― O comprometimento, dona primeira dama, você se compromete a rezar tantas vezes ou tantos dias em prol do que precisa. Qual a diferença se você limpa a casa com a vassoura ou com o aspirador?
― A diferença é que um você vai demorar mais que o outro, porém você limpa lugares diferentes da casa com cada um. Acho que agora estou entendendo Socorro. Então vamos rezar o Terço. 

No Casarão
― Boa Tarde! Dona Valentina, será que eu poderia falar com a... sua gata.
― Com a minha gata?
― Sei que é estranho, mas preciso interrogá-la.
― Você está bem, Peçanha? 
― Estou. 
― Mabel! 
― Miau!
― Mabel, eu posso lhe fazer algumas perguntas? 
― Miau!
― Você deixou dois revolveres na delegacia?
― Miau!
― Você viu quem matou o doutor Olavo? ― Ela balança a cabeça em negativa.
― Você encontrou alguma das armas ao lado do corpo dele? ― Ela balança a cabeça em negativa.
― Você poderia me levar onde as encontrou?
― Miau! ― Mabel leva Peçanha até uma moita embaixo da janela da sala de retratos. 
― Uma estava aqui?
― Miau! ― Depois ele a leva para a sua antiga casa e faz ele entrar pelos fundos onde a porta estava destrancada e o leva até a escrivaninha onde ficava guardada a arma.  
― Muito obrigado! 
― Miau!


Tempos Depois...
Na Delegacia
― Depois de tudo isso eu acho que foi a gata que matou o doutor Olavo.
― Como uma gata ia puxar o gatilho de uma arma? Eu mandei as duas armas para a perícia uma delas deve ter impressões digitais. E vamos saber quem é o assassino. A gata só nos trouxe a arma só isso. O que ela pode estar fazendo e isso não podemos incriminá-la é ser cúmplice de assassinato. 
― Acho que fiquei muito impressionado com a gata.
― Eu tenho certeza disso.

No Casarão...
― Gostei muito de conversar com a senhora, mas eu vou morar aonde?
― Comigo.
― Eu queria ficar aqui.
― Essa casa é da Valentina teríamos que conversar com ela. Mas você pode continuar seu trabalho aqui. 
― Gostei.

― Valentina!
― Sim! 
― Será que eu posso fazer uma reunião com os guardiões aqui?
― Não!


CAPÍTULO DOIS - O LIVRO DA IRMANDADE

17 de maio de 2019
No Casarão...
(...)
 Não! Você pode ser o mais velho, mas o próximo guardião-mor é o Feijão ele que tem que reunir os guardiões. 
― Amanhã eu falo com ele.

No Outro Dia
No Hospital...
― Júnior, você já pode ver seu pai. ― O médico diz. 
― Pai! Pai! 
― Meu filho! Eu quase me fui. Eu quero falar com sua mãe.
― Eu vou pedir para ela vir, mas não se esforce. 

Na Igreja...
― Vocês dois tem certeza? 
― São apenas dois meses. Eu não quero me casar sem ter enterrado a Dona Milu primeiro.
― E a dona Mirtes e a dona Mística combinaram de enterrar todos juntos em uma única cerimônia. Padre Ramiro, eu acredito que adiar o nosso casamento é o melhor a se fazer. 
― Eu quero isso por mim e pela Luz também.
― Vai ser muito bonito ver Machado, Feliciano, Milu, Ondina, Gabriel e Judite sendo todos velados juntos. Está bem adiamos o casamento.

No Casarão...
― Bom dia! 
― Bom dia! Quem é o senhor? 
― Afrânio. Sou arqueólogo e tenho autorização para examinar o sítio arqueológico embaixo dessa casa. Eu sei que a hora é imprópria, mas são ordens.
― Tudo bem. Eu acompanho o senhor. ― Murilo acompanha Afrânio até a nova gruta onde Mabel está dormindo. 
― O que é isso? 
― É a Mabel a mascote da casa.
― Não me refiro a ela. Mas a essa preciosidade histórica. Tem muito a ser explorado aqui. ― Mabel acorda e observa os dois. ― Essas pinturas rupestres parecem que querem dizer alguma coisa. 
― Miau!
― Desculpe, acordá-la. Essas urnas de cerâmica todas muito bem trabalhadas parecem pertencer a uma tribo ameríndia.
― Miau! 
― Essa gata parece entender os humanos.
― Miau!
― Eu vou chamar uma boa equipe teremos trabalhos de escavação aqui. Começaremos na segunda. Obrigado.
― De nada. ― Os dois e a gata sobem. Afrânio se despede e vai embora. Murilo e a gata descem novamente.
― O que você acha de tirar umas fotos para tentar interpretar essas imagens? 
― Miau! ― Murilo tira as fotos e depois os dois sobem.

― Feijão! Eu ia mesmo lhe procurar. 
― Minha avó disse que posso continuar sendo jardineiro aqui.  
― Que bom. Você precisa reunir os guardiões para que possamos interpretar essas imagens.
― Miau! 
― Murilo, primeiro seria bom imprimi-las. 

Na Pensão da Ondina...
― Doutora, o que aconteceu?
― Adamastor, Luciana, eu descobri em qual CPF estava registrado o número que mandou a mensagem para a Stela.
― E então? 
― Do doutor Aranha. O assassino foi muito inteligente, porém como aqui só tem uma loja de telefonia eu mesma falei com a Scarlet e descobri quem comprou o Chip. Foi a Judite. 
― A Judite é a assassina?
― É a minha suspeita. Ontem eu fui ao casarão, mas não conversei com ninguém.

No Quiosque...
― Patrício!
― ...
― Patrício!
― Desculpa, Bebeto.  
― Aqui seu pedido. Por que você está tão concentrado nesse celular?
― Obrigado. Estou postando quem é o serial killer de Serro Azul.
― E quem é?
― Só um minuto... Publicado.
 Não acredito! A dona Judite? 
― Pois é! Eu mesmo custei a acreditar quando o Peçanha me contou.
― Mas por que ela faria isso?
― O motivo ela levou para o túmulo.

Na Rua... 
A inspetora Machado coloca uma escada num poste próximo ao Casarão. 
― Boa Tarde!
― Minhas muitas boas tardes! 
― O que a senhora disse?
― Minhas muitas boas tardes!
― A senhora me lembrou uma pessoa me desculpa. 
― O delegado Machado.
― Como sabes? 
― Ele é meu irmão.
― Ah! Você tem notícias da Rita? 
― Ela vem pro velório. Qual seu nome rapaz? 
― Leonardo. 
― Você poderia segurar a escada para mim? 
― Claro! ― Machado sobe, tira fotos do poste e desce.
― Obrigada. 
― De nada.


No Hospital...
― Marilda, toma cuidado com o Sampaio e a filha do Olavo. 
― Cicinho, não se esforça você tem que focar na sua recuperação.
― Me promete. Que você vai tomar cuidado.
― Prometo!

Na Casa de Socorro...
― Lourdes Maria, que enjoo foi esse?
― Mãe, já faz uns dias que eu estou assim. A dona Marilda acha que eu estou grávida.
― AAAAAAAHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!! Um neto! Sábado, nós vamos para Greenville bem cedo e fazemos o exame.
― Está bem. Assim tiramos logo essa dúvida.

Na loja de Scarlett...
― Boa tarde! Vocês revelam fotos?
― Yes! Elas estão no pen-drive?
― Sim. ― O funcionário de Scarlett pega o pen-drive com Murilo e começa a revelar as fotos.

Na Igreja...
― Feijão! 
― Padre! Precisamos nos reunir temos coisas a entender.
― Vamos procurar a Luz. 

Na Casa de Sóstenes...
― Boa tarde!
― Boa tarde, seu Sóstenes! 
― Vocês vieram procurar a Luz.
― Miau!
― León!? 
― Não. Essa é a Mabel. A gatinha da dona Valentina.
― Miau!
― Entrem! Vou chamar a minha neta. ― Minutos depois Luz aparece.
― O que aconteceu? ― Murilo, chega e abre a porta.
― Boa Tarde!
― Luz, o que aconteceu é que precisamos fazer uma reunião com os guardiões que sobraram. 
― Miau!
― Já que estamos todos aqui. O senhor se importa avô?
― De maneira nenhuma. Estou lendo um livro muito interessante qualquer coisa estou no quarto. ― Sóstenes se retira.
 Eu consegui revelar as fotos. E tenho algo importante para dizer a vocês. ― Murilo deixa as fotos em cima da mesa. E todos olham atentos para ele. ― A Mabel é uma guardiã que foi castigada. 
― Miau! 
― Murilo, a gata foi uma pessoa?
― Exatamente, Arnaldo.
― Certo e ela foi guardiã quando?
― Provavelmente antes de mim.
― Então muito prazer gata Mabel. Mas o que nos traz a esta reunião? ― A gata faz um gracejo com as patas cumprimentando o padre. 
― Ela tem uma forma simples de se comunicar. Prazer Mabel. ― A gata faz o mesmo gracejo para Luz.
― Eles vão começar a explorar a gruta. Então o Murilo teve a ideia de fotografá-la para que tentássemos decifrá-la na esperança que a gruta tenha algo que tenha no livro.
― Os desenhos usados para explicar ensinamentos para a população. 
― Sim, padre.
― Vamos as fotos!

Na Delegacia... 
― Minhas Muitas Boas Tardes!
― Boa Tarde!
― Tirei essa foto no poste em frente ao casarão. ― Peçanha vê a foto.
― Marca de bala. Mas teria como ela ter feito o percurso que o Sampaio descreveu?
― Precisaria de um técnico. Eu vou anexar a foto ao caso e mandar para a Comarca.
― Logo ele vai estar solto.
― E a Laura também. Mas vou solicitar um técnico para investigar a possível trajetória do projétil.
― Perfeito.

Na Pensão de Ondina...
― Como vai ficar sua relação com sua mãe?
― Como sempre ficou. Ela no mundo de Valentina e eu no mundo real. Eu sinto muito não ter me reconciliado com o Gabriel.
― Por que você veio? E como você sabia que estávamos neste fim de mundo. 
― Louise.
― Ela lhe contou? 
― Mais que isso. Me pediu ajuda. Minha mãe já estava sem nada e queria reformar uma casa por um preço astronômico. Eu paguei a reforma, mas deixei a casa em meu nome.
― Então o casarão é seu?
― Sim. O contrato draconiano do Olavo não diz nada sobre os meus bens. A Louise me conseguiu uma cópia.
― Mas aquela traíra ia roubar a sua mãe.
― A pedido da Laura. Coisa que incentivei a Louise a fazer, pois sabia que as joias eram falsas. Era pra ganhar a confiança daquela sonsa. Mas caso a minha mãe descobrisse ela faria uma cena e fugiria.
― Como você sabia que as joias eram falsas?
― Que pessoa em São Paulo guarda muitas joias em casa. No máximo meia dúzia. O restante é réplica. E as verdadeiras coloca no banco. Mas estando ela na falência. As verdadeiras já foram vendidas há muito tempo.

Tempos Depois...
Na Casa de Sóstenes
― Sem a água novos guardiões não podem ser nomeados ao menos que nós vamos até a outra fonte.
― Que segundo esse desenho fica nesse castelo eu já o vi.
― Na sala do Casarão.
― Ou no México próximo dessa pirâmide. 
― Mas a qual das pirâmides Astecas esse desenho representa. Ele não tem muitos detalhes.
― E parece que sempre tem um gato junto dos guardiões.
― Assim o guardião-mor não fica só.
― Miau! 
― Mas um guardião-mor só pode ser batizado, desculpem a expressão, na sua fonte.
― Miau!
― Então sem a água na fonte. Não precisamos refazer a irmandade. 
― Miau!
― O que precisamos é descobrir como devolver a água para fonte? ― Mabel nega com a cabeça.
― A água está lá. O que precisamos é devolver confiança para fonte. Mas esses desenhos não mostram uma fonte que secou. Ou encontramos o livro ou o Guardião-mor da outra fonte.


CAPÍTULO TRÊS - A DESPEDIDA

Na Casa de Sóstenes...
(...)
― A água está lá. O que precisamos é devolver confiança para fonte. Mas esses desenhos não mostram uma fonte que secou. Ou encontramos o livro ou o Guardião-mor da outra fonte.
― Miau!
― Vamos descobrir onde fica o castelo do quadro do casarão.

Dois dias depois...
Na Delegacia
― Sampaio!
― Sim!
 Seu advogado conseguiu o Habeas Corpus. ― Peçanha abre a cela. ― Não saia da cidade até o fim do processo. 
― Está bem. Vocês viram que eu falei a verdade.
― Eu não fui testemunha de nada. Então eu aguardo a conclusão do inquérito. ― Peçanha afirma.


Na Igreja...
― Padre Ramiro, os corpos serão liberados do IML de Serro Azul amanhã. Precisamos entrar em contato com as famílias e providenciar um velório.
― Está bem. Podíamos fazer uma missa.
― Da minha parte não tem problema. Tem que ver com a família dos demais. Incluindo a do Feliciano.
― Ele tem família? 
― Vou ter que investigar. 

No Casarão Marsalla...
― Dita!
― Sim, dona Laura.
― Me faz um bolo de chocolate com aquela calda que fica dura e brigadeiro por cima. Sabe? 
― Sei sim. ― A campainha toca e Dita vai atender.
― Boa Tarde! Eu quero falar com a Laura.
― Da parte de quem?
― Lílian Marsalla. ― Dita vai chamar Laura.
― Ora! Quem é vivo sempre aparece. Veio vingar o irmãozinho. 
― Não. Vim pegar de volta o que é meu. 
― E o que é seu?
― Essa casa. Ou você achou que uma rica falida ia conseguir comprar um casarão assombrado e reformar num estalar de dedos sem dinheiro.
― Prova o que você está dizendo. ― Lílian mostra a escritura do casarão.
― Eu não assinei nenhum contrato com seu pai portanto...
― Essa casa é sua. 
― Sim. Você tem 24 horas para arrumar suas coisas e sair.
― E se eu não quiser. 
― Eu entro com um processo. E na sua atual situação com a justiça não seria recomendável.
― Está bem. Eu saio. Mas depois que me acertar com a justiça eu me acerto com você. 
― Eu aguardo. Passar bem. ― Lílian saí.
― AAAAAAAAAAAAHHHHHHH!!! Menina insolente! Te odeio!

No Casarão...
― Mabel, aqui é o guardião-mor bebendo a água da fonte?
― Miau! 
― E nesse desenho ele sai do lugar onde está a fonte e vai em busca do seu substituto? 
― Miau!
― Uma mulher pode ser guardiã-mor?
― Miau! 
― Você conheceu alguma? ― Mabel olha para o quadro do castelo. ― Você conheceu a guardiã da fonte do castelo.
― Miau! 
― Quem é?
― ...
― O que adianta saber. Ela não pode sair de lá. 
― Miau!
― Mabel, é a minha mãe? 
― Miau!
― Por isso ela me abandonou. Nós vamos nesse castelo atrás dela, certo? 
― Mabel balança a cabeça em negativa.
― Eu queria revê-la. 
― ...
― Agora a marca está explicada.


― Valentina, aquela marca tem ligação com a fonte?
 Tem. O Murilo, o Egídio, o Gabriel e o Feijão tem a marca. 
― E a Lílian. Tanto que eu dizia que a marca ligava ela e o Gabriel como se fossem irmãos de sangue.
― Eu sou uma péssima mãe. Não percebi que ela tinha essa marca. Mas como? Se o próximo guardião é o Feijão.

No Dia Seguinte...
Na Agência de Viagens
― Prontinho mandei imprimir.
― Lê, Geandro!
― Eu não tenho coragem. Lê você!
― Também não tenho. Raymunda!
― Positivo! Você está grávida!
― Primeira dama, eu vou ser avó. 
― Socorro, meu primeiro neto. Isso merece uma comemoração.

Na Igreja... 
― Padre Ramiro, encontrei o parente do Feliciano e ele autorizou a missa de corpo presente. 
― Perfeito. A missa será a tarde. Que mal lhe pergunte. Quem é o parente?
― Tobias. Ele é sobrinho e não sabia, acredita?
― Acredito.

A Tarde...
A Igreja está toda arrumada com os caixões posicionados em frente do altar. A missa é conduzida conforme o seu ritual. Com os caixões fechados o padre deixa alguns minutos para que as pessoas se despeçam dos falecidos e depois os caixões saem em cortejo até o cemitério.

No Cemitério...
Os falecidos são sepultados e Mabel pula de túmulo em túmulo fazendo sua homenagem felina. O que faz alguns cidadãos pensarem que se trata de León.

― Rita, meus sentimentos. 
― Obrigada. E o filme?
― Eu enviei para França para concorrer a um concurso estou esperando o resultado.
― Você é o melhor diretor que eu conheço. Tenho certeza que você vai ganhar.

― Lílian, eu queria lhe convidar para jantar comigo essa noite. 
― Eu vou aceitar pelo Gabriel, mas espero que não tenha nenhum truque.
― Eu quero justamente tirar esse estigma de má mãe.
― Estigma? O Marcos Paulo vai estar?
― Sim.
― Eu vou.

― Pai! 
― Sim, Elisa. 
― Vamos?
― Eu quero fazer mais uma oração pela Milú. 
― Eu vou lhe esperar na saída.

Momentos Depois...
Na Fonte
― Sabia que ia lhe encontrar aqui. 
― Murilo, você sabe por que eu tenho a marca?
― Por que você é o guardião-mor.
― Porque a minha mãe é a guardiã-mor da fonte do castelo do quadro. Por isso ela me abandonou. Eu queria vê-la.
― Se você sair da cidade irá passar mal.
― Ao menos que eu beba a água da fonte.
― De onde você tirou isso?
― De uma das fotos. 
― Supondo que você interpretou corretamente. Onde você vai encontrar essa água?
― Eu não sabia sobre esse lance de passar mal.
― Assim que descobrimos onde fica esse castelo. Eu vou para lá. E converso com ela.
― Sério?!
― Sim.
― Obrigado. 

A Noite...
― Seja bem-vinda!
― Obrigada.
― Esse é o Murilo meu namorado, esse é o Arnaldo primo do Gabriel e essa é a Mística vó do Gabriel.
― Prazer.
― Posso matar uma curiosidade minha? 
― Sabia! Pode?
― Onde você montou o seu negócio?
― No México. Em uma fazenda de ecoturismo próximo de Teotihuacán. Cerca de uma hora, uma hora e meia da capital do México.
― México?
― Algum problema?
― Só não imaginei que lá você pudesse fazer fortuna. 
― Não fui para lá para fazer uma fortuna. Fui para viver longe de você. Manter o dinheiro que você me deu. Mas não fazer rios de dinheiro.
― Me fale a verdade Lílian! 
― Esta é a verdade.
― Apareceu um gato na sua janela?
― Não! Não fugi com homem nenhum. E se quiser ter um neto adote. Pois eu sou infértil.
 Estava me referindo a um felino igual a Mabel.
― Miau!
― Você acha que eu ia sair de São Paulo para o México por conta de um gato? Que tipo de série a senhora anda assistindo?
― Valentina, acho que você passou do ponto nas perguntas.
― Miau!
― Mabel, ela tem a marca.
― Miau!
― Do que a senhora está falando?
― Valentina, não conte! ― Murilo ordena.
― Por que? ― A gata vai até Lílian e a olha profundamente. 
― Você é o gato guardião?
― Miau!
― Vocês todos... 
― Somente o Murilo e o Feijão são guardiões, mas nós todos sabemos o segredo.
― Está bem eu protejo a fonte do México e ela pediu para vir até aqui. Averiguar o que estava acontecendo.
― A fonte pediu?
― Sim. Mas eu preciso falar com o guardião-mor. 
― Era o Gabriel. O próximo é o Feijão.
― Teremos muito o que conversar, Feijão.
― Miau!


Na Praça...
― Seu Valid, eu vou autorizar você e a Diana irem para os Estados Unidos. Mas vocês devem se casar. 
― Eu me caso com a Diana, seu Nicolau.
― Quando? 
― Amanhã mesmo. 
― O Padre deixa?
― Temos que falar com ele, pai.
― Amanhã na primeira hora o senhor aqui!


Um mês depois...

Na Igreja
― Estamos aqui para celebrar o casamento de Diana e Valid.
São feitos os ritos do casamento e depois da celebração presidida pelo padre Ramiro é feita uma festa no quiosque do Nicolau. 

― Diana, espero que você seja muito feliz minha filha.
― Você também mãe.

Em Greenville...
― Você precisa mesmo ir? 
― Eu prometi ao Arnaldo que iria até a fonte da Europa atrás de respostas.
― Boa viagem!
― Obrigado.

No Casarão...
― Lilly, eu não posso passar pelo processo em outra fonte?
― Não.
― E se eu não passar por isso novos guardiões não serão nomeados.
― Não.
― E como a água da fonte volta?
― Primeiro, você tem que entender o porquê a Judite precisou matar os cinco e perdoá-la e só o livro e a gata sabem.
― Você não pode me dizer o que está escrito no livro?
― Não. Pois você ainda não foi nomeado. E eu não posso tirar o livro de lá nem levar você para lá. Por que você passará mal.
― Como você saiu de lá sem passar mal?
― Eu tomei a água da fonte. Mas tem um prazo.
― Quanto tempo?
― Não sei. A hora que eu passar mal eu terei que voltar.
― É verdade que a fonte pode mudar de lugar?
― Se ela quiser pode. Mas o problema dela é que ela precisa ter certeza que o desejo dela foi comprido.
― E qual é?


CAPÍTULO QUATRO - A SEGUNDA FONTE

No Casarão...
(...)
― E qual é?
― Eu não posso contar. Você terá que encontrar o livro.
― Queria tanto encontrar outro guardião-mor para acabar com as minhas dúvidas.
― Eu sei. Mas eu vim aqui para ver se a fonte realmente tinha secado e devolver o outro casarão para minha mãe. 
― E vocês outros guardiães podem ajudar com o fato dela ter secado?
― Podemos sim. Vamos deixar um de nossos guardiões aqui em Serro Azul vigiando o casarão e a fonte. 
― Quem?
― O Afrânio. Mas não conte aos outros antes de você ser nomeado guardião.
― Certo.

Na Casa de Rita...
 Já vai! ― Rita abre a porta. ― Leonardo! 
― Rita! Eu vim lhe trazer uma notícia.
― Qual?
― Meu filme passou no concurso.
― Parabéns!

Muito Tempo Depois...
Na Suíça
― Hello! Miss Ângela. (Olá! Senhorita Ângela.) ― O empregado faz sinal para esperar e entra. 
― Senhorita Ângela, tem uma desconhecida querendo falar com a senhorita. 
― Louis! ― O gato aparece.  
― Miau!
― Deixamos entrar?
― Miau!
― Herr, deixe-o entrar. ― O mordomo cumpre a ordem.
― Bom dia!
― Bom dia! Quem é você?
― Eu sou Murilo Vidal. Eu vim de Serro Azul a pedido de Arnaldo. ― Murilo mostra uma foto de Feijão.
― Miau!
― Meu menino! ― Ângela chora. ― Eu tive que abandoná-lo. 
― Ele já sabe o porquê. Mas ele gostaria de a ver mais uma vez.
― É complicado ir até lá. ― Murilo mostra o celular.
― Uma videochamada. 
― Na ala privada do castelo não tem sinal. A montanha bloqueia.
― Verdade. Estou sem nenhum pauzinho.
― Só meu mordomo compra jornal todos dias na cidade. Os demais cidadãos ou assinam ou compram de vez em quando.
― Você não pode voltar comigo? ― Louis balança a cabeça em negativa. 
― Acho que ele já lhe respondeu... Não posso. Mas eu também sinto muita falta do meu filho. Mas como vocês sabiam onde eu estava?
― Nossa gata que é igual o seu e nos disse.
― Vocês são...
― Miau!
― A fonte de Serro Azul secou.
― A nossa fonte nos contou. Ela pediu que enviássemos um de nossos guardiões para investigar.
― E quem vocês enviaram?
― Joanne Machado. Acredito que tenha algum mexicano em Serro Azul também.
― Isso não sei. Existe algum caso da fonte ter secado antes?
― Não. Mas toda vez que o livro não é cumprido a fonte exprime sua vontade.
― E como sabemos a regra do livro se o livro sumiu? 
― Miau!
― O gato. Sempre vai haver um gato ou gata.
― Mas eles num falam.
― Louis, quanto é dois mais dois? ― O gato bate com a pata quatro vezes na mesa.
― Eles se comunicam...
― Sim. Tem que saber conversar com eles. 
― Mas eu fui um gato e não sei as respostas. ― O gato sobe no colo dele e depois pula em direção ao relógio.  
― Murilo, quando você virou gato?
― Antes de assumir minhas funções como guardião. Eu... 
― Não precisa contar. Você leu o livro da irmandade?
― Não.
― Talvez sua gata tenha lido, por isso virou gata. Se não foi ela tem outro. Entende?!
 Ler o livro da irmandade sem ser o guardião-mor é um castigo?
― Sim! 
― Miau! 
― O que eu digo para o Arnaldo? ― Ela saí e volta com uma caixa. 
― Entregue isso a ele. Você ou a gata explique as regras de um guardião-mor eu não posso deixar a fonte desprotegida.
― Conte com isso. 
― Obrigada! Quer tomar um lanche? 
― Miau! 
― Eu também aceito.

No Brasil... 
― A primeira fonte surgiu no México e a segunda na Suíça.
― Então essa é a terceira fonte?  
― Sim e até onde sabemos a última.
― E como eu salvo a fonte.
― A resposta está na gata só ela pode lhe ajudar.
― Ela sabe o que a minha mãe fez. Ela deve saber o porquê. 
― Provavelmente.


Momentos Depois...
Na Suíça
― Eu posso conhecer a fonte?
― Miau! ― Os três vão para a fonte que ficava abaixo do porão do castelo. E Murilo fica impressionado com a gruta com estalactites e estalagmites. A água vinha de uma mina entre as estalagmites e formava um pequeno lago. A visão era tão deslumbrante como a fonte de Serro Azul. ― É encantadora!
― Miau!

Semanas Depois...
No Brasil

― Elisa, eu não imaginei que esse dia fosse chegar tão rápido.
― Pai, eu estou muito feliz que você está comigo. ― Elisa e Maltoni se casam.

No Dia Seguinte...
No Casarão Marsalla 
― Eu já estou com saudades da minha filha.
― Valentina, por que você não vai visitá-la? 
― Por que é alta temporada. Na baixa temporada ela vai me mandar seis passagens. E olha quem ela me devolveu?
― Quem? 
― Louise! ― Louise chega na sala prontamente.
― Precisa de alguma coisa, Madame?
― Peça a Dita para servir o jantar. 
― Sim, Madame. 
― Não acredito. E você a perdoou? 
― Foi um plano da Lílian com a Louise. Perdoei sim. 

No Casarão...
― Fala uma palavra.
― Miau!
― Como vou me comunicar como você?
― Boa Noite!
― Oi! Luz! O que lhe traz aqui?
― Eu vim dizer que vou fazer especialização em arqueologia. Então vou ficar afastada da cidade por um tempo.
― Eu vou sentir sua falta. Mas quem sabe depois você pode ficar no lugar do Afrânio.
― Ele vai embora?
― Se você assumir o lugar dele é melhor para fonte.
― Miau!
― Entendi. Eu vou estudar. Eu posso ver as fotos da caverna mais uma vez?
― Claro! ― Feijão entrega o álbum com as fotos. 
― Olha essa foto parece que as pessoas conversam com o gato.
― Como conversamos com a Mabel?


CAPÍTULO CINCO - MABEL

No Casarão...
(...)
― Olha essa foto parece que as pessoas conversam com o gato.
― Como conversamos com a Mabel?
― E se perguntarmos a ela? 
― Podemos tentar. Mabel como falamos com você? 
― Miau! Miau! Miau!  
― Eu não sei miar. ― Ela balança a cabeça.  
― Eu acho que ela quis dizer falando.
― Miau!
― Ok. Se for sim você mia uma vez, se for não você balança a cabeça e se for outra resposta você mia duas vezes. Certo?
 Miau! 
― Você já viu a fonte secar outra vez? ― Ela balança a cabeça. 
― Droga! 
― Seu código deu certo. 
― Mas eu esperava um miado.
― Mabel, você sabe por que a fonte secou? 
― Miau! 
― Desobedeceram a fonte? 
― Miau! 
― Quem?
― Miau! Miau!  
― Já sei!
― O quê?
― Você sabe ler e escrever? 
― Miau!  
― Já volto. ― Luz saí do Casarão e os dois ficam mirando a porta.

Na Delegacia...
― Minhas muitas boas tardes!
― Boa tarde! 
― Aqui está seu pedido de férias delegado Peçanha.
― Obrigado investigadora. Mas agora quem vai ser o soldado?
― Amanhã vou descobrir. Boas férias, delegado.
― Obrigado. 

Minutos depois...
No Casarão
Luz volta com um jogo de tabuleiro nas mãos.
― Mabel, esse é um jogo de palavras cruzadas. Você pode arrastar as letrinhas e se comunicar conosco. ― Elisa organiza as letras de forma que Mabel possa visualizá-las. Mabel arrasta as letras e forma os nomes: Eurico, Valentina, Olavo e Luz.
― Eu?!
― Foi por conta que ela contou da caverna para o patrimônio histórico? 
― Miau! Miau! ― Mabel mexe nas letras e forma as palavras: Medalhão, Mapa e Livro. 
― Foi por que eu li o livro.
― Miau!
― Mas não li inteiro. 
― Miau!
― Ela vai ser condenada? 
― Miau! Miau! ― Mexe nas letras mas uma vez e forma a frase: "Já foi."
― Você sabe o por que minha mãe matou os guardiões?
― Miau! ― Ela mexe nas letras e forma a frase: " A fonte pediu."
― Não era mais fácil matar todos afogados? ― A gata balança a cabeça. 
― O que temos que fazer agora? ― Ela mexe nas letras e forma a frase: "Recuperar a confiança da fonte". 
― Você me ajuda?
― Miau!

Na Praça...
Uma forte tempestade se aproxima.
― Nicolau, acho melhor fechar o quiosque.
― Tem razão, Patrício. Bebeto, recolhe as mesas que vou desligar a chapa. 
― Patrício, essa tempestade vindo do nada. Não é estranha? 
― É sim. Ainda mais sem nuvens no céu. 
― Auuuuuuuuu!!!!
― Que isso! Chamamos o padre ou a polícia?
― Nessa hora, é melhor a polícia. ― Os dois vão até a delegacia.  

Na Delegacia...
― Minhas muitas boas noites! Em que posso ajudá-los?
― Investigadora, está um clima suspeito lá fora. Parece que vai cair uma tempestade, mas não tem uma nuvem no céu.  
― E ouvimos um uivo de lobo.
― Hoje é sexta-feira 13 noite de Lua cheia.
― Quê?!!!
 Estou olhando o calendário. ― Ela aponta a data na folhinha. 
― Ah sim. 
― Quanto ao tempo não posso interrogar São Pedro. Em relação ao lobo eu tenho que verificar se realmente é um animal ou alguém pregando uma peça de sexta treze. Se for o animal vou notificar a guarda florestal para retirar o animal do perímetro urbano. Isso tudo vai demorar. ― Ela calça galochas, pega um capão e um guarda-chuva. 
― Para quer tudo isso? 
― Se a tempestade chegar...

Na Casa do Prefeito... 
― Você ouviu?
― O quê? 
― Esse uivo, Junior. Seria um Lobisomem?
― Isso não existe. 
― Você não conhece as lendas da região.
― Já teve lobisomem em Serro Azul?
― Em Tubiacanga.
― Ah mãe!

Na Casa de Sóstenes... 
― Mabel?  
― ...
― Quem é você gatinho? Se assustou com o uivo? Vou lhe dar um pouco de leite. ― O gato segue Sóstenes. ― Seria o Lobisomem de Tubiacanga? 

Na Praça...
― Auuuuuuuuuuuu!!!!!
― Onde está você lobinho? ― Machado tenta seguir o barulho. 

No Casarão...
Após ouvir os uivos Mabel sai pela janela.
― Luz, não podemos perder a Mabel.
― Vamos atrás dela.  ― Os dois seguem a gata. 

No Cemitério...
Mabel entra no cemitério. Machado, Feijão e Luz se encontram. 
― Minhas muitas boas noites!
― Boa noite, investigadora a gata da dona Valentina entrou no cemitério. Estou com medo desse lobo está lá dentro e matá-la. 
― Calma! Vamos arrombar! ― A investigadora usa uma ferramenta que abre o cadeado.
― Quando eu crescer quero ser da polícia. ― Os três entram no cemitério e encontram Mabel e o lobo se encarando em frente ao túmulo de Reginaldo.
― Mabel, vamos para a casa. ― Ela balança a cabeça.
― Você conhece esse lobo. ― Miau! 
― Ele já lhe machucou? ― Ela balança a cabeça. 
― Eu vou pedir para a guarda florestal retirar o lobo da cidade. ― Ela balança a cabeça. 
― A Mabel pediu para não chamar a guarda.
― Por quê? Ele já vai embora? 
― Miau! 
― Ela disse que sim. 
― Então vamos deixá-los conversar a sós. ― Os três vão para perto da saída e sentam em um túmulo. Começa a tempestade e Machado abre o guarda-chuva.

Na Praça...
― Patrício, começou a tempestade. Vamos atrás da Investigadora?
― Vamos. Eu acho que ela foi pra lá. ― Patrício aponta em direção ao cemitério.

Momentos Depois...
No Cemitério
Patrício e Bebeto chegam ao cemitério e veem os três debaixo do guarda-chuva.

― O que está acontecendo?
― Não sabemos.
Esperaram um bom tempo. E Mabel voltou.
― Agora vamos para casa?
― Miau! ― O lobo sai do cemitério em rumo a mata.  

No Casarão...
― Ele é seu namorado? ― A gata balança a cabeça.  
― Me desculpa, mas o natural é que ela namorasse um gato.
― Estou preocupado com ela. ― Mabel usa as letrinhas e escreve: mexicano.
 O que isso significa? 
― Acredito que é a origem do lobinho. 
― Entendi. Ele vai voltar pro habitat dele? 
― Miau! ― A tempestade para. 
― Bem, sem chuva e sem lobo para devolver a reserva temos um caso encerrado. Certo?
― Sim. ― Machado, Bebeto e Patrício saem do casarão.
― Agora dona Mabel o que significa esse lobo? ― Ela mexe as letrinhas e escreve: guardião punido.
― Por que ele foi punido? ― Com as letrinhas novamente ela escreve: Matou o Guardião-Mor. 
― Ele matou a Lílian? ― Ela balança a cabeça.
― O antecessor da Lílian? 
― Miau!  
― O que ele queria? ― Mabel entrega um bilhetinho. Feijão lê e passa para Luz.
― Peça ao Murillo. 
― Miau! 
― Eu vou pedir. 
― Agora eu tenho realmente que ir. Tchau! 
― Tchau, Luz! 
― Miau! Miau! ― Luz, saí. 

Na Praça...
― Patrício, pode deixar que eu acompanho a investigadora até a delegacia.  
― Está bem. Eu vou tomar um banho quente, boa noite! ― Patrício segue para a casa dele. 
― Muito obrigada pela companhia, mas não precisava se incomodar, sua mãe deve estar preocupada. 
― Eu explico a ela quando chegar. ― Os dois vão juntos até a delegacia.

Na Delegacia...
Os dois chegam na delegacia e encontram o lobo.
― Está vendo por que eu devia lhe acompanhar?
― Lobinho, é melhor você ir embora. ― Ele se abaixa e mostra o bilhetinho que estava na coleira. Machado pega-o e o Lobo saí.
― O que diz? 
― Bebeto, isso é confidencial.
― Claro! Desculpa. É que foi tudo tão estranho.
― É melhor esquecer. 
― Eu posso esquecer o que aconteceu, mas não vou esquecê-la. ― Bebeto saí. 

Na Casa de Sóstenes...
Luz entra em casa e vê seu avô com o gato. 
― Mabel? ― Ele balança a cabeça. 
― Louis?
― Miau! ― Ele chega perto de Luz para que ela pegue o bilhetinho em sua coleira. Luz lê.
― Louis, avise a ela que o Murilo irá.
― Miau! ― Louis, faz um aceno de agradecimento e vai embora. 
― Luz, de quem é esse gato?
― Da mãe do Feijão.
― E onde o Murilo tem que ir?


CAPÍTULO SEIS - A PRIMEIRA FONTE

Na Casa de Sóstenes...
(...)
― Da mãe do Feijão.
― E onde o Murilo tem que ir?
― Para o México.
― Por quê?
― Eu não posso dizer. 

No Dia Seguinte...
No Casarão
― Bom dia! Vim assim que recebi sua mensagem.
― Murilo, você precisa ir até o México.  
― Por que?
― A fonte do México está seca. 
― Igual a nossa?
 Pelo recado que chegou... sim. ― Feijão entrega o bilhete do Lobo.

Na Casa de Sóstenes...
― Minha filha, eu vou sentir muito sua falta. 
― Não se preocupe vô. Eu vou ligar sempre. ― Os dois se abraçam.

No Sanatório de Serro Azul... 
― Seja bem-vinda, minha filha!
― Obrigada.
― O que lhe traz aqui?
― Eu preciso de ajuda. Eu perdi minha família para a irmandade e agora eu fiquei sozinha. 
― Você perdeu para a irmandade ou para o medo?
― Não entendi.
― Valentina, você amou muito o meu filho se não fosse assim o Gabriel nem sequer teria existido. O fato dele ter lhe abandonado no altar lhe deixou com medo de amar intensamente qualquer outra pessoa.  ― Valentina fica em silêncio. ― Agora que você sabe o porquê o Egídio não pode se casar perdoe-o e abra o seu coração. Minha filha, você verá que não estás sozinha.
― Muito obrigada!

Na Casa do Prefeito...
Marilda está vendo um álbum de fotos.
― Dona Marilda, fotos de bebês?
― Não Lourdes Maria. Fotos de quando eu era mais nova.
― De quem é esse casamento? 
― Da minha irmã mais velha, a Mabel. Ela se casou quando eu tinha dez anos. A Marlene e eu fomos noivinhas.
― Que lindinhas.
― E sua irmã teve filhos?
― Um casal. Mas eles nasceram na capital. Não os conheci.
― Ela não morou aqui depois de casada?
― Sim. Mas sem as crianças ela os tinha deixado em um colégio interno. Isso quando o Junior era bebê.
― Essa história é muito estranha. 
― Depois que ela casou tudo ficou muito estranho.
― Miau! 
― Gatinha! Ela adora minhas lasanhas. Vou pegar um pedaço para ela. ― Lourdes fica fazendo carinho na gata.


Na Praça...
― Bom dia, Don Juan! 
― Bom dia! Hambúrguer? 
― Mais tarde. Eu quero saber como foi com a investigadora. 
― Ah! Eu não sirvo para Don Juan. Não consegui falar sobre meus sentimentos. 
― Você aprendeu dança de salão ou só Street dance? 
― Estou aprendendo outros tipos de dança na Academia. Por que?
― Seu Tobias, pediu para que anuncie na rádio que ele vai dar um jantar dançante neste sábado. Convida-a para ir contigo.
― O que adianta se na hora eu não vou conseguir dizer nada.
― Dance! Confie no seu talento!
― Vou convidá-la. 

No Casarão...
― Então vou providenciar agora mesmo as passagens.  
― Obrigado, Murilo.
― De nada. Eu faço isso pela irmandade.

Na Suíça... 
― Louis?
― Miau! 
― Entregou os bilhetes?
― Miau!
― Não podemos deixar que o mesmo se passe aqui. 
― Miau! 
― Instalamos câmeras? ― Ele balança a cabeça.
― Vamos nos revezar na vigia da fonte.
― Miau!

Na Delegacia...
― Minha muitas boas tardes! Em que posso ajudá-la?
― Boa tarde, meu nome é Luciana.
― Você trabalha no estabelecimento que pertencia a dona Ondina, certo? 
― Sim.
― Qual foi a ocorrência?
― Não aconteceu nada. Quer dizer... foi comigo. 
― Alguém lhe ofendeu?
 Não. Eu prestei o concurso para o cargo de policial. 
― Ah bom! Mas o último concurso foi a alguns meses atrás. 
― Este mesmo. Eu passei no concurso. E eu fiz todo o treinamento em Greenville e agora...
― Você foi designada a me ajudar na delegacia. 
― Isso. Achei que trabalharia em Greenville não aqui. 
― Você vai trabalhar de uniforme e maquiagem leve. No princípio eu irei junto com você nas diligências quando o delegado Peçanha voltar ele decide o melhor procedimento.
― Você não liga por eu ser...
― Vai ter que deixar de ser. O seu passado não me importa, pois eu não estava nele. Mas o seu futuro sim, pois disso depende também a corporação. Entendidas?
― Sim. 
― Amanhã, esteja aqui a primeira hora já pronta para trabalhar.
― Estarei aqui. Obrigada. ― Luciana saí e Bebeto entra. 
― Boa tarde! 
― Minha muitas boas tardes! Em que posso ajudá-lo? ― Bebeto entrega o folheto do baile para Machado. ― Não vejo nenhuma ocorrência aqui. Fora este erro ortográfico.
― Não! Eu gostaria que a inspetora me acompanhasse?
― Está com medo de ir ao baile? 
― Não. Como forma de agradecer por ontem. ― Bebeto pensa: "Não tinha jeito melhor de pedir?"
― Ah bom! Sendo assim sem ocorrências. Lhe acompanho.
― Verdade?! ― Bebeto dá um salto.
― Sim. 
― Obrigado. Muito obrigado. 

Na Casa de Marilda...
Mabel está comendo sua lasanha. 
― Boa tarde! Mãe, lasanha de novo?
― Miau!
― Essa é de ontem. Ela adora lasanhas. A Lourdes Maria está preparando uma macarronada. 
― Que bom! ― Junior chega com Valentina.  
― Olha, quem encontrei...
― Será que posso almoçar com vocês?  
― Miau! 
― Claro minha irmã.
― Mabel, então é para cá que você foge. 
― Miau! 
― Você colocou o nome da nossa irmã na gata. Por quê? ― Valentina olha para Mabel em busca de uma resposta.
― Não vão me dizer que essa gata é igual o León. ― Mabel balança a cabeça.
― Eu chamei de todos os nomes dos Aristogatas e ela não atendeu. Fui falando nomes humanos quando cheguei em Mabel ela atendeu.
― Miau! 
― Aristogatas o quê isso?
― Era um desenho de gatos que eu assistia com a sua mãe.

No Casarão...
― Pronto Feijão comprei as passagens pela internet. 
― Estou preocupado com esta fonte, pois se o Gabriel morreu será que a...
― Não! Ninguém vai morrer. Você descobriu algo com a Mabel?
― Algumas coisas.
― Ela disse onde está o livro? 
― Não perguntei.
― Onde ela está?
― Sumida desde cedo.
― Vamos ver se está na fonte...

Na Cristalina...
― Boa tarde, vovó Mirtes.
― Stefânia, a que devo sua visita. 
― Vim lhe mostrar o cartão-postal que o Guilherme mandou. ― As duas leem o cartão. 
― Stefânia, o que é esse link?  
― É uma rede social só para postar fotos ele fez uma. Coloca no seu celular.  Mirtes se conecta a nova rede social.  
― Stefânia, cada comida gostosa. Dá vontade de comer o celular. 
― Nem me fala dona Mirtes estou com vontade de comer a dessa foto desde ontem. 
― Tem na legenda o que é. Colocamos aqui no buscador e... várias receitas. Quer tentar fazer?
― Sim.

Na Prefeitura...
― João Inácio, você pode parar de andar de um lado pro outro. 
― Você... você... não leu?
― Sim eu li. O prefeito ficará afastado por ordens médicas até o mês que vem. Qual o problema?
― O problema é que mês que vem começam as pré-candidaturas dos partidos para as eleições municipais. 
― Significa que teremos mais trabalho. 
― Que todos os projetos engavetados tem que sair do papel. Isso que significa. 
― E quem assina por tudo isso se o prefeito está de licença? 
― O vice.
― E quem é o vice-prefeito que eu já esqueci. 
― Delegado Machado.
― Mas ele morreu e agora? Assume o presidente da câmara dos vereadores.
― Eu também esqueci quem é. 
― Doutor Aranha. 
― Mas ele também morreu. 
― Sim. E no lugar dele entrou o suplente o Patrício. E o vice-presidente da câmara no caso eu convoquei novas eleições para a presidência da câmara que será amanhã. 
― Eu tinha até esquecido que você era vereador. 
― A cidade inteira esquece deles. Temos cinco vereadores na cidade. Tobias, Reginaldo Júnior, Nicolau, Patrício e eu. E cada um de um partido diferente. 
― Eu queria participar da política. Mas nunca seria eleita.
― Não precisa Raymunda. É só assistir as assembleias que acontecem sempre no mesmo dia da semana no mesmo horário e cobrar do vereador que você elegeu as mudanças que você julga necessária.
― Entendi. Mas eu não lembro de você concorrendo a vereador.  
― Fiz toda a minha campanha na periferia.
― Entendi.

No Dia Seguinte...
Na Rádio 
― Bom dia, Serro Azul! O prefeito Eurico continua sob licença médica até o próximo mês. Sendo assim o vice-presidente da câmara cuida de nossa cidade até ser eleito o novo presidente da câmara a primeira votação será hoje no auditório Reginaldo Reis Ribeiro no Paço Municipal.
E neste sábado noite dançante no Tobias Lounge.


No Casarão...
― Mabel, onde está o livro? ― Ela mexe nas letrinhas e escreve: "Luz"  
― Está com a Luz?
― Miau!   
― Mas ela foi embora. O que eu faço Mabel? ― Ela mexe novamente nas letrinhas: "Fotos"

No Salão de beleza...
― Bom dia!  
― Bom dia!
― Você faz cortes masculinos? 
― Claro. Sente-se. ― Neide corta o cabelo de Afrânio e faz a barba dele. ― Prontinho. 
― Você fez um milagre. Eu fiquei uns dez anos mais novo. Será que assim a Mabel iria comigo no baile? 
― Ela é mais nova. 
― Uma gata. A felina de estimação da dona Valentina. Ultimamente é a única fêmea que tenho visto. ― Neide ri. 
― Se quiser ir comigo no baile... estou sem acompanhante. 
― Seria uma honra ir com minha fada no baile. 

Na Casa de Sóstenes...
― Amanhã vou para São Paulo pegar o avião. 
― Vou sentir sua falta. Se cuida meu filho e o mais importante... volte!
― Pode deixar meu pai eu voltarei.

No Quiosque...
― Portanto eu, Nicolau chapeiro, voto em... Pera! O voto é secreto.
― Pai, a mãe está lhe chamando.


CAPÍTULO SETE - SERRO AZUL

No Quiosque...
― Portanto eu, Nicolau chapeiro, voto em... Pera! O voto é secreto.
― Pai, a mãe está lhe chamando. ― Nicolau vai para casa. Ao chegar vê Afrodite e dona Mística.
― O que aconteceu? 
― Você lembra da minha madrinha?
― Sim. É a dona do Sanatório.
― Bem, eu conversei com ela. E chegamos a conclusão que a separação não é a solução. 
― Muito obrigado. Quando que eu volto para casa.
― Calma! Você primeiro tem que aceitar as minhas condições. ― Ela entrega um contrato para ele ler. 
 São muitas condições. Eu não posso aceitar.
― Então eu vou entrar com o pedido de divórcio. 
― Espera! Eu vou estudar. 
― Amanhã você me dá a resposta. 
― Amanhã é a eleição na Câmara. Espera a eleição acabar e no dia seguinte eu lhe dou a resposta.
― E como eu vou saber que a eleição acabou? 
― Pelo Patrício. Ele é vereador.
― Certo. Você terá seu tempo. 


No Quiosque...
― Oi! Bebeto! 
― Patrício, que bom que você veio. Ela aceitou ir comigo no jantar dançante. 
― Que bom! Bebeto, eu preciso da sua ajuda.
― Diga! O que eu tenho que fazer?
― Cuidar da rádio e do meu blog enquanto eu estiver na eleição da câmara.
― Cuido sim! 

Na Cristalina...
― Humm... Ficou muito bom vó Mirtes. 
― Mas não é bom comer quente. Agora que você satisfez o bebê. Guarde um pouco para mais tarde e leva um pouco para a Stella.
― Está certo. Muito obrigada. 

No Casarão...
― Vamos lá! Mabel! A maioria dos desenhos tem um gato.
― Miau!
― Que bonitinho o gato bebendo a água da fonte. 
― Miau!
― Todas as fotos a fonte tem água. 
― Miau! Miau! ― Mabel mexe nas letrinhas e escreve: "CALMA".
― Vamos analisar uma a uma?
― Miau!
― Entendi.

No Dia Seguinte...
Na Câmara Municipal
― Bom dia! Senhores vereadores, hoje a nossa sessão tem como objetivo escolher o novo presidente da Câmara. Que por compromisso também sera o vice-prefeito  do Município de Serro Azul até as próximas eleições municipais. Vamos iniciar a plenária em ordem alfabética. 

Cada vereador faz o seu discurso.

― Após a plenária temos dois candidatos: Reginaldo Junior e Tobias. Que iniciemos os votos secretos. 

Tempos Depois...
― Por três votos a dois o novo presidente da Câmara é Reginaldo. 

Na Rádio...
― Boa Tarde! Radiouvintes, aqui é o Bebeto. Hoje está havendo a eleição para o novo presidente da Câmara. E lá está o Patrício. 
Não se esqueçam sábado a noite o Jantar dançante do Tobias Lounge. E amanhã o Patrício está de volta. Vamos agora a uma playlist que eu mesmo preparei.


Na Praça...
― Bebeto!  
― Adamastor?! 
― Bebeto, você dança muito bem. 
― Obrigado!  
― Você gostaria de dançar com as meninas um dia? Um número de tango.
― Obrigado pelo convite, mas tenho que pensar.
― Claro. 

No Casarão...
― Arnaldo! 
― Sim, vó!
― Vó! 
― Dona Valentina, desculpa. 
― Estava procurando a Mabel. Vocês estavam estudando? 
― Sim, mas até agora só descobri as coisas que o Gabriel me contou.
― Então significa que está dando certo.
― Mas é tão demorado.
― Nem tudo acontece na hora que queremos ou precisamos. Eu demorei muito para aprender isso.
― Miau!
― A Mabel conhece muito bem a minha história. 
― Eu não conheço a dela. 
― Posso contar?
― Miau!
― A Mabel é minha irmã mais velha. O que ela fez que a castigou nessa bela gatinha eu não sei. Mas convivi com ela até o dia do meu não casamento com o Egídio.
― Eu não imagino a senhora criança.
― Pois eu pai tinha feito uma casa na árvore para nós e adorávamos brincar nela.

Na Delegacia...
― Dona inspetora, eu queria lhe fazer uma pergunta.
― Pode fazer.
― Eu ainda posso dançar como uma forma de arte?
― Se fosse na praça como o Bebeto faz eu não verei problemas é um espaço público. Mas no seu emprego anterior é melhor evitar. Até provarmos que focinho de porco não é tomada...
― Entendi obrigada inspetora.
― Tenho sua primeira diligência. Ir averiguar essa denúncia.
― Violência doméstica.
― Exato.

No Quiosque...
― Bom Dia!
― Bom Dia! Afrodite, só entregar esse lanche e já lhe dou atenção. ― Nicolau vai até a pousada e volta. ― Eu li sua proposta, reli e conversei com o Patrício.
― Você conversou com ele? 
― Sim. E acrescentamos algumas partes. E não retiramos nada. Faríamos uma reforma no sótão transformando num espaço onde eu possa morar. Fazer todas as refeições com a família. Desatrelar a despesa doméstica das do Trailler.
― Mais alguma coisa?
― Período experimental para seis meses após o nascimento do bebê.
― Está bem. Temos um acordo.

Na Igreja...
― Bom Dia! A que devo a honra de sua ilustre visita?
― Bom Dia! Seu Padre, eu queria a sua benção para cuidar da nossa cidade na ausência do prefeito Eurico.
― Claro! Seu Reginaldo, venha diante do Santíssimo. Vamos fazer uma oração.

No Tobias Lounge...
― Tobias, tudo arrumado para hoje à noite.
― Ótimo estou ansioso. É nosso primeiro evento depois da inauguração.

Na Casa do Prefeito...
― Pai, você quer falar comigo?
― Precisamos pensar na sua campanha para prefeito.
― Tem certeza que eu já estou pronto para isso?
― Claro! Ou você quer deixar esse Reginaldo assumir a prefeitura?
― Eu não o conheço direito quem sabe seja uma boa opção.
― Desde quando a concorrência é boa opção? Nunca.
― Então vamos pensar na nossa estratégia.

No México...
― Seja bem vindo!
― Obrigado!
― Murilo, a nossa fonte secou e não sabemos o motivo. Marcamos uma reunião com você, os nossos sete guardiões, os dois castigados e o guardião da outra fonte para que possamos entender o ocorrido para hoje a noite.
― Compreendo. Os dois castigados seriam gatos? 
― Um gato e um lobo.
― Posso saber o por que de se virar um lobo? 
― Matar o guardião-mor.
― Nossa!
― Ele matou o meu antecessor e virou um lobo. O gato foi até São Paulo me buscar e quando cheguei aqui minha primeira missão foi substituir esse guardião. 
― Você já havia se emancipado da Valentina?
― Já. E brigado com o Gabriel por culpa da Laura.
― Esse é o Muchacho o nosso gato.
― Miau!
― Muchacho, leve o Murilo para o quarto dele. 
― Miau! ― Murilo acompanha o gato.

Em São Paulo...
― Sampaio, meu advogado conseguiu converter minha pena para trabalhos voluntários e fiança.
― Que bom. E o que você vai fazer com as empresas?
― Eu vou administrar. 
― E comigo?
― Você continua sendo o motorista.
― Mas eu pensei que você me promoveria a namorado.
― Minha mãe nunca autorizaria isso. 

― Mãe?!
― Eu tenho uma mãe. Ela mora com o meu irmão mais novo nos Estados Unidos.
― Eu não sabia.
― Posso enfrentar a fera?
― Não! Você não vai conversar com a minha mãe.

No México...
Os guardiães decidem em reunião que vão investigar o que aconteceu com a fonte. Depois da reunião Muchacho fica jogando xadrez com Murilo.
― Au!Au! Au!
― Também quer jogar? ― Ele aponta o focinho para a porta.

Na Cristalina...
― Minerva, a Bola! ― Mirtes vê um homem de vestes pretas colocando fogo na casa de Lilly. ― E agora? Vou ligar para a Mística.

No Dia Seguinte...
Casarão de Valentina
― Marcos Paulo!
― Valentina!
― Ainda bem que você chegou. 
― Nunca lhe vi com um terço na mão. O que aconteceu?
― Dona Mirtes viu a casa da Lilly pegando fogo.
― Mon Dieu!
(Meu Deus!)

No México...
― Miau!
― Muchacho, parece que você dormiu em cima de mim.
― Miau!
― Conseguimos apagar o incêndio. Mas a passagem da fonte ficou exposta.
― Au! Au!
― Verdade. Cadê a Lilly? ― Muchacho olhou para Rufus e os dois olharam para Murilo. ― Avisem os guardiães.

Na Praça...
― Como foi ontem?
― Dançamos a noite inteira. 
― Isso eu percebi. Até ganharam um jantar pelo casal que melhor dançou. Eu quero saber do depois. ― Depois eu a acompanhei até em casa.
― E no rolou nada, nem um beijinho?
― Um beijinho.

Na Prefeitura...
― Bom dia! Por favor, a agenda oficial.
― Claro, senhor vice-prefeito. ― Socorro leva a agenda.
― Dona Socorro, não tem nada aqui.
 Não marcamos nada, pois o senhor prefeito está de licença.
― Mas não tem a inauguração de uma ponte, um buraco resolvido, um chafariz et cetera?
― Não. Na verdade temos uma pilha de projetos para serem analisados.
― Pois então me traga. 
― Sim senhor.

No México...
― Murilo, nós vamos precisar da sua ajuda para encontrar a Lilly.
― Se você fosse o incendiário. Você levaria ela com você?
― Como um sequestro? E trocaria pelo quê?
― Dinheiro...

Em São Paulo...
― Perfeito! Continue com o plano. ― Laura desliga o celular. ― Bingo! Tem outra fonte no México onde mora a filha da Valentina.
― Essa fonte tem água?
― Secou.

No Casarão da Valentina...
― Alô! (Se a senhora quer sua filha de volta nos entregue a fonte. ) ― Desliga o telefone. ― Marcos! Marcos! 
― O que aconteceu?
― Me ligaram como se fosse um sequestro da Lilly. Mas eu nem sei se ela sumiu.
― Liga para o Murilo.

No Casarão... 
― Mabel, a fonte pode ter se escondido por medo de ser descoberta.
― Miau!
― E se tratássemos o medo da fonte. ― Mabel balança a cabeça duas vezes. ― Seu Olavo já se foi... Ela podia aparecer. 
― ...
― A filha dele?


CAPÍTULO OITO - ÁGUA

No Casarão...
(...)
― A filha dele?
― Miau!
― Precisamos de provas.

Tempos Depois...
― Miau! Miau!
― Você viu? A Luz me trouxe o livro.
― Miau!
― Minha mãe tinha que matar todos os guardiães tinha que renovar os conselheiros para a fonte revelar o que ela queria. ― Mabel coloca a pata em cima da marca de Feijão. 
― Só quando eles começaram a morrer é que perceberam a minha marca? 
― Miau!
― Então não se fazia necessário matar o Gabriel. ― Mabel balança a cabeça. 
― Eu sinto muito. ― Os dois ficam em silêncio um pouco, os espíritos dos guardiães chegam para fazer o ritual com Feijão e a fonte volta a jorrar. 
― Miau!
― Mabel, eu não teria conseguido sem você. Agora você vai virar humana? ― Mabel balança a cabeça.
― O que falta? ― Mabel seobe e feijão vai atrás. Ela posiciona suas letrinhas e escreve: "SETE GUARDIÕES"
― Lógico! O Padre.
― Miau!
― O Murilo e a Luz.
― Miau!
― Vou chamá-los para uma reunião.
― Miau!

No México...
― Só eu não morri. Por que?
― ...
― E o livro que sumiu... ― Rufus trás o livro. Lilly lê a parte sobre a morte dos guardiães quando algo imprevisível acontece. ― Rufus, foi você?
― Au! ― Ele abaixa o olhar como se pedisse desculpas. 
 Você fez o seu dever. Vou reunir com os dois guardiões que estão vivos para decidirmos os outros quatro.

Na França...
― As fontes voltaram a jorrar. Os livros puderam ser devolvidos aos guardiães-mor, pois a Laura foi presa por tentar se apropriar da fonte alheia.
― Miau!
― Meu amigo, está chegando a minha hora? ― Ele balança a cabeça. ― Estou me sentido tão cansada. ― Ele faz um carinho de gato nela.

No Casarão de Valentina...
― Marcos Paulo! Olha isso! ― Valentina mostra o jornal.
― Oh my Gosh! A Laura foi presa.
― Sabe o que isso significa?
― Que a mãe e o irmão dela vão vir para o Brasil para assumir os negócios.
― Aquela mulher que te humilhou na festa de 50 anos da Glorinha Macedo?
― Exato.
― Cruzes!

Na Casa de Sóstenes...
― Então eles sequestraram a Lilly em troca da fonte. E não restou outra opção a não ser entregar a fonte seca. E a Lilly ficou viva.
― E agora com essa menina presa? 
― Acredito que as fontes voltem a jorrar.
― E vocês voltam a serem guardiães. E a Mabel vai deixar de ser uma gata?
― Vai. Já está interessado nela, pai?
― Não diga tolices...
― O que vocês dois estão conversando?
― Sobre a fonte.
― Será que ela já voltou ao normal?
― Miau!
 Mabel? ― O gato balança a cabeça.

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